Todos seremos irmãos

Todos seremos irmãos J. M. Simmel




Resenhas - Todos seremos irmãos


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Leila 13/09/2020

Crimes do passado
Só li esse livro porque uma amiga me emprestou. Não é o tipo de leitura que me atrai, mas ela achou que eu iria gostar porque já começa com um assassinato.

Realmente, o livro começa com um assassinato e com a tentativa de fuga do protagonista, Richard. Na verdade, começa com o final da história. No decorrer do livro, o protagonista vai narrando em primeira pessoa como chegou a esse ponto.

É uma estratégia que funciona, pois você quer saber como os acontecimentos se desenrolaram para chegar neste ponto e o que levou os personagens a fazerem o que fizeram.

A trama começa em 1966, mas conta coisas do passado, da Segunda Guerra Mundial. Richard fala das atrocidades cometidas na época e as consequências delas. Conhecemos a história da vida de Richard e de seus amigos, como se conheceram e como chegaram onde estão hoje.

Os personagens são imperfeitos e mentirosos; não existem mocinhos e mocinhas. Lilian, o grande amor de Richard tinha terríveis falhas de caráter, mesmo assim, não deixou de amá-la. O próprio Richard mentiu e foi chantageado por causa de uma grande mentira.

Não gostei muito, mas não posso avaliar a leitura porque não é o tipo de livro que gosto de ler. Por isso, quem gosta desse estilo de livro deve ler e tirar suas próprias conclusões.

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Bano 04/08/2017

O livro preferido do autor
Uma trama envolvente que comecei a ler na noite de 17 / 7 / 2008 e terminei às 22h35 de 20 / 7 / 2008.

O início é ótimo: Simmel prende a atenção do leitor descrevendo os preparativos para um assassinato e depois a tentativa de fuga do personagem principal. Narrado na primeira pessoa do singular, Simmel volta no tempo e retorna ao presente durante toda a narrativa. Pena que o autor perca tempo narrando a biografia de alguns personagens que não têm maior importância na trama, ou desperdice algumas páginas com uma historieta insuportavelmente piegas — esses dois graves senões só servem para desviar a atenção da trama principal, quebrando o ritmo da história central. Outro senão é quando o autor gasta uma ou duas páginas para descrever a situação política e a crise financeira da Alemanha quando ainda estava dividida pelo muro de Berlim.

Simmel acertou na conclusão da trama — sensível ao narrar o voo de uma mariposa durante a visita que o russo Boris Minski faz ao amigo Richard Mark numa prisão.

No final, pena que seja difícil de acreditar quando Mark consegue girar a mesa do apartamento sem que seu irmão Werner percebesse. Werner era esperto demais para não perceber. Fazer o quê? Simmel não conseguiu imaginar nada melhor.

Mesmo quando Simmel corta a narrativa do presente para narrar algum fato do passado o livro nunca deixa de interessar. Simmel não é nenhum Proust ou Steinbeck, mas demonstra habilidade em prender a atenção de seus leitores. Dentre os seus mais de vinte livros, Simmel considerava este o seu livro preferido, em que acreditava ter equilibrado envolvimento, distração, preocupação estilística e conteúdo positivo.
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