Resenhas - Superinteressante 197

z..... 18/05/2022

Fevereiro de 2004
"Evangélicos"
A reportagem tem conceitos estereotipados e generalistas sobre os evangélicos, porém, de fato verdadeiros em muita coisa. Além da "doutrina da prosperidade" e "demonização de todas as adversidades" outros aspectos que tem impactado a igreja (também presentes na reportagem, mas subjetivamente) são o "antropocentrismo" e "fé baseada nos homens" (o que chega a ser contraditório com o que defende-se sobre firmeza no ensino de Jesus). Tais disposições tem estimulado cristãos débeis, levados por toda sorte de doutrinas, escandalosos e ignorantes, descaracterizados da vontade de Jesus de tornar a igreja "luz e sal na terra". Exatamente o que, em termos gerais, foi observado no trecho final da reportagem, que diz que os evangélicos perderam o caráter revolucionário, como foi no tempo da Reforma e estendo ao que ensinou Jesus (as pessoas na sociedade, não o Evangelho no poder transformador de Deus).
Antropocentrismo visto em hinos, ideais, mensagens, motivações, em que tudo se resume ao homem na prática esquecendo da originalidade de discípulo de Jesus; e confiança no homem no sentido de se deixar levar por toda doutrina que encontra, vivendo por emotividade.
A reportagem aborda esses pontos, reconheço a veracidade e como evangélico não vou ficar defendendo esta ou aquela denominação, todas tem erros, todos temos erros, a igreja é uma só, também não se resume ao que a reportagem dissertou, nada foi citado sobre a importância sociológica (pelo menos) e assim como aconteceu entre os primeiros cristãos pontos comuns se repetem no desapego ao que Jesus ensinou e estimulava para a aprendizagem. Quando lemos a Bíblia vemos situações de Paulo exortando sobre confusões diversas, principalmente no desapego às Escrituras.
Aspecto final, a visão de intransigentes de ação radical citada, não é isso a evangelização comissionada por Jesus. A igreja vai sempre propor o Evangelho, sua missão, mas não pode se colocar como juiz sobre as pessoas, papel de Deus, que ensinou sobre paz na terra sobre os homens de boa vontade. Fazer o bem independe de religião.

"Comida é tudo"
Sobre fatores que instigaram a gula e obesidade. Tem fatores históricos sobre a mudança da vida nômade para sedentária (na domesticação de animais e agricultura) e o destaque para a indústria alimentícia capitalista (sedutora de muitas maneiras) e cultura de descaso com a vida saudável. Faltou a questão de saúde mental e obviamente o texto encerra com ênfase à boas práticas na vida saudável. Seria legal se trouxesse aqueles cálculos de definição do ideal de peso segundo idade, sexo, altura, etc e tal.

"O prazer em suas mãos"
Sobre a masturbação, com abordagens históricas e, invariavelmente, com aspectos estereotipados sobre a Bíblia, principalmente sobre Onã (sabia que ele e o irmão perderam a benção de serem ancestrais na genealogia de Jesus como homem?).
Vou é registrar informação que encontrei outro dia que não conhecia e acredito que tem veracidade. A masturbação a longo prazo pode gerar impotência. É que a pessoa se condiciona a uma ação com peculiaridades que o ato sexual propriamente dito talvez não responda para o que se condicionou. Rapaz! Especialistas sexuais poderiam falar disso.

Eita! Uma das melhores seções Supercult que já li, sobre sugestão de quadrinhos. Como leitor da arte gostei das dicas, exemplo nos heróis vitorianos vindos da literatura universal em "Liga Extraordinária" (a pouco tempo descobri que não se resume a uma graphic novel) e "Palestina - na Faixa de Gaza", de Joe Sacco (rapaz! e eu com vontade de ler hoje e acabei lembrando que adquiri a obra a quase dez anos e fui protelando a leitura até esquecer...).

Falando em HQs os superposters tem valorizado determinados universos. Já teve da Disney, Marvel, DC Comics e agora foi a vez da Turma da Mônica. Legal! O que viria ainda... Hanna Barbera, mangás, a EBAL... quem sabe...
Sobre o universo MSP, em que mostraram os núcleos criados, seria interessante um no Norte (égua, té doidé! seria muito paidégua!), do Nordeste (oche!) ou ainda nas favelas...