A Ilha Sob o Mar

A Ilha Sob o Mar Isabel Allende




Resenhas - A Ilha Sob o Mar


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Ana Carolina 23/01/2021

Surpreendente
Este livro não é o meu preferido da autora, mas a mesma não deixa de nos contar com maestria a história da escravidão no Haiti, através da árdua vida de Zarité (Tetê), uma escrava vendida aos 9 anos de idade, a sangrenta luta pela abolição da escravatura naquele país e o seu recomeço em New Orleans - EUA. Assim a história se divide em duas partes. A primeira, contada através de Tetê que sofre os diversos tipos de humilhação pelas quais as escravas eram submetidas. Foi molestada pelo seu “dono” (Valmorain), teve filhos com ele, sendo o primeiro levado e a segunda, Rossete, manteve-se em sua companhia. Conta o carinho que dedicava ao filho de seus “donos”, Maurice, e a fuga a New Orleans em decorrência da sangrenta rebelião dos escravos, iniciando assim a segunda parte do livro. Lá Teté consegue ter a sua liberdade, a qual fora prometida quando da fuga de Saint-Lazare e foi trabalhar com Violette. Já Valmorain se casa novamente e a atual esposa manda Maurice estudar em outro país e Rossete para o colégio de freiras e que mesmo separados por dez anos eles continuam se amando. A narrativa da história se volta para o amor proibido de Maurice e Rossete, que decidem se casar, mesmo sendo irmãos. Este enlace foi incentivado por Teté que conhecia a dor de não ter ao lado aquele que se ama. Mas o amor nem sempre é como se espera e o destino dos dois jovens muda drasticamente após o casamento. É um livro que toca o coração porque retrata a dor de uma mulher privada de sua liberdade e de seus amores. Acredito que valha a pena o ler e se surpreender com o brilhantismo da autora e desta história tão completa.

site: @livrosqueamaremosparasempre
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Biblioteca Álvaro Guerra 29/08/2018

Dance, dance, Zarité!
Minha primeira lembrança de felicidade, quando era uma pirralha magrela e desgrenhada, é a de me mexer ao som dos tambores...
A música é um vento levado pelos anos, pelas lembranças e pelo temor, esse animal preso que carrego dentro de mim.
Com os tambores desaparece a Zarité de todos os dias e volto a ser a menina que dançava quando mal começava a andar. Bato no chão com as solas dos pés, e a vida sobe pelas minhas pernas, percorre meus ossos, apodera-se de mim, acaba com a minha tristeza e adoça a minha memória.
O mundo estremece. O ritmo nasce de uma ilha sob o mar, sacode a terra, em direção ao céu, levando as minhas aflições...

"Dance, dance, Zarité, porque escravo que dança é livre... enquanto dança."

Eu sempre dancei.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978-85-286-1444-2
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Luciana.Lopes 03/07/2018

A Ilha sob o Mar
Um tema naturalmente tocante, mas que essa incrível autora nos transporta através de suas linhas, para sentir a dor da chibata, compartilhar dos amores proibidos e ouvir os tambores para a luta e celebrar a liberdade. Além de contar uma bela estória, tem com pano de fundo a verdadeira história da luta pela independência da primeira República negra do mundo o Haiti e a relação desse país e seu povo com Cuba e ou EUA.
Muita história carece de holofotes e respeito!
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Magasoares 28/12/2017

Cansativo!
Um livro que tinha tudo para dar certo, mas caiu desastradamente nas últimas páginas. Isabel Allende quer falar tudo e mais algumas coisas, acaba estragando a estória.
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deniferreira 23/09/2017

Emocionante
Conta a trajetória de Zarité, uma escrava negra que foi comprada aos 9 anos de idade. Se passa no Haiti no período em que era colônia da França e depois da Espanha e era chamada de São Domingo. Zarité, ou Teté se envolve de diversas maneiras com a família de seu dono e nunca desiste de sua liberdade. A história é densa, tensa, mas ao mesmo tempo muito linda. Enquanto narra as maldades da escravidão e da relação injusta entre os brancos e as negras, fala sobre amor, liberdade e esperança.
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Kamila 29/05/2017

A Ilha Sob o Mar se passa no século XVIII e começa com o francês Toulouse Valmorain chegando na ilha de Saint Domingue (atual Haiti) para cuidar das propriedades de seu pai, que estava muito doente. Toulouse ficaria por pouco tempo, porém, com a morte do pai, ele acaba ficando em definitivo, justamente para cuidar das plantações de cana de açúcar do pai. Nesse meio tempo, ele conheceu a jovem espanhola Eugenia Garcia del Solar, com quem viria a se casar. E também a cortesã Violette Boisier, uma mulher considerada "de luxo", mas que acabaria criando uma amizade com o jovem.

Violette cuidaria dos preparativos da mudança de Eugenia para a casa do Valmorain, enquanto ele ia buscar sua prometida em Cuba, onde morava os Garcia del Solar. Para ajudar nas tarefas domésticas, a cortesã compra a escrava Zarité "Teté", de apenas 10 anos, que também cuidaria de Eugenia, que, com o tempo, teria suas doenças mentais agravadas (ela era doente, mas não sabia) pelos revoltosos haitianos. Lembrando que a escravidão no Haiti, diferente do que aconteceu no Brasil, teve muitas rebeliões (quase diárias, arrisco dizer) entre escravos e brancos. A escravidão no país durou 100 anos.

Só que, antes de Eugenia enlouquecer de vez, ela dá a luz ao pequeno Maurice. Enquanto isso, Valmorain faz de Teté sua escrava sexual. A escrava engravida e o senhor some com a criança. O tempo passou, Teté cresceu e teve outro filho de Toulouse, mas dessa vez, a escrava ficou com a criança - uma menina, que recebeu o nome de Rosette, em homenagem a Tante (tia, em francês) Rose, escrava e curandeira da região, conhecida por curar de brancos a negros com seus remédios poderosos.

Em paralelo à história de Valmorain e Teté, conta-se também a história do próprio território de Saint Domingue - era propriedade da França, Espanha ou Inglaterra? Nesse meio tempo, Valmorain e a família, por causa das perseguições, vão para Nova Orleans, nos Estados Unidos, onde Teté, depois de muito pelejar, finalmente consegue sua liberdade.

Por que Isabel Allende é meu ídolo? Porque ela consegue mostrar várias histórias e, ainda assim, contar uma história só. Cada personagem que aparece na história, terá sua importância na trama geral. Paralelamente, ela vai contar a real história do Haiti, com personagens como Napoleão e Toussaint Louverture e também como Nova Orleans passa das mãos francesas para as americanas. Além de, claro, contar como os escravos não tinham vida fácil nem como escravos muito menos como libertos.

Allende também explica, através de sua narrativa sucinta e de seus personagens que, mesmo fictícios, representam histórias reais, como a colônia de Saint Domingue passou de mais rica do mundo (por causa da cana de açúcar) a terra devastada, num intervalo de 100 anos - e está assim até hoje. Spoiler: as rebeliões foram um fator crucial para a ascensão e queda da colônia.

As 470 páginas não assustam, pelo contrário, a história flui tão bem que você se sente como um espectador (eu ficava com o coração na mão toda vez que a Teté sofria alguma coisa), você consegue ver claramente tudo o que acontece na trama. O livro fala também das religiões africanas (e como é possível acreditar nos deuses e no Deus católico também) e como Isabel deve ter estudado bastante para tal. O livro em si é uma grande aula de História - você pode rever alguma informação e/ou descobrir novos fatos históricos.

Sentia falta de ler algo dela e A Ilha Sob o Mar foi uma leitura muito gratificante. Ah, e a respeito do título, a autora desvenda a tal ilha logo de cara - e a revelação é muito linda.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/05/resenha-ilha-sob-o-mar.html
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Bruno D W 16/12/2016minha estante
Sempre quis ler algo da Isabel Allende desde que li uma entrevista dela há alguns anos. Sua resenha me deixou ainda mais curioso.




Simone 30/08/2016

Apaixonante!
Não tem como não se apaixonar pela leitura do livro na medida em que passamos as páginas. É emocionante acompanhar a vida dos personagens. Isabel Allende cria um romance incrível unindo história, caminhos, amores, a vida dos personagens. Para mim um dos melhores livros da autora. Tenho na minha estante como uma relíquia!
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Adriana 04/12/2015

Delicadeza Histórica
É para poucos descrever um fato tão sangrento com cuidado e delicadeza.
Impossível não se apaixonar pela protagonista e sua historia.
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Simone 30/08/2016minha estante
Para mim o segundo melhor livro de Isabel Allende, só perde para Inês de Minha Alma, que amo de paixão. História, vidas, amores, caminhos, tudo se cruza na leitura. Apaixonante, já lí duas vezes e o livro ocupa lugar entre os melhores de minha estante em casa!




Glailson 04/03/2015

Um olhar sensível e aguçado sobre a escravidão e a sociedade colonial
Há poucos dias, em meio a férias corridas de apenas duas semanas, finalmente pude terminar de ler "A Ilha sob o Mar", 16º romance da renomada escritora Chilena Isabel Allende. Foi a primeira vez que tive a oportunidade de conhecer o trabalho desta profícua escritora e a experiência não poderia ter sido mais intensa e fascinante.

Com imensa sensibilidade, um aguçado olhar crítico e uma certa preocupação em retratar de maneira fidedigna o cenário histórico, Isabel Allende nos leva de volta ao Haiti do final do século XVIII para que possamos acompanhar de perto a vida da corajosa Zarité, uma escrava doméstica de um dos maiores Senhores de Engenho da então colônia francesa nas Antilhas, em meio aos conturbados acontecimentos que culminariam na primeira e única revolução onde negros escravizados conquistaram o poder e conseguiram abolir a escravidão.

Ao dar voz a uma protagonista que sintetiza de diversas formas toda a opressão e exploração da nascente sociedade capitalista global, a autora nos brinda com uma narrativa fascinante que, de maneira sensível e empolgante, nos leva a refletir sobre nossa realidade contemporânea e a necessidade de libertação da humanidade de todas as amarras da opressão e exploração, ao expor toda a brutalidade das origens do capitalismo, onde a acumulação primitiva do capital para a ascendente burguesia europeia se assentava sob os milhões de corpos aniquilados de índios e negros, ao mesmo tempo que nos permite vislumbrar os anseios, dramas e sonhos destes homens e mulheres que tiveram sua condição humana negada para garantir os privilégios de uma ínfima minoria que ainda hoje se mantém no poder. Uma leitura altamente recomendada.
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Régis Eduardo 20/02/2015

É Isabel sendo Isabel, mas nem tanto
Escrevo esse comentário para quem já é fã de Allende, e não pra esses leitores de primeira viagem nela.

Quem conhece Isabel Allende sabe da habilidade da autora em narrar sagas familiares, sobre um fundo histórico. Porém, o problema com "A ilha sob o mar" reside exatamente na falta de capacidade dela em dosar as tramas secundárias /paralelas para que essas não ofusquem o mote central.
Cresci lendo obras como "De amor e de sombras", "Paula", "Meu país inventado", "Retrato em Sépia", e esse é de longe seu livro mais desinteressante. Zarité é apática; a contextualização histórica é aborrecida, e toma um espaço absurdamente grande no livro; e a profusão de personagens sem nada a dizer é abundante, em especial na primeira metade. Quando finalmente a narrativa começa a ganhar vida, ali pelas últimas 130 páginas (em um livro de quase 500), Isabel, por algum motivo além da minha compreensão, resolve apressar as coisas, e termina a narrativa de qualquer jeito.
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Michele 22/06/2014

A Ilha sob o mar - Isabel Allende
Um livro excepcional, para mim merece todas as estrelas. Quando comprei esse livro, num primeiro momento, o que me chamou atenção foi a capa do livro, achei linda, e em segundo, porque era da escritora Isabel Allende.

Neste livro conheci a história de Zarité, na maior parte do livro Zarité é chamada de Teté, ela foi uma escrava doméstica, vendida aos 9 anos de idade para o francês Toulouse Valmorain, dono de uma propriedade de plantação de cana-de-açúcar em Saint Domingue - hoje Haiti -, quando a colônia pertencia à França. Como escrava doméstica, não sofreu as dores e as humilhações de seus iguais nos canaviais, mas tomou o conhecimento das misérias de seus patrões, os brancos.

Chorei lendo as discussões entre o médico da família e Valmorain, onde o patrão defende a ideia de que a raça negra é inferior à branca, a qual justifica a exploração do trabalho escravo e a crueldade praticada. Segundo o médico, ele diz: “possuir e explorar outra pessoa não pode ser humano”. O preconceito e o racismo imperam naquela época, mas há ainda os vestígios na sociedade atual, infelizmente.
Lendo sobre o tema Escravidão, me parece algo tão surreal, mas que infelizmente faz parte da nossa história.

Trecho destacado:
"Para lhe evitar preocupações e desgostos, aproveito suas ausências para me divertir à minha maneira - essa é a vantagem de ter um marido muito ocupado. Não gosta que eu ande descalça pela rua, porque já não sou escrava, que eu acompanhe Père Antoine e socorra pecadores no Pântano, porque é perigoso, nem que vá às bambousses da Praça do Congo, que são muito vagabundas. Nada disso eu conto a ele, e ele não me pergunta" (A Ilha Sob o Mar, Isabel Allende, pg. 476 - Zarité falando de seu marido, Zacharie)

#muitorecomendado
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Maraysa 22/04/2014

Zarité
Comecei a ler A Ilha sob o Mar por indicação da minha irmã. Desde as primeiras páginas o livro já me pegou e eu sabia que estava lendo uma grande obra.
Isabel Allende escreve com poesia, riqueza de palavras e muito amor. Ela sabe o que faz e agora quero ler seus outros títulos. Virei fã!
A Ilha sob o Mar é um livro tão lindo que em muitas partes senti vontade de chorar, grifar trechos, marcar páginas para reler depois. É um livro que ensina porque está cheio de uma sabedoria milenar em cada uma das falas da bela Zarité, da adorada Tante Rose, do velho Honoré e do querido doutor Parmentier.
Existem muitos personagens cativantes, verdadeiros e ainda estou de luto por ter terminado essa obra. Já sinto falta da graça de Violette, do espírito aventureiro de Maurice e da beleza de Rosette.
Poucas vezes li livros tão apaixonantes!
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Lucimara B 14/03/2014

"O ritmo nasce de uma ilha sob o mar [...]"
Com uma narrativa de grande fluidez, “A Ilha sob o Mar”, de Isabel Allende, impressiona pelo seu caráter histórico unido com um romance que provoca um turbilhão de sentimentos no leitor. O livro é divido em duas partes: a primeira, ambientada em Saint-Domingue, entre 1770 e 1793 e, a segunda, em Lousiana, compreendendo os anos de 1793 a 1810.

A história é desenvolvida acerca da vida de Zarité, conhecida como Tété, que ainda era uma criança quando fora comprada por Toulouse Valmorain, um francês que herdara uma plantação de açúcar de seu pai. Tété recebera aulas de como deveria se portar como escrava por Violette Boisier, uma "cocotte" que se tornara amiga de Valmorain após passarem por uma fase de desejos e paixões.

Toulouse, que já não sentia mais o desejo que tinha por uma linda moça, chamada Eugenia, que se apaixonara em uma festa e que acabara tendo-a com sua esposa, usou a jovem Tété para saciar suas vontades. Por conta disso, a pequena escrava desenvolveu em seu ventre dois filhos: o primeiro, que foi vendido para Violette e seu marido; e Rosette, que pôde permanecer com Tété, uma vez que Eugenia já estava muito doente e já não percebia mais o que ocorria em sua volta. Rosette criou-se com Maurice, filho que Eugenia trouxe ao mundo antes de ser sucumbida por suas próprias loucuras.

Nessa época, uma grande leva de escravos rebeldes iniciou uma rebelião sangrenta que atingiu toda a área de Saint-Domingue. A fim de preservar sua vida, Valmorain, levando consigo Tété e seus filhos, resolveu tentar sua vida em Lousiana, juntamente com Sancho, irmão de sua falecida esposa.

É nesse contexto que a narrativa se desenvolve, retratando as condições dos escravos nas plantações, além da forma de como eram tratados por seus patrões e pelo resto da sociedade de descendência europeia; todos esses fatores unidos à trajetória de vida de Zarité.

Acerca disso, pode se esperar um romance munido de aflições familiares, tensões políticas e de questões sociais que fazem o leitor refletir, além de permitir uma comparação e análise de passado e presente, como, por exemplo, em relação a questão da cor da pele, que, infelizmente, ainda provoca inúmeros conflitos na sociedade ou, ainda, no preconceito entre religiões, outro ponto que é abordado no livro, mesmo não sendo de maneira tão direta.

Confesso que comecei o livro achando que seria mais uma leitura monótona, contudo, me surpreendeu e certamente está na lista dos meus favoritos.
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