Saving Noah

Saving Noah Lucinda Berry




Resenhas -


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Sinesio2 17/05/2024

Tiro o chapéu, mas NÃO RECOMENDO!
É sem duvida o livro mais pesado que eu já li! Completamente original e profundamente psicológico (típico Lucinda Berry, ela é uma super escritora) mas que te coloca numa situação mental de muita agonia! É interessante, bem escrito, quase brilhante em alguns momentos, mas PROSSIGA COM CAUTELA. É A MAIOR CHUVA DE GATILHOS DO UNIVERSO!!! Leitura desafiadora que coloca seu cérebro pra trabalhar e pensar sobre questões difíceis, mas definitivamente não te indicaria esse livro!
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Sara 11/07/2023

Uma história triste e comovente e tão necessária sobre como tratamos as pessoas que sofrem com doenças relacionadas ao desejo sexual.
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Cris 07/01/2023

Eu só quero discutir esse livro numa roda. Eu preciso disso!
"Perdoamos assassinos, pedófilos não."

Encontrei 'Saving Noah' após ver uma publicação aqui no Skoob e desde então o livro ficou na minha cabeça. Quando li sua sinopse só me perguntava o porquê de ele não ser conhecido por aqui já que foi colocado como similiar ao sensacional 'Precisamos falar sobre Kevin'. Hoje, depois de ler, desconfio do motivo para nenhuma editora comprar seus direitos: medo de se posicionar e de futuros cancelamentos. Não que a leitura seja, na minha opinião, uma perda de tempo e de dinheiro, é que o tema é pesado demais, delicado demais! Imagina o receio da editora ao cogitar publicar uma história no qual o protagonista é um pedófilo e tentar mostrar aos seus leitores que ele é doente e não criminoso...?

Certamente o livro não agradaria a todos e ainda corria um enorme risco de ser mal-compreendido por um nicho de pessoas. E se dermos uma rápida busca no nome da autora, é fácil saber seu posicionamento sobre o tema sendo ela uma psicóloga especializada em traumas da infância. E não, o Noah não foi abusado quando pequeno, quero deixar às claras.
Lucinda Berry decidiu mexer em um vespeiro ao trazer um assunto tabu como esse e soube me envolver de uma forma visceral sendo responsável por mudar a forma como lido com o tema. Iniciei a leitura com uma linha de raciocínio e terminei pensando diferente, cheguei a um veredito? Ainda não! Mas agora consigo compreender algumas coisas que o meu senso de justiça e de proteção não deixava eu enxergar.

Mas enfim, vamos de enredo rs. O livro narra toda a trajetória de uma familia na qual seu filho adolescente é acusado de molestar sexualmente meninas de cerca de 8 anos de idade, e o que mais desespera, principalmente, a mãe, é que Noah é um filho e aluno exemplar. A própria igreja que Noah é membro recebe essa notícia de forma adrupta pois não consegue associar o crime hediondo ao prestativo menino de bom coração e olhos doces.

Após cumprir uma pena branda de 18 meses dentro de uma instituição para menores infratores sexuais, Noah volta para sua casa e aos poucos para sua rotina. Contudo, não mais podendo ficar perto de crianças ou tendo qualquer acesso à Internet, e para complicar ainda mais a vida da família, Noah, tem uma irmã caçula que será obrigada a ficar longe, sendo assim, os pais que já haviam gastado todas as suas economias com advogados e processos sofridos, se viram na necessidade de se dividirem: numa casa a mãe irá morar com ele, e na outra o pai com a filha. Claro que essa situação problematizará ainda mais a abalada relação entre todos e, é a partir daí que Lucinda Berry traça caminhos no mínimo conflitantes e dificílimos de lidar e até mesmo racionalizar; me coloquei e muito na pele de Adrianne, mãe do adolescente, também entrei em desespero ao pensar nas meninas molestadas. Lucas, o pai do garoto também é uma figura densa demais e que chama a atenção. Até mesmo o próprio Noah ganhou ponto de vista no decorrer dos capítulos complicando ainda mais meu julgamento e me deixando desnorteada até o surpreendente epílogo.

O que mais me envolveu e angustiou meu coração durante a leitura foi a forma como os personagens foram inseridos na trama. Berry não romantizou absolutamente nada e trouxe pessoas reais com pensamentos e atitudes reais. Conforme ia lendo e desconfiando do caminho a ser seguido, entrei em desesperança pois não queria aquele desfecho... cheguei até a odiar a autora por alguns minutos, mas, depois de ter lido o que não queria, tentei de todo modo ser compreensiva embora ainda não concorde com a escolha do Noah e permissividade de sua mãe. E para meu completo assombro e revolta, Lucas, o pai ausente e até então correto, foi o grande plot twist da história e não teve nenhum desdobramento. Sei que tudo foi proposital e para gerar asco nos leitores, entretanto, em respeito à Katie, irmãzinha de Noah, precisava de uma solução. Mas tá bom, Dra. Lucinda, isso acontece em muitos lares e eu, infelizmente, entendi a mensagem! ...

E para encerrar, esteja ciente dos gatilhos de pedofilia, estupro e suicídio encontrados na leitura, e acima de tudo, esteja preparado psicologicamente para ler um livro como esse pois em nenhum momento há aquela luz no fim do túnel. A autora veio para chocar e criar paradoxos catatônicos. Mensagem de esperança? Muito menos!
Ainda estou digerindo tudo o que li e apenas queria discutir esse livro em uma roda... sem dúvidas, ele entrou para a lista dos livros mais tristes e difíceis que já fiz na vida!! Está ao lado de 'Uma vida Pequena', de Hanya Yanagihara e de 'Proibido' da autora Tabitha Suzuma.

É isso. Li um excelente livro e coloquei na minha lista de prioridades todos os outros da autora. Contudo, não consigo indicar a leitura apesar de querer que todos leiam o que li. Eu estou triste e também revoltada. Bem-vindos ao meu axioma.

" As pessoas odiavam pedófilos, mas ninguém odiava Noah tanto quanto ele se odiava."
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