Resenhas - Destrinchando

Monica511 26/03/2024

Me ganhou na receita
O livro não me chamou atenção, nem pelo nome, nem pela capa, nem nada. Mas estava na casa de uma amiga e quis passar o tempo, resolvo abri-lo e li a primeira página. Dei de cara com uma receita inusitada que a autora fazia para o comemorar o dia dos namorados (sem spoiler), e isso me chamou a atenção. Fiquei muito curiosa com o que viria pela frente.

Receitas, uma mente sexualizada em momentos inusitados, uma traição consentida (ok, o spoiler veio), a busca de uma profissão nada comum para uma mulher (açougueira), me prenderam muito!

E depois descobri que era continuação de um outro livro (Julie e Julia), e que é baseado numa história real. Tudo isso elevou o teor da leitura!

jessicapdss 22/03/2022

Razoável
Julie Powell pensou que aprender a cozinhar por meio do livro de Julia Child fosse a coisa mais maluca que faria na vida ? até embarcar na odisseia relatada em Destrinchando. Com o casamento ameaçado por um insano e irresistível caso amoroso. Julie decide deixar a cidade e mergulhar em uma nova obsessão: o corte de carnes. Seu destino é a Fleischer uma famosa loja do ramo onde ela se isola em um novo mundo aprendendo tudo o que é possível sobre diferentes carnes e como destrinchar os pequenos animais que figuram em suas receitas. Um trabalho duro que em muitos momentos a mantém distraída das escapadas vespertinas. A camaradagem da Fleischer a leva a explorar açougues em outros países ? da América do Sul a Europa e a África. Nessa jornada pelo mundo ela aprende uma nova arte e quem sabe a destrinchar os conflitos do seu coração rebelde.

Viviane.Lopes.Costa 13/06/2020

Me lembro exatamente de como fiquei empolgada com o filme Julie &Julia. Corri para a biblioteca e devorei o livro em pouco tempo. Não era nenhuma grande obra da literatura internacional, mas era divertido ler sobre os percalços da autora tentando preparar os pratos mais absurdos do livro de receitas de Júlia Child... e foi exatamente por isso que não sosseguei enquanto não comprei o outro livro da autora, ?Destrinchando?. E aí comecei os meus próprios percalços... várias e várias páginas falando de como se corta e destrincha bois e porcos e quantos minutos e segundos ela leva para tal feito, intercaladas por uma choradeira infinita sobre um pé na bunda que ela levou de um amante. Esse livro é um exemplo de degradação de uma autora que é capaz de qualquer coisa pra não deixar que seus 15 minutos de fama acabem. Não entendi pq ela achou que as pessoas iriam querer saber como se mata um porco, não entendi pq ela achou q o leitor estaria interessado nos seus casos extra-conjugais, definitivamente não entendi sua obsessão com Buffy, a caça Vampiros e principalmente não entendi como o marido dela concordou com a publicação desse livro...
Enfim, após 400 páginas e 1568 dias me livrei do que com certeza posso dizer, o maior desperdício de tempo da minha vida de leitora!

Instagram: @bibliotecadepemberley

Marcela.Hideu 01/12/2019

Visceral
Cara, não existem palavras que descreva o quanto esse livro é péssimo, nunca tinha lido algo assim na mina vida, a Julie tem sérios problemas psicológicos, beira uma sociopatia, ela não tem coerência no que escreve, não consigo nem acreditar que ela é uma escritora mesmo. Várias partes do livro eu me questionei se ela tinha um coração ali, conseguiu ser pior do que Julie e Julia, que também é bem fraco, destrinchado é um livro visceral no pior sentindo possível, juro que se eu fosse o Éric iria querer ficar bem longe dela.

Vica 20/03/2011

Pornografia no pior sentido
Diz o dicionário: Pornografia - (dentre outros significados) Descrição ou representação de coisas consideradas obscenas, geralmente de caráter sexual / Ação ou representação que ataca ou fere o pudor, a moral ou os considerados bons costumes.

Julie Powell faz pornografia da própria vida em seu segundo livro.
Motivada pelo ótimo Julie & Julia, esperei ansiosa por uma promoção para comprar o segundo livro da autora. Encontrei-o por R$10 na FNAC e não pensei duas vezes em levá-lo para casa.
Escrito nos mesmos termos confessionais do primeiro livro, Destrinchando é uma história um tanto chocante.
Narra o que aconteceu à autora após o estrondoso sucesso de Julie & Julia: o vazio após a fama súbita, o caso extraconjugal, a fuga dos problemas com o trabalho de aprendiz de açougueira, viagens internacionais para não ter de lidar com o casamento em crise...
Podia ser um bom livro. Não é.
É exposição demais, "too much information" como dizem os americanos.
Talvez não seja esse exatamente o problema, Prozac Nation, um ótimo livro de Elizabeth Wurtzel, também tem "too much information", mas de uma maneira que faz o leitor identificar-se de certa forma (ao menos eu me identifiquei com Elizabeth). Também havia identificado-me com Julie quando li Julie & Julia.
Mas Destrinchando é uma história repleta de bizarrices, e eu terminei de ler mais por curiosidade mórbida do que por qualquer outro motivo. Senti nojo de diversas atitudes de Julie, e concluí que ela é uma espécie de sociopata. Só isso explica o comportamento dessa pessoa com relação à própria vida.
Não quero contar o que acontece no livro, mas achei realmente chocante a maneira como ela expôs a própria vida e o casamento. Só que ela o fez de maneira desinteressante e irrelevante. A história não toca, não motiva, provoca apenas uma certa repugnância pela maneira como ela conduziu os acontecimentos.
Não que eu seja puritana, não sou. Mas o conteúdo do livro me pareceu mais adequado para ser debatido no consultório de um psiquiatra, e não em papel couchê com letras tamanho 14.
Não recomendo a leitura, achei perda de tempo. Uma decepção porque depois de Julie & Julia eu pensei que Julie Powell seria capaz de escrever algo igualmente divertido e de qualidade.