A Grande Gripe

A Grande Gripe John M. Barry




Resenhas - A Grande Gripe


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Paulo 27/06/2020

"Every person who spits is helping the Kaiser"
Eu soube desse livro através do blog pessoal de Bill Gates, GatesNotes, em um artigo chamado "5 summer books and other things to do at home", e quando li a resenha de Bill sobre The Great Influenza eu logo pensei que não seria um bom momento para ler sobre esse assunto, pensei que 2020 já está saturado com palavras como pandemia, vírus, mortalidade e etc. Mesmo assim, dei a chance para ler a sinopse e as primeiras páginas.

Vi algo diferente do que eu imaginava, esta obra de John Barry não se trata apenas da pandemia da Gripe Espanhola -nome que o autor propositalmente evitou no decorrer do livro-, mas também de parte da história da medicina moderna como a conhecemos. Barry não começa detalhando sobre o Influenza, mas sobre como a medicina norte-americana (e a mundial) vinha sendo quase a mesma desde a época de Hipócrates, com doutores agiam mais por suposições e "sorte" do que pela ciência. Daí passei a ver que esse livro poderia, sim, ser lido durante outra pandemia e percebi que eu não encontraria outro melhor momento para ler este livro do que agora.

O começo desse livro é uma aula de história, assim como todo o livro em certa medida. Mas é no começo dele que percebemos como a medicina avançaria nos EUA por determinadas pessoas e como décadas depois ela teria seu grande teste. Durante o livro outros assuntos são tratados, como o que é o influenza e como o vírus age no organismo humano e, claro, sobre como o Influenza se iniciou pelos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo durante a Grande Guerra, além de falar sobre o método científico e os progressos da medicina desde então. O também livro detalha como uma sociedade conviveu com a Primeira Guerra Mundial e uma pandemia simultaneamente, como os governos agem em momentos de propaganda, como o tecido social pode ser rasgado em tempos de crise, citando inclusive Camus: "...evil and crises do not make all men rise above themselves. Crises only make them discover themselves, and some discover a less inspiring humanity.

Outra coisa que eu notei nesse livro, e que o autor por fim comentou, é a quase inexistência de menções dessa pandemia na literatura mundial, em comparação a outros eventos daquele século: "Hemingway, Faulkner, Fitzgerald said next to nothing". Li Stoner, de John Williams, e não me lembro se lá menciona a Gripe, embora mencione a Primeira Guerra que aconteceu simultaneamente.

E por fim, entre outras coisas, John Barry menciona o SARS na China no começo do nosso século e que o governo teria mantido isso em segredo até não conseguir mais, e concluiu: "Possibly the Chinese government learned a lesson...; possibly they will be both open and agressive in the future whenever any indication of a new disease surfaces". Bem, hoje podemos analisar essa conclusão. O governo deles foi realmente agressivo com as medidas a serem tomadas no país deles, mas não foram abertos ao mundo desde o início e seguraram a notícia por alguns dias enquanto o COVID se espalhava pelo mundo, assim como os EUA e a Europa esconderam a pandemia de 1918 até onde conseguiram. A história se repetiu.
Ivan.Anjos 25/07/2020minha estante
Estou lendo e concordo totalmente com o Paulo, mesmo ainda estando no capítulo 8. Mais um pouco poderei fazer minha própria avali


Kelly Oliveira Barbosa 05/11/2020minha estante
Estava na dúvida. Agora vou comprar.


Valscabral 17/11/2020minha estante
Também me interessei em ler este livro.


Elias189 02/01/2021minha estante
Excelente comentário.


Wilson 15/04/2021minha estante
Obrigado pela resenha, henriqis. Eu seguia o Bill Gates pelo Goodreads, mas agora entendi o porquê de ele ter saído de lá. Acredito que ele esteja focando nesse blog dele. Nesse blog tem os livros que ele está lendo e as resenhas dele. Muito obrigado mesmo. Grande abraço




Pinheiro 18/07/2021

É bom, mas é extenso nos detalhes.
Dá um panorama interessante de como se dá uma pandemia. Faz o leitor pensar que elas naturalmente ocorre e apenas a ciência pode minimizar as mortes. O que eu achei mais fanático é que ele ressalta a conquista de pesquisadores americanos no desenrolar da gripe espanhola. O problema é que na metade fica entendiante: muito detalhes do que já foi anunciado nos capítulos iniciais.
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Bia | @psicosedelivros 07/07/2020

uma aula de historia
“A gripe matou mais pessoas em um ano do que a peste bubônica na idade média em um século; matou mais pessoas em 24 semanas do que a AIDS em 24 anos.”

Você já ouviu falar da gripe espanhola? O grande pico começou em 1918 e durou alguns anos. Um vírus influenza (na época desconhecido) se espalhou pelo mundo, sendo de forma mais letal primeiramente na Filadélfia. Essa pandemia matou mais pessoas do que qualquer outro surto de doença na história da humanidade.

A Grande Gripe tem um teor completamente didático e bem metódico, o livro vai narrar a história da gripe espanhola, e englobar alguns outros temas e assuntos relacionados a pandemia, desde o início da medicina, quando Hipócrates foi considerado o pai da medicina, a evolução da ciência e das faculdades, o governo na época da primeira guerra mundial, e isso tudo sem o uso de diálogos, apenas por meio de fatos constatados.

“A ciência é sempre potencialmente revolucionaria.” ㅤ
Ciência, religião, medicina, métodos de pesquisa e ensino.. todos esses elementos de conectam. O autor se baseia em vários artigos, livros e bibliografias para construir o enredo que varia entre o linear e o não linear, mas isso não deixa a história confusa, o livro tem várias notas, siglas e índices de referência, temos uma verdadeira aula de historia.

Alguns termos técnicos e científicos são expressos de forma bem exemplificada, e acredito que para quem tem um conhecimento na área de ciências, vai conseguir entender melhor. Eu demorei muito lendo, para firmar seus pontos, o autor muitas vezes se repetia e prolongava um assunto além do necessário, o que tornou a leitura um tanto cansativa.

É um livro que agrega um grande conhecimento e traz vários conceitos e teorias interessantes, e também fatos históricos. Eu indico para quem realmente quer aprender não apenas sobre a gripe, mas sobre pontos que se correlacionam com a pandemia, como a saúde pública na época, os países que foram mais afetados, as estatísticas de morte, sobre os grandes nomes da ciência e da medicina que tentaram descobrir sobre o vírus influenza, entre muitos outros assuntos.

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Mariana Dal Chico 06/03/2021

“A Grande Gripe: a história da gripe espanhola, a pandemia mais mortal de todos os tempos.” de John M. Barry, foi publicado pela @intrinseca que me enviou um exemplar de cortesia.

Lançado originalmente em 2004, o autor pesquisou diversos documentos e precisou de 7 anos para escrever o livro que fornece um panorama sobre a evolução do ensino da medicina, mecanismos de ação do vírus da gripe e como os EUA enfrentou a grande gripe/gripe espanhola.

Barry tem uma escrita bem didática e acessível, o começo da leitura me cativou muito, mas em alguns pontos há repetições de ideia, o que não chega a ser problemático se você estiver lendo a obra intercalada com outras leituras.

Se você quer saber um pouco mais sobre como funciona o vírus da gripe, o processo de contaminação, como ele afeta nosso sistema imunológico, como as vacinas funcionam, o autor consegue explicar de forma bem acessível e completa, ainda que ele não esteja falando especificamente sobre o covid-19, muitas coisas se aplicam a situação que vivemos atualmente, afinal estamos falando de vírus da mesma família.

A omissão proposital de informações sobre a gravidade da situação para a população e o pânico/terror causado ter agravado as consequências foi um dos trechos mais difíceis de ler.

“A lição derradeira de 1918, uma simples e ao mesmo tempo a mais difícil de executar, é que as autoridades devem diminuir as chances de que o pânico aliene a todos. A sociedade não pode funcionar com cada um cuidando de si. Por definição, nenhuma civilização sobrevive assim.

Quem está no poder deve confiar no povo. Não deve distorcer nada, nem enfeitar ou tentar manipular as pessoas…” p.515

Do meio pro final, o autor perdeu um pouco minha atenção ao se aprofundar demais no jogo político dos EUA entre governo, militares, mídia e egos de cientistas.

No geral foi uma leitura muito boa, informativa, sugiro que você a faça com calma e atenção.

site: https://www.instagram.com/p/CJbrOjYjhcK/
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Juliana Cardoso 11/03/2021

Era só uma gripe.
Comprei para fazer uma comparação simples com o que estamos vivendo atualmente, e o que se percebe é que os negacionistas sempre existiram, para o bem da política e interesses próprios.
Triste ver que a sociedade não muda, e que os que mais sofrem são os pobres.
Mel 11/03/2021minha estante
Pois é




Marcos 26/04/2021

O livro só peça em certos momentos na tradução, que deixa o texto um pouco confuso. No restante é uma bela descrição e até bem detalhada do que foi a gripe espanhola. Os eventos são mais focados na pandemia que ocorreu inicialmente nos EUA e o seu desenrolar nos anos seguintes.
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Ana Bruno 21/12/2021

Histórico
Interessantíssimo compreender aspectos reais de umas pandemia. Curioso também observar comportamentos padrões dos governantes.
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Cris 12/09/2023

12.09.2023
Com as descrições a cada histórico de leitura dá para se ter uma noção do livro. Iniciou-se contando sobre o surgimento das maiores e importantes universidades de pesquisas, depois sobre os grandes nomes da ciência e discorreu sobre o influenza desde os anos 1800 até a gripe espanhola de 1918. Denunciou a falta de incentivo financeiro por parte do governo para as pesquisas para a influenza e relatou sobre as pesquisas efetuadas contra a pneumonia e a vida do grande pesquisador Paul Lewis, que não se sabe se efetivamente pegou febre amarela no Brasil durante uma pesquisa ou se foi suicídio pela ineficiência de descobrir uma vacina para o influenza e pneumonia, na sua época de cientista. Lendo o livro, parece q estava falando da recente pandemia que vivemos, tudo um caos, ninguém sabia o que fazer, os médicos perdidos, o governo sem orientar a populacao, ou seja, parecia q era tudo novidade, no entanto, foi igual a 1918. Muito triste.
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Ju 23/06/2021

Aprender com o passado
Surpreendente as semelhanças entre a pandemia de 1918 essa de 2020. Desde a postura dos governantes até os cidadãos e as insanidades dos medicamentos testados. Mas em 1918 existe uma justificativa, a medicina era nova. Mas, e em 2020 qual a justifica?
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@livrosdeanna 20/01/2021

Resenha
Gente como a pandemia de corona vírus fiquei curiosa para saber como tinha sido a pandemia da gripe espanhola então li esse livro para entender mais, e fiquei chocada como depois de tanto tempo ainda tem muitas semelhanças entre as duas pandemias.
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?Durante toda a história da humanidade desde que se tem registro ocorreram pandemias periódicas de gripe a cada século. Pela natureza do vírus as pandemias são inevitáveis. Sempre que um vírus aviário infecta suínos ao mesmo tempo que infecta os humanos pode aconteceriam recombinação é um vírus novo transmissível aos humanos pode surgir.?
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Estima-se que tenham morrido 100 milhões de pessoas de gripe espanhola que ficou conhecida assim pois apenas os jornais da Espanha publicavam informações sobre a disseminação e detalhes da doença.
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A gripe causava uma pneumonia fulminante e edemas nos pulmões numa progressão muito rápida que deixava os pulmões inundados de sangue fazendo a pessoa morrer entre 24 e 48 horas.
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Em Nova York tossir ou espirrar sem cobrir o rosto gerava multa de até 500 dólares, e sim assim como hoje foi recomendando o uso de máscaras.
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O quinino usado para tratar a malária componente da famosa cloroquina hoje em dia também foi usado naquela época apenas porque os médicos e as pessoas estavam desesperados, já que o medicamento era usado para Malária.
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O impacto da pandemia de gripe espanhola de 1918 no mundo atual representaria hoje 73 milhões de mortos. Expectativas mais altas entre 175 e 350 milhões.
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O livro mostra como a sociedade americana lidou com essa pandemia e como os cientistas e as pessoas mais poderosas lideravam essa guerra.
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Houveram pandemias nos anos de 1889, 1918, 1957, 1968, 2009 e 2020.
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?Na época a China colocou o mundo inteiro em risco pois o governo mentiu e escondeu a doença das autoridades mundiais. A transparência do governo Chinês melhorou mas o país ainda não é completamente confiável. ?
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?Uma lição de 1918 que é simples e ao mesmo tempo difícil de executar é que as autoridades devem diminuir as chances que o pânico aliene a todos. A sociedade não pode funcionar cada um cuidando de si. Por definição nenhuma civilização funciona assim.?
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Amanda 16/03/2021

Não é apenas gripe...
Comecei a ler este livro com a intenção de conhecer a Gripe Espanhola, mas não imaginava que iria ser presenteada com uma contextualização brilhante. Como mencionei no título, não é apenas sobre gripe. O autor teve o cuidado de pesquisar todo o momento histórico antes e depois da gripe e o quão esses fatores influenciaram na pandemia. A construção da Saúde Pública, a evolução da medicina, a guerra, as politicas internas, os grandes pesquisadores, enfim, uma infinidade de características que John M. Barry passou 7 anos anos compilando informações essências para o entendimento da mais mortal pandemia. E logicamente é impossível não comparar com os momentos que vivenciamos agora (se você está lendo isso no futuro, estávamos no meio de uma pandemia de Covid), as análises feitas sobre as possibilidade de futuras pandemias são muito precisas. A escrita do autor é de fácil entendimento, apesar que em alguns momentos são mencionado termos técnicos, mas quem é familiarizado não irá estranhar. Os capítulos sempre terminam com uma "gancho", algo perfeito para estimular a leitura, pois o livro é bem extenso. Recomendo este livro para quem tem interesse na temática, mas leia com calma afim de absorver tudo que essa obra oferece. Boa leitura 📖☺
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Octávio 05/08/2021

A Grande Gripe
O que uma pandemia pode causar no mundo atual? Pergunta muito simples de ser respondida hoje, já esse livro finalizado em 2004 não foi escrito em uma época que esse questionamento era tão banal. Trás boas respostas e muitas coincidência com os erros cometidos na atual pandemia. Vale muito a leitura!
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Ronaldo 21/04/2021

Leitura Obrigatória!
Leitura obrigatória para entendermos um pouco da época que vivemos (pandemia). Começa meio truncado, mas depois de uns 15% da leitura, não dá mais para parar.
Amanda 09/08/2021minha estante
Comecei a ler esse livro pq eu vi no seu Skoob e agradeço muito por isso, pois defitivamente foi a melhor leitura que fiz esse ano :)




Schrodingers 24/07/2021

Um dos melhores livros que já li na vida (talvez o melhor).
A Grande Gripe é uma leitura extremamente importante e necessária. Não se trata apenas da gripe espanhola: comunicação, transparência dos governos, importância da pesquisa científica (entre outros pontos) são tópicos mais do que interligados em um cenário como o de 1918 (e apresentados de forma incrível nesse livro). Mostrando como a persistência e a união das grandes mentes científicas daquela época foi importante no combate ao vírus que interrompeu milhões de histórias antes do tempo, esse livro certamente é uma obra essencial para o entendimento de situações atuais (a própria pandemia da COVID-19, por exemplo). Recomendo à todo mundo que se interessa por biologia, fatos históricos e afins.

"Um líder deve tornar real qualquer terror. Só assim as pessoas serão capazes de enfrentá-lo." - John M. Barry.
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Mayssa 23/09/2020

Muito bom!
O autor fez uma busca profunda para escrever esse livro e é uma ótima leitura para esses tempos de pandemia. É muito triste sabermos que passados mais de 100 anos, o mundo ainda continua cometendo os mesmos erros. Preciso dizer que em determinados momentos do livro não sabia se estávamos falando de 1918 ou de 2020: comunidade científica sendo ignorada, políticos diminuindo a verdadeira dimensão da gripe (um político mencionado no livro chegou a falar que "é só uma gripe"), remédios "milagrosos" sendo vendidos. O povo que não conhece a sua própria história, fica fadado a repeti-lá.

Não dei 5 estrelas porque o autor acaba detalhando de forma excessiva e em fatos que acabam se distanciando muito da história da gripe, e também porque ele só retrata da gripe nos EUA, faltou uma visão mundial de todo esse cenário.
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