Gabriel Seixas 08/01/2024
Começando o ano com uma releitura filosófica
Falar desse livro não é tarefa fácil. Primeiramente, porque o seu entendimento muda conforme os anos vão passando. Quando li pela primeira vez, em 2017, meu momento de vida era outro. E consequentemente o que aprendi com a leitura foi mais raso do que agora, 7 anos depois. Segundo, que para fazer uma análise, resenha, resumo ou elaborar qualquer comentário sobre essa obra com qualidade e maestria é necessário um profundo conhecimento de história (principalmente indiana), religião, filosofia e por aí vai. E claramente eu não tenho nenhum desses conhecimentos em profundidade. E antes mesmo de começar a escrever um pouco aqui, assisti à análise pelo olhar da Lúcia Helena Galvão, da Nova Acrópole. Por isso, de antemão, já aviso que o meu conteúdo será mais superficial e estritamente concentrado no meu entendimento e minha visão e opinião sobre o que tem na obra. Vamos lá.
Para mim, a mensagem que mais apareceu ao longo de todo diálogo foi: “não faça nada esperando algo em troca, simplesmente faça, pois é o seu dever neste mundo". Por diversas vezes, em diferentes formatos, Krishna diz isso para Arjuna. É o trabalho de uma vida desapegar dos frutos do trabalho. E a ansiedade que isso gera é enorme, a gente sempre busca esse reconhecimento, o que se torna um ciclo sem fim. E atualmente em nossas vidas, nada mais são que procurar desacelerar e baixar o ritmo dessa ansiedade que bate na nossa porta todos os dias. Esta obra nos mostra que refletir sobre o nosso caminho até o ponto de descobri-lo é a melhor coisa que a gente pode fazer pela gente mesmo.
Não considero uma leitura leve, pois precisa estar bem concentrado para pegar alguns detalhes. Não consegui ler final do dia, escolhi períodos pela manhã ou início da tarde. Com o tempo a gente vai aprendendo nossas melhores horas de concentração para poder aproveitar melhor a leitura, o que faz toda diferença no aprendizado e retenção.
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