Jazz

Jazz Toni Morrison




Resenhas - Jazz


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Rodrigo 09/07/2023

Maravilha
Sempre incrível a escrita da Toni Morrison. Segundo livro dela que leio e quero mais.
Uma escrita maravilhosa com um enredo cativante.
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Julio.Jose 24/05/2022

Improviso do jazz na escrita
Quando você se depara com o título da obra, é de se pensar que a temática envolverá alguma coisa sobre o jazz.

E realmente envolve, mas não de forma direta, e sim na maneira da escrita e das narrativas. Diversos relatos de personagens vão se cruzando, pensamentos diversos de cada um deles?aí você percebe que assim como no jazz, a autora não respeita uma linearidade e abusa dos solos e dos improvisos dos músicos e seus instrumentos.

Não é uma leitura muito fácil e o final do livro não te dá certeza de nada, mas a singularidade da sua escrita revela a qualidade da escritora e a vontade de conhecer mais obras suas.
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afarialima 10/04/2022

A sonoridade da vida urbana
Esse livro me atravessou, me impactou e em diversos trechos só me fazia pensar "caramba, isso é muito forte". Para contar a história das pessoas negras em N.Y nos anos 1920, a Toni Morrison traz a presença forte e a sonoridade do jazz. Fala de violência, fala de pobreza, fala do fim da 1a GM, fala de música, fala da vida na Cidade. Mais um livro incrível dessa mulher que deveríamos ler e conhecer mais.
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Gláucia 17/09/2015

Jazz - Toni Morrison
Meu primeiro romance da autora, lido para participar do projeto Leia Mulheres.
O livro tem como personagens centrais Joe e sua esposa Violet, negros vindos dos campos do Sul para Nova York como tantos naquela época (década de 20) em busca de oportunidades na grande cidade. A narrativa parte de um crime (Joe mata sua amante de 18 anos) e não é nada linear. A partir daí são contados fatos das vidas dos personagens ligados a esses dois, passados e presentes e cabe ao leitor ir encaixando esses episódios que formam em parte um retrato da trajetória dessas pessoas no início do século tentando encontrar seu espaço nessa promissora cidade. Tive dificuldade em identificar o narrador principal, alguém que vivenciou os fatos e parece ter convivido com os personagens de forma direta.
Gostei da leitura mas não foi marcante, dessas que a gente se lembra por muito tempo.
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red.parchments 15/01/2024

Tudo começa quando o cinquentão Joe mata sua amante adolescente, Dorcas. Violet, a esposa traída, invade o velório para esfaquear o rosto da garota já morta, numa manifestação irracional de ódio e vingança.
O enredo segue uma sequência não linear, usando vários flashbacks ao longo da história. O tipo de narrador também muda algumas vezes, então é preciso estar atento para não perder nenhum detalhe. Mesmo com uma técnica arriscada e complexa, a autora consegue tecer uma narrativa riquíssima sem deixar nenhum fio solto, explorando profundamente os sentimentos e a mente de cada personagem (especialmente suas angústias). Aos poucos vamos entendendo as ações de cada indivíduo, suas motivações pessoais e como elas foram influenciadas por seus contextos de vida.
Jazz traz ainda uma lição poderosa sobre privilégios em um país dominado pelo racismo (que, infelizmente, pode muito bem servir no Brasil atual).
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Ramon Diego 24/08/2022

Há certas perdas estéticas ao não se ler um livro em seu idioma original. O idioma falado pelo nativo tem a corrente melódica, a precisão exata da palavra que nos impacta o ouvido, inundando os sentidos. Infelizmente não li esse livro da Toni Morrison em inglês. E digo isso não por reclamar da tradução (a qual não posso julgar) mas pelo projeto estético e sonoro da autora, que movimentam esse romance.
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Em "Jazz" somos apresentados, no nível do enredo, a um caso extraconjugal, que desencadeia consequências trágicas, entre protagonistas que vivem e transformam a cidade na qual se localizam. Dizer que o livro fala apenas disso, seria, no entanto, uma burrice. Afinal, os temas trabalhados por Toni Morrison são muitos e, como uma rede, se interconectam: colorismo, racismo estrutural, ancestralidade e manifestações culturais são as principais vertentes temáticas que proliferam nesse romance.
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Tudo isso é trabalhado em um projeto do dizer apoiado no som, no movimento do Jazz, que se coaduna, também, com a movimentação, o improviso e a inovação na forma de existir, de lutar pelos seus espaços em sociedade, especificamente relacionando esses elementos à condição existencial e social da população negra americana na década de 20.
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Aliada a essa alta carga sonora, há, também, outra coisa que me impressionou muito, a construção de uma lírica da ausência, concretizada no espaço da cidade, lírica esta que se manifesta em trechos belíssimos, muito alegóricos e imagéticos, como o som de um salto alto à meia luz, que ecoa nas calçadas do subúrbio ou o sax tocado na madrugada, em um quarto alugado.
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Em resumo, primeiro livro ficcional da Toni que leio e já afirmo, que escritora maravilhosa, que mão ficcional única.
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Edna.Baldaia 19/01/2024

Um livro audacioso
Havia decidido esperar mais tempo para escrever sobre Jazz, assim, talvez o distanciamento me fizesse enxergar se gostei ou não do livro, se considero banal ou uma obra de arte. Acabei decidindo não esperar (acho que por influência do próprio livro).
Em Jazz Toni Morrisson nos apresenta uma quantidade enorme de personagens, uma trama que começa pelo fim, ou seja, não tem nada de suspense, mas o que torna a história mais interessante, é a forma que ela é contada. Usando um ritmo e improvisações muito semelhantes ao jazz ritmo musical, nós somos levados a uma história com idas e vindas no tempo, improvisações e um estilo que muito se aproxima ao musical.
Jazz, sem dúvida é uma obra de arte. Quer eu goste ou não.
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Consuelo 12/05/2024

O êxodo rural da comunidade preta dos Estados Unidos no início do século XX. Os impactos sociais e, especialmente, no indivíduo. Triste e profundo.
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Alberto 27/12/2021

Engenhoso, cativante e sem clichês, livro conta uma história de amor nada convencional.
Bem escrito, estiloso, sem clichês, sem maniqueísmo. Personagens bem construídos e que convencem como seres humanos com fraquezas e grandezas. E enredo interessante, fora do convencional. Suponho que quem entende de jazz encontrará riquezas ali que minha ignorância do assunto não alcança. Mesmo assim foi uma leitura fácil, cativante e gratificante. Pretendo ler mais da autora. Não imagino nenhuma contra-indicação para esse livro, acho que só desagradará leitores muito apegados ao padrão dos bestsellers, ou quem não suporte fluxo de consciência.
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Salino 23/02/2023

Denso!
Uma das leituras mais difíceis que já fiz. Não sei o real motivo: hora inapropriada para ler? Ainda não estou pronto? Deslocado demais (socialmente falando) pra entender o que a escritora quis passar? A crítica racial foi clara e forte em diversos momentos mas, realmente, entender a obra por completo foi muito complicado para mim?
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@thereader2408 11/08/2021

É sobre complexidade humana
"Eu conheço essa mulher. Ela morava com um bando de pássaros na avenida Lenox. Conheço o marido dela também. Ele ficou caído por uma garota de 18 anos, um daqueles amores de espantar, lá no fundo, que fez ele ficar tão triste e feliz que matou a moça para o sentimento continuar." E foi assim que a Toni Morrison capturou toda a minha atenção, logo no primeiro parágrafo da primeira página do livro publicado em 1992, um ano antes de a autora ganhar o prêmio Nobel.

Jazz não é um livro fácil de ler, até porque pelo pouco contato que tive com a autora, percebi que a escrita dela não é nada convencional, mas cativa pela profundidade com que cada parágrafo é construído, em muitas das vezes pode confundir com as diferentes interpretações possíveis de sua narrativa multilinear.

A própria autora define seu trabalho como: "É um Jazz. Uma profusão de sons e nuances, altos e baixos. Tons. Daqueles que se estivermos perto demais da caixa de som, ouvimos mais a vibração que a música." E a autora soube bem como compor essa história, é genial, mas vá com calma. Apesar de pequeno o livro é denso, afinal é um Jazz, dinâmico e caótico e esse Jazz é, sobretudo, um livro sobre complexidade humana, sobre mulheres complexas.

Violet mora no Harlem com o marido, bairro negro de Nova York, em 1926. Os dois vieram do campo, assim como muitos outros, em busca de novas oportunidades. Joe, marido de Violet, em um rompante de ciúme mata a namorada adolescente, Violet em um arroubo de ciúme tenta matar a moça morta. Isso mesmo que você leu. Jazz também é uma história de amor, nada clichê, que avança e recua no tempo e escancara a dura realidade da vida do povo preto das cidades dos EUA na primeira metade do século XX.

"É. Do jeito que você quiser. Você não quer que o mundo seja alguma coisa mais do que ele é?

’Para quê? Não dá para mudar o mundo.

Por isso mesmo. Se você não inventa o mundo, ele muda você e o azar é seu se você deixa. Eu deixei. E estraguei a minha vida.

Estragou como?

Esqueci.

Esqueceu?

Esqueci que era minha. Minha vida. Fiquei correndo pela rua para cima e para baixo querendo ser outra pessoa."

Quem mais levou um tapa na cara ao ritmo de Jazz?
@thereader2408

site: https://www.instagram.com/p/CSdGNZFLUUR/
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Felipe 08/01/2024

Violet Trace decidiu que iria comprar as flores ela mesma...
Toni Morrison escreve em Jazz um marco literário de potência incomparável. O fato de que este não é nem considerado seu melhor livro diz muito sobre suas habilidades de storytelling.
Em Jazz acompanhamos o bairro do Harlem, Nova York. No ano de 1926, com um foco total na vivência preta dos habitantes do bairro. Resgatando Virginia Woolf na ginga narrativa de Mrs Dalloway, vamos dançando no ritmo descompassado do Jazz entre as perspectivas e memórias de um pouco mais de meia dúzia de personagens, todos esses completamente desprezíveis e ao mesmo tempo amáveis, o leitor batalha com as personalidades imperfeitas que são um atestado de humanidade ao meio da narrativa ficcional.
Violet Trace caminhará para sempre no meu consciente como uma personagem incólume de julgamentos, uma verdadeira demonstração de como um personagem pode estar completamente repleto de erros, e mesmo assim ser memorável e amável.

Passagens e parágrafos inteiros nesse livro constantemente me deixavam boque-aberto de tamanha proeza com as palavras, tecendo uma narrativa não cronológica que no fim resolveu todas as questões levantadas de maneira mais que satisfatórias.
Leiam Jazz, vocês não irão se arrepender
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Rodrigo 13/01/2018

Super recomendada por uma professora que gosto muito, decidi conhecer o trabalho da premiada Toni Morrison. Então, para o primeiro contato, escolhi o livro Jazz.

Com uma premissa um tanto dramática, Jazz inicia-se com um velório na qual uma adolescente foi morta por seu amante e que durante a cerimônia, a esposa do assassino tenta rasgar o rosto da morta. Só que, a história vai muito além disso...

Para ser sincero com vocês, toda a premissa inicial vai condensando-se a uma narrativa que tem mais o intuito de trazer a tona um debate sobre raça, gênero e sociedade no geral. A reflexão que Morrison propõe é levada ao leitor pelo desmembramento da história de vida dos personagens que a compõe; tem momentos retratando a escravidão, retratando Nova York no início do século XX. Esse desabrochar da trajetória do elenco da obra traz uma ambientação histórica muito boa. A escrita de Toni, apesar de densa, imerge o leitor naquele espaço e, para complementar, a construção dos personagens é tão bem feita que parece que você conhece aquelas pessoas desde sempre, ficando impossível você não ficar sentido com o que acontece com eles. Tudo no livro é muito bem construído e pensado.

Talvez você se pergunte agora: 'Por que diabos ele deu 3 estrelas se ele falou tão bem?'
Bom, apesar de eu ter achado que é muito bem estruturado, a escrita da Toni Morrison é bem, bem densa. Eu tive uma certa dificuldade de compreensão no início, no qual a autora discorria sobre diversos assuntos e acontecimentos da história de uma maneira não linear. A dificuldade na absorção da trama tornou a leitura bem cansativa.

Mesmo eu achando que é um livro muito bem formulado, a história central de Jazz não é marcante. Para mim, o que torna a obra uma escolha de leitura são os temas retratados. É excelente para termos um panorama histórica sobre racismo nos Estados Unidos no século XIX, mas principalmente sobre machismo no início do século XX. Além disso, a leitura de Jazz é importante pois temos que dar voz ao que a comunidade negra tem a dizer sobre racismo e o que mulheres tem a falar sobre machismo. Não é um livro inesquecível, mas a reflexão social que ele deixa é importante e necessária.
Lary.Momentolitera 10/06/2020minha estante
Nossa que resenha incrível vc escrever tão bem (?>?


Lary.Momentolitera 10/06/2020minha estante
Nossa que resenha incrível, vc escreve tão bem (?>?


Rodrigo 10/06/2020minha estante
aaaaaaa obrigado!!




Nat 07/07/2017

Sobre Nova York da década de 20
Esse foi o primeiro livro que li para um projeto que estou participando com leituras sobre Nova Iorque – cada década é representada por um livro, e Jazz é referente a década de 20, um período em que a cidade era povoada por pessoas que vinham do campo, sendo muitas delas negras.
Já iniciamos a história sabendo que há um assassinato. Joe Trace matou a amante, muito mais jovem do que ele. Sua esposa, Violet, ataca o corpo dela durante o funeral. Uma cena bem chocante. Depois dessa abertura bombástica, vamos conhecendo os personagens e as histórias de vida de cada um. Não é uma história que vai resolver um crime, ou desmascarar um ladrão, e sim um livro que vai mostrar como as pessoas são feitas, o que aconteceu com elas para serem como são e chegarem até ali e, ainda, o que o futuro reserva para elas.
O desenvolvimento do livro não é linear, então vemos fatos do passado misturados com o presente e dividido por personagens, o que nos dá a oportunidade de ver o mesmo acontecimento sob diferentes pontos de vista. Vale ressaltar também que é possível observar o racismo do ângulo de personagens negros, afinal a história se passa no Harlem, que é (até hoje) “o bairro negro” de Nova Iorque.
Foi uma leitura bem diferente para mim, tanto pela história em si quanto pela escrita da Toni Morrison, que tem uma oralidade forte e alterna entre parágrafos bem pequenos e outros que duram mais de duas páginas. Gostei bastante e recomendo a leitura!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Juliana.Ribeiro 15/04/2017

Jazz
Um livro que prende pelos mistérios que rondam os personagens: um homem cinquentão que mata a amante novinha, a esposa traída que tenta esfaquear a morta no caixão... No início vc nao vai se identificar com eles, nao vai nem gostar deles... mas a morte da garota afeta profundamente esse casal infeliz e faz com que se redecubram, revirem seu proprio passado e se curem de suas angústias. MUITO IMPORTANTE: Nao deixem de ler o prefácio da autora Toni, se sua edição não tiver, busque na internet. E lembrem-se de que a narrativa é no ritmo do Jazz... sintam a música.
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