A Ilha sob o Mar

A Ilha sob o Mar Isabel Allende




Resenhas - A Ilha Sob o Mar


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MARCIA 26/05/2011

Muito bonito
História muito tocante sobre a escravidão no Haiti, do jeito envolvente da Isabel Allende, parte narrada com a voz da personagem principal - Zarité - escrava.

Violento e ao mesmo tempo sensível, uma boa opção de leitura, que sempre é um aprendizado.
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Janaina Vieira - Escritora 14/05/2011

Qualquer tipo de escravidão é terrível.
Este livro me fez chorar mais de uma vez. E a pergunta básica que me faço após terminar a leitura é tão antiga quanto as absurdas ações humanas, desde que o homem dominou o planeta: com que direito um povo simplesmente eacraviza outro? Com que direito arranca-se milhões de pessoas de sua terra natal, separa-se famílias inteiras, atea-se fogo às suas casas, obriga-se essas pessoas a atravessar o oceano para, em um lugar que nunca viram, tornarem-se escravos de outros seres, tão humanos quanto eles? E com que direito um homem mutila outros, esmaga-os, espanca-os a ponto de todas as suas ações covardes se tornarem parte integrante de sua "civilizada" cultura?

A escravidão oficial já terminou há muito tempo, mas quanta escravidão disfarçada ainda existe espalhada pelos quatro cantos do planeta! Por isso, livros como esse têm de existir: para que as crueldades cometidas jamais sejam esquecidas. E não mais repetidas. Jamais.

Por meio de sua heroína, Zarité, a autora conta boa parte do que foi a colonização do Haiti - diante da qual, a colonização no Brasil foi quase um jardim de infância! Quanta maldade, quantos abusos, quanta violência desnecessária... Por causa da economia, do plantio da cana, por causa do dinheiro e do poder - como sempre. Ah, o homo sapiens é muito cansativo... Custa tanto a aprender, a crescer, a evoluir... E, ainda assim, Zarité nunca se corrompeu, nunca deixou de dar seu colo a quem precisasse. Sua vida não foi das piores, se comparada às condições em que viviam os escravos sob a colonização francesa, mas foi uma vida de sofrimentos, de submissão, de migalhas, de renúncias, de tudo que é "pouco", porque negro não era gente, na concepção da época. E talvez na concepção de hoje, não sei... Na superfície, os preconceitos desapareceram, mas em profundindade ainda existem, estão todos vivos. Infelizmente.

O Haiti é uma terra repleta de sangue derramado em suas origens. Porque em determinado momento havia 500 mil escravos de um lado e um punhadinho de brancos arrogantes do outro, que tornavam suas vidas um verdadeiro tormento há muito tempo. O que aconteceu? O óbvio: os oprimidos acordaram com sede de liberdade. O jugo tornou-se insuportável, abusivo demais. Daí em diante, abriram-se as comportas do ódio represado (de ambas as partes), da luta, do sangue e da morte. Quanta destruição, quantas perdas irreparáveis, traições, delações, castigos, vingança... Tudo que o homem tem de pior veio à tona.

Enfim, é um livro surpreendente, que emociona, envolve e faz pensar. E causa vergonha também. Vergonha do passado, vergonha de fazer parte de uma espécie capaz de tantas atrocidades contra si mesma por causa de algo tão passageiro, instável e ilusório quanto poder e dinheiro.

O que consola Zarité nos raros momentos de paz que ela consegue ter é a dança. Quando dança, Teté esquece de sua realidade absurda e alimenta a esperança de voltar para a Guiné, de onde seus ancestrais foram arrancados à força. Teté dança e o leitor dança com ela, desejando que ela seja finalmente livre. Ela pensa na liberdade e acredita nas palavras de seu avô, Honoré: "Dance, dance, Zarité, porque escravo que dança é livre... enquanto dança."
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Nica 01/05/2011

Passei algum tempo com este livro na estante esperando sua hora de vir a vida, mas confesso que ficava adiando por seu número de páginas, (embora adore livros escoradores de porta rs,rs,rs )vinha dando preferência aos mais finos, rsrsrsr, e também por nunca ter lido um livro de Isabel Allende. Mas valeu a espera,pois o li com calma,e dei toda a atenção que Teté merece, amei a Teté, a heroína de nossa história. Sabe como é aquele livro que você não quer largá-lo desde a primeira página, que você fica poupando a leitura para não acabar logo, e que fica triste quando o acaba de ler?
Gente, o resto da resenha está no blog, espero que você leia na integra e comente.
http://lereomelhorlazer.blogspot.com/2011/04/ilha-sob-o-mar.html#more
Obrigada
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DIRCE 12/03/2011

O consolo pode vir da ficção: um novo livro sobre a Saga dos Solar.
Há um bom tempo afastada dos livros de I. Allende, posso dizer que meu reencontro, com a narrativa dessa escritora que faz com que eu dê "asas" a minha imaginação, foi prazeroso ,ainda que, "A Ilha Sob o Mar", não seja um dos seus melhores livros. Mas ele tem seu mérito pela abordagem histórica aliado a um romance que tem uma escrava como protagonista.
Positivamente, devo ter cabulado aula no meu tempo de estudante: o que eu sabia sobre o Haiti se resumia no que foi noticiado pela mídia: a participação do Brasil na força de paz , o devastador terremoto que atingiu Porto Príncipe ( a capital) provocando milhares de mortes, entre elas, dezenas de brasileiros, e a Dra Zilda Arns( minha ídolo) fez parte dessa estatística.
Eu estava longe de imaginar que o Haiti foi o primeiro país no mundo a abolir a escravidão e, que tal fato, não foi decorrente de movimentos abolicionistas, ou por interesse do império colonizador ( na ocasião do evento: século XVIII – era o império francês) – ele se deu em virtude da revolta dos escravos que tinha como líder o ex-escravo Toussaint Louverture.
A primeira parte do livro ( 1770- a 1793, Saint – Domingue – atual Haiti) me deixou com uma sensação de “saciedade”: a noção que tive acerca da História do Haiti me bastou , entretanto, a segunda parte ( de 1793 a 1810) que se desenvolve na Lousiana, me deixou "sedenta", pois, I. Allende, fez uma espécie de sinopse sobre os acontecimentos de Saint – Domingue e não me foi possível somar muita coisa à noção obtida na primeira parte do livro.
A parte romanceada gira em torno da escrava Zarité, que foi vendida aos 09 anos de idade a Valmorain; proprietário de uma plantação de cana de açúcar e senhor de escravos. Zarité foi uma escrava dedicada, cuidou da sua "dona" com carinho e abnegação, mas isso não impediu que fosse usada e abusada pelo seu "senhor". Zarité não era dona do seu corpo e da sua vontade, contudo, dos seus sentimentos ninguém poderia tomar posse, por isso, ela amou e foi amada. Foi mãe. Um dos seus filhos foi arrancado dos seus braços. Amou Maurice com a mesma intensidade que amou Rossete ( ou até mais).
"A Ilha sob o Mar" é um romance que comove, entretanto, sendo I. Allende dotada de uma criatividade sem limites, poderia ter conduzido de outra forma o amor que unia Rosette e Maurice, mas não posso deixar de considerar que, talvez, o incesto fosse um fato recorrente naqueles tempos.
É um romance que me entristeceu não só pelo passado, como também pelo presente do povo haitiano e, muito mais, pelo futuro, pois o cenário atual do Haiti não me permite vislumbrar ( desolada) que eles possam desfrutar da felicidade (ainda que fugaz) restando-me, apenas, o consolo se, por ventura, I. Allende escrever um outro romance sobre a Saga dos Solar ( descendentes da Zerité), que pelo menos eles – ainda que na ficção - tenham sido felizes.


PS : Eu estava com essa resenha pronta antes de ocorrer a terrível catástrofe no Japão. Tudo indica que ela foi mais devastadora, mais aterrorizante e mais nociva que a o do Haiti. É tão triste constatar que por mais horrenda que seja a ficção, ainda assim, é menos horrenda que a realidade. É.... o poeta tinha razão quando disse: tristeza não tem fim, felicidade sim".
zette 05/04/2011minha estante
Minha amiga!!!
Sua resenha esta maravilhosa. Voce cpnseguiu retratar perfeitamente as ocorrencias do livro. IA. é realmente uma grande escritora e tudo que ela faz eh bem feito. Nada como A Casa dos Espiritos, mas mesmo assim muito bom.


Sandra C. 19/08/2011minha estante
Saudades de vc querida! Como assim afastada de Allende? Isso é um pecado. =D Ela e Benedetti devem sempre ficar colados na gente! =)




Sinésio 15/02/2011

Romance ambientado no final do século 18, primeira parte na ilha São Domingos (atual Haiti), segunda parte em Nova Orleans, Louisiana (na época território francês).
Emocionante história da vida de uma escrava, Tété, que sofre os preconceitos e os abusos próprios de sua condição social.
Isabel Allende em sua melhor performance. Imperdível!
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Glorinha 30/01/2011

História do Haiti/ Formação do Povo Haitiano
Mostra a história da formação do Haiti. Gostei de saber como foi terrível a formação do povo haitiano com muita escravidão, sofrimento e um colonialismo feroz. Lendo, se compreende porque até hj é um país tão conturbado e um povo tão sofrido.
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regina2811 27/01/2011

AMEI!
Nunca tinha lido um livro da Isabel Allende, me interessei por este livro por causa da capa, que me encantou, e descobri uma escritora fascinante. Já nos primeiros capítulos me prendi à história, me envolvi tanto com o livro e com os personagens que acabei me enrolando na leitura, para adiar o fim.
Com certeza este livro é um dos meus favoritos, disputando os primeiros lugares, e indico para todos lerem!
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Sueli 22/12/2010

Comentário
Este foi meu primeiro contato com uma obra de Isabel Allende.
Excelente narrativa, contextualização e finalização. Simplesmente fiquei encantada!Recomendo fortemente.
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fernandazach 09/10/2010

Leitura que cativa: narra a vida dos escravos e dos senhores de terra do sec. XVIII das Antilhas.
Aprendi com esse livro como era sofrida a vida dos escravos nas plantações de açúcar e como esse sofrimento fez com que culminasse um movimento rebelde envolvendo todos os escravos das várias plantações das Antilhas (que hoje é o Haiti).
Aprendi como também era sofrida a vida dos donos de terra, presos em suas convenções sociais, políticas, em seu egoísmo e como eles foram ingênuos em acharem que os escravos não conseguiriam se organizar para derrubarem o sistema falido e injusto que reinava.
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Te 28/09/2010

Um livro extremamente interessante, pois nos leva aos tempos da nossa historia, onde existe a escravidão e nos mostra a luta deste seres humanos, pela tão almejada liberdade. Liberdade que nem sempre completa a felicidade dos mesmos, percebemos o quanto o ser humano pode ser cruel e como conseguem conviver com seus feitos.
O amor como sempre e o tempero deste romance.
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Diego 01/09/2010

TEDIOSO!
Livro bem escrito, mas tão arrastado, história lenta, que poderia ser contada com metade das páginas que o livro possui. Fica evidente o declinio da obra de Allende, se comparado a trabalhos anteriores, como A casa dos Espíritos.
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