Felipe 07/06/2020"Pra mim, o prazer sempre esteve na criação"A autobiografia do Woody Allen é deliciosa, mas por motivos diferentes motivos. Antes de querer saber sobre o suposto crime de abuso sexual cometido na década de 90, já desmentido por duas investigações distintas, o leitor deveria se aproximar da obra para tentar o que move um criador tão prolífico. Até a data, são quase 50 filmes, peças teatrais, ensaios, livros, shows de jazz e discos de stand-up comedy. Todos eles de uma genialidade e sensibilidade raríssima.
A história é contada como se o autor fosse um adolescente de 17 anos, no caso, Holden Caulfield. Woody utiliza da narrativa usada em "O Apanhador no Campo de Centeio" que, junto ao seu humor presente em todos os parágrafos, tornam a leitura deliciosa. Caí na gargalhada algumas vezes.
Desse livro vou levar as memórias das suas descobertas, ainda jovem, pela Manhattan artística e viva que ele conheceu quando jovem enquanto gazeava aula. A sua paixão pela magia e, assim, pelo cinema. E também os seus romances e os amigos que formou quando começou a trabalhar no entretenimento.