Resenhas -

Leonardo Lemes 19/07/2022

THE PIRATES OF SOMALIA
Livro-reportagem transcontinental. Um texto que ultrapassa o objetivo de informatividade. Baseado em experiências reais e autoprotagonizado pelo autor, o livro-reportagem traduz uma comunidade inerente aos contextos territoriais e nativos da sociedade somali. Explora, de uma maneira corajosa, assuntos que a mídia popular não demonstra interesse. A aventura está no deslocamento sociocultural de Jay Bahadur, nas regiões da Somália; e nas relações criadas a partir da interculturalidade gerada entre as personagens. Apesar do propósito inicial do autor visar o reconhecimento, a fama, algo que lhe gerasse oportunidades no ramo, em algum momento isso muda. Então são nítidos os interesses jornalísticos do autor. Seus discursos, seu mapeamento, pesquisa de campo e argumentos de autoridade encontrados no texto, revelam a audácia e a ânsia pelos conteúdos. Há diálogos com líderes dos denominados Piratas, posições de figuras públicas, entrevistas com a milícia combatente aos crimes e com já reféns nos navios. O livro ainda não foi traduzido para o português, mas quem tiver interesse, há uma produção cinematográfica fiel às abordagens do papel. "As I approached my thirty-fifth weary hour of travel, my desire to socialize with fellow passengers had diminished, but on purely self-serving grounds I forced myself to chat eagerly with anyone throwing a curious glance in my direction."

Eduardo1304 11/03/2022

Piratas da Somália
Esse livro não possui tradução em português ainda por isso acredito que não tenha uma resenha.
Acredito que sou o primeiro a ler e fazer uma resenha desse livro por aqui .
Em Os Piratas da Somália, Bahadur se aventura em Puntland, região do nordeste da Somália, e conta a vida dos piratas além dos botes de ataque: como eles gastam seu dinheiro, como conduzem negócios, como pensam e por que arriscam suas vidas em missões muitas vezes suicidas. Nos remotos paraísos piratas da Somália, Bahadur se senta e conversa com alguns dos piratas, suas bochechas inchadas com khat (a droga local preferida), seus celulares tocando enquanto os homens conduzem seus negócios. Bahadur também conversa com alguns dos seguranças encarregados de combater a pirataria, bem como com ex-reféns piratas que viveram em seus navios por meses enquanto aguardavam notícias de um resgate.