Inferno

Inferno Dante Alighieri




Resenhas - A divina comédia


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Rayssa828 24/05/2023

Não é para qualquer um
A Divina Comédia é um clássico, mas definitivamente não é um livro pra mim. A escrita é extremamente difícil, com toda certeza o mais difícil que já li em minha vida.
A história é interessante, a ida dele ao inferno e as pessoas que ele encontra lá, grandes personagens históricos, com mitologias... Um livro de 1300, mas realmente, não rolou comigo.
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marygoore 14/05/2023

Parte I da primeira fanfic da história
Acho massa que em todo o livro a gente vê pelo menos 1% da visão de mundo do autor.
O Dante não só colocou TODA a visão de mundo dele como se colocou como personagem principal dessa presepada toda.
Tem muita coisa bíblica, história de Florença, as vivências dele (vou entrar no mérito da Beatrice quando ei chegar na parte do Paraíso).
Enfim, a Divina Comédia é realmente uma história que influencia artistas contemporâneos e com certeza futuros.
luisa619 14/05/2023minha estante
eu comecei a ler ha pouquíssimo tempo e to amando de mais esse livro




JAlia 12/05/2023

Muito difícil se entender, mas quando entende é bom
Até q é legal, porém achei muito difícil de entender, ele descreve mt bem tudo q acontece e tem varias referências
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Fabricio.Scolari 09/04/2023

Pontos vistos
Texto difícil, porém extremamente criativo.

É impressionante como Dante faz a junção de elementos da mitólogia grega e o cristianismo, dando assim uma categorizaçãp de inferno ?única?

Me parece um diário descritivo de Dante com suas observações e descrições sobre os locais e pessoas com quem interage.
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Michelle 07/04/2023

Inferno
Inferno é a primeira parte de 3 da obra genial de Dante Alighieri, de uma complexidade e inteligência incríveis, é escrita em versos e muito propício é conhecermos sobre o autor antes, sobre vida, obra e tudo mais que encontrarmos pois tudo se misturam ao longo da Divina Comédia, que também encontramos diversos meios de estudo para nossa compreensão (vídeos, podcasts, matérias, biografias e imagens sobre cada livro, etc).
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Uma Vida em Cada Livro 03/04/2023

Obra realmente prima
Realmente é um livro excelente e recomendo muito a leitura.
Depois da leitura é possível notar a grandiosidade de Dante Alighieri.
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Soso 31/03/2023

Não tenho muito o que dizer. A Divina Comédia, ou no caso o Inferno de Dante é um clássico por um motivo.
Dante nos leva por uma viagem pelos 9 círculos do inferno, construindo conceitos e opiniões a cada um.
É sem dúvidas uma leitura muito interessante, apesar de bem complexa e densa.
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liviakarla_07 30/03/2023

Tem que ter paciência
O livro é bom, muito interessante a forma como Dante descreve e classifica o inferno. Ele categoriza em vários círculos, e de acordo com o pecado da pessoa ela tem o castigo que merece.

Vale muito a pena, muito mesmo. Mas tem que ter muita paciência, pois é uma poesia, não adianta ter pressa pra ler tudo de uma vez... Tem de ser lido com pausas, e admirando mesmo a beleza que é esse livro.

Irei dar três estrelas só pelo fato da tradução ser muito ruim, e as notas de rodapé bem fracas.
Fora isso, o livro é incrível!
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Alessa_08 29/03/2023

O suficiente
É bom, entretanto, é muito "8 ou 80". Inferno foi uma leitura bastante arrastada e cansativa, eu li porque eu precisava ler e não porque eu queria ler. Talvez eu leia novamente daqui a uns meses e com isso mude a minha percepção e eu altere a resenha.

É um livro bem rico e instigante, mas não rolou para mim. Eu reconheço a importância e a grandiosidade dessa obra, porém eu realmente não consegui ter aquele prazer, curiosidade ou até mesma um anseio exacerbado para dar continuidade a leitura. Acredito que preciso ler novamente, mas não agora, talvez em um futuro próximo (ou distante).
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Jv02 28/03/2023

Que livro LINDO!
Fiquei encantado com a história, com a escrita e as rimas ricas com cada parágrafo uma leitura incrível e a forma como ele foi ousado ao botar até mesmo Padres no inferno.
Claro que não é tão simples entender tudo que foi escrito mas me encantou da mesma forma.
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Sr. Campelo 26/03/2023

Decididamente não é meu estilo de leitura. Sofri bastante para concluir.

Não que seja um livro ruim, o enredo é fantástico. Amei as aventuras de Dante pelo inferno. Os encontros com várias personalidades que fizeram parte da história da humanidade até aquele momento em que se passa a narrativa.

No entanto, a linguagem utilizada (bem bonita, é verdade) é muito rebuscada e de difícil entendimento. Tornando-se uma leitura pesada e arrastada.

Mas não sou nenhum especialista, não tenho como avaliar o quão boa é esta aclamada obra. Mas avaliando minha experiência de leitura, chego a conclusão de que foi uma leitura cansativa, e não fui cativado.
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Italo 22/03/2023

Simplesmente incrivel.
Eu quero poupar palavras para falar sobre essa obra pq ela ta longe de ter terminado. eu so to esperando terminar memórias postumas para ler. todavia é, de longe, um dos melhores livros que eu li ate o momento.
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Kamile.domingos 21/03/2023

Precisei de um dicionário pra ler???
Recomendo você ler com um dicionário ao seu lado.

Essa edição de A Divina Comédia é uma coleção de 3 livros separados por: Inferno, Purgatório e Paraíso.
Inferno sempre foi meu favorito entre os 3 poemas de Dante.
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Mar_cardias 19/03/2023

Achei bom
Achei o livro bem bom mesmo não fazendo muito meu estilo de leitura mas foi bem fluida apesar de arrastada em alguns pontos e a escrita um pouquinho difícil mas gostei
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Quincas Borba 19/03/2023

Resumo do Inferno de Dante
Antes de tudo:
A Divina Comédia é um poema épico GIGANTE. Então, é dividida em três partes: inferno, purgatório e paraíso. É uma grande alegoria de um homem tomado pela obscuridade e retornando a Deus. Não só isso, como também tem vários símbolos e analogias políticas, sociais e históricas. Aqui vou fazer o resumo do primeiro livro, Inferno, e posteriormente dos outros dois.
Alguns pontos importantes: embora seja uma história fictícia, Dante coloca pessoas da vida real sofrendo no inferno e usa várias partes para criticar o seus inimigos, ou até mesmo de uma maneira narcisista para que ele pareça uma pessoa boa (que eu vou apontar no decorrer).
Agora, um contexto histórico muito importante que envolve toda a Divina Comédia: Florença. Florença era uma cidade estado independente na Itália. Na época de 1200-1300, era uma cidade dividida entre apoiadores do imperador do Sacro Império Romano e do papa, tendo suas facções: os guibelinos e os guelfos, respectivamente. Cerca de 1296, os guelfos expulsaram definitivamente os guibelinos da cidade (o próprio Dante lutou numa batalha). Então, os guelfos tomaram o poder e se dividiram entre os pretos (que defendiam a expansão do poder papal) e os brancos (que queriam a redução da influência do papa). Dante acabou se aliando aos brancos.
Em 1300, os guelfos pretos tomaram o poder e fizeram um expurgo dos brancos, incluindo Dante que teve sua fortuna confiscada e foi exilado da cidade (o exílio pode ser o tema central de toda a obra), sem poder ver seus filhos (ele não ligava muito pra mulher dele, pois toda sua vida esteve apaixonado por Beatriz Portinari, uma mulher que ele viu duas vezes na vida). Então, fora de Florença, Dante depositou todas as suas frustrações com a sociedade italiana em sua obra.
Agora que eu dei o contexto necessário, comecemos.

Canto I
? Dante, o personagem que representa também o escritor, está perdido em uma floresta negra (representando a falta de Deus). Ele não lembra o caminho. Três animais acabam aparecendo: uma pantera (representando a fraude e a luxúria), um leão (símbolo da soberba e violência) e uma loba (avareza e incontinência). Apavorado, Dante é salvo pelo poeta romano Virgílio, que veio a mando de Beatriz (a mulher que Dante ama) para o guiar numa jornada. Depois de puxar o saco de Virgílio, ele e Dante caminham para ir até os portões do inferno.

Canto II
? No entanto, Dante, sendo um cagão, diz que ele não deve ir, já que ele não tem "a mesma dignidade de São Paulo ou a bravura de Enéias" (da Enéida, que desceu ao inferno). Virgílio dá uma bronca nele e diz que é pelo bem dele; sendo apaixonado por Beatriz, Dante consente. Ele e Virgílio caminham e chegam aos portões do inferno.

Canto III
? Ao chegarem aos portões, Dante lê as palavras inscritas:

"Por mim se vai das dores à morada
por mim se vai ao padecer eterno
por mim se vai à gente condenada.

Moveu justiça o Autor meu sempiterno,
formado fui por divinal possança,
sabedoria suma e amor supremo.

No existir, ser nenhum a mim se avança,
não sendo eterno, e eu eternal perduro: deixai, ó vós que entrais, toda a esperança!"

Finalmente entrando no inferno, já vêem os primeiros condenados. São aqueles que não foram nem fiéis a Deus, mas não fizeram nenhum mal e nenhum bem. Ou seja, desocupados e pessoas que não fizeram nada na vida, além dos anjos que ficaram neutros na guerra que Lúcifer lançou contra Deus. Esses seres são obrigados a correrem atrás de uma bandeira branca, enquanto tem seus pés machucados e são picados por insetos, sendo um castigo eterno e sem significado, assim como suas vidas foram. O Caronte, o barqueiro que leva as almas para o inferno na mitologia grega, aparece e leva outras almas, Dante e Virgílio para o outro lado. Dante, assustado e sentindo um clima pesado das almas companheiras, desmaia, mas atravessa o rio.

Canto IV
? Dante acorda. Virgílio começa a caminhar para o primeiro círculo, e Dante percebe um pavor na cara dele. Lá, eles são recepcionados por poetas famosos (os ídolos de Dante): Homero (autor da Ilíada e Odisséia), Ovídio, Lucano e Horácio, que acompanham os dois pelo círculo. O primeiro círculo tem o nome de limbo, e aqui ficam as pessoas que, embora tenham sido nobres e boas (na visão de Dante), morreram em uma época onde Jesus não existia e não tinha a prática da batização. Assim, diversas figuras históricas estão aqui. Depois, eles continuam caminhando até chegar a um lugar onde a luz para de brilhar.
? As figuras históricas e/ou mitológicas que moram no limbo são:
Os poetas já mencionados (incluindo Virgílio);
Eletra (mãe do fundador de Troia);
Eneias (personagem da mitologia grega e que seria ancestral de Rômulo e Remo, sendo retratado na Eneida de Virgílio);
Heitor (filho do último rei de Troia);
Pentesileia (rainha das amazonas na mitologia grega);
Júlio César (ditador de Roma);
Camila (filha do rei dos Latinos);
Metabo (rei dos latinos);
Lavinia (filha de Metabo, casada com Eneias);
Márcia (esposa de Catão, o jovem);
Lucrécia (figura romana que foi violada pelo herdeiro do último rei de Roma, o que levou a queda da monarquia);
Cornélia (mãe dos irmãos Graco, Tibério e Gaio);
Júlia (filha de César);
A trindade filosófica (Sócrates, Aristóteles e Platão);
Os filósofos pré-socráticos (Demócrito, Tales de Mileto, Zeno, Heráclito, Anaxágora e Empédocle);
Diógenes;
Dióscoris;
Orfeu (poeta);
Cícero (chamado de "Túlio eloquente");
Lívio;
Euclides;
Hipócrates;
Ptolomeu;
Galeno;
Avicena;
? Essa parte é muito boa porque o Dante escreve ele mesmo como um poeta incrível e maravilhoso e é elogiado pelos poetas:

"Discursando entre si tendo algum tanto,
A mim volveram gracioso o gesto:
Sorriu Virgílio, dessa mostra ao encanto.

Mais foi-me alto conceito manifesto,
Quando acolher-me ao grêmio seu quiseram,
Entre eles me cabendo o lugar sexto."

? Basicamente:
"Nossa Dante, você é um poeta incrível, por que não anda com a gente, ja que você é basicamente um de nós?"

Canto V
? Os dois vão ao segundo círculo, onde ficam aqueles que cometeram o pecado da luxúria. Na entrada, encontram o rei Minos, figura mitológica, que pega sua cauda e enrola sem seu corpo: o tanto de voltas que a cauda der, será o número do círculo onde o espírito irá. Após passarem por ele, os dois encontram uma mulher chamada Francesca de Rimini e seu amante, Paulo Malatesta. Os dois foram mortos pelo irmão de Paulo, que era marido de Francesca, pois se apaixonaram um pelo outro. Os dois lamentam terem sido tão luxuriosos e os poetas partem para o próximo círculo.
? Os personagens e figuras históricas encontrados nesse círculo são:
Semíramis (rainha da Babilônia);
Dido (rainha de Cartago, que tentou seduzir Eneias);
Cleópatra;
Helena de Troia;
Páris;
Tristão (cavalheiro que aparecia em romances medievais);

Canto VI
? O terceiro círculo é reservado para aqueles que cometeram o pecado da gula. Lá, chove muito, com águas muito frias e neves gélidas, e os que estão lá são destroçados pelo Cerbero. O cão até ameaça os poetas, mas Virgílio pega a terra e joga na cara dele, o que faz o animal sair de perto. Eles encontram um cara chamado Ciacco, que era um cara importante de Florença, que fala sobre a divisão ocorrida na cidade.

Canto VII
? No quarto círculo, estão os avarentos, que são forçados a carregar sacos pesados de dinheiro um contra o outro, por toda a eternidade. No mesmo canto, os poetas chegam ao quinto círculo, que é um lago estígio, muito bravo. Aqui estão os que cometeram o pecado da ira.

Canto VIII
? Um cara chamado Flégias atravessa os dois poetas pelo lago (que na verdade é o rio Styx). Um cara que confiscou a propriedade de Dante, quando este foi exilado de Florença, aparece entre a multidão de almas no rio e incomoda Dante. Eles então chegam a cidade de Diti; Virgílio pode entrar, mas Dante, por estar vivo, é considerado impuro pelos demônios guardiões. Dante teme que Virgílio o abandone, mas o último diz que os dois irão dar um jeito.

Canto IX
? Uma entidade chamada "as três fúrias" aparecem para impedir que os dois passem. Logo depois, Medusa também vem. Um anjo vem do céu e espanta os demônios, permitindo que os dois entrem na cidade. Virgílio fala sobre como já havia ido no inferno antes com uma bruxa, e teve que tirar uma alma que havia caído no último círculo. No sexto círculo, ficam os hereges.

Canto X
? Ainda no sexto círculo, os punidos são condenados a ficar em uma sepultura que pega fogo eternamente. Dante encontra um inimigo seu, Farinata Degli Uberti. Os dois discutem, com Dante falando as coisas ruins que Farinata fez e ele defendendo dizendo que tinha motivos. Outra figura é Cavalcante di Cavalcanti, que é pai de Guido, poeta e amigo de Dante, que pergunta se seu filho ainda está vivo. Dante diz que sim. Os poetas partem para o sétimo círculo.

Canto XI
? Antes de entrarem, Virgílio explica a Dante que os próximos três círculos tem divisões entre si em diversos compartimentos. Dante questiona o porquê da ordem dos círculos, e Virgílio responde que é a ordem de Deus e que tanto o purgatório tanto o paraíso estão arranjados no mesmo número.

Canto XII
? Para entrar, os poetas precisam passar pelo Minotauro, que Virgílio espanta facilmente. Eles então entram no sétimo círculo, que é o da violência, dividido em três compartimentos. O primeiro, no qual os poetas estão, pune os que causaram violência aos outros. Essas pessoas ficam para sempre se afogando em um rio de sangue. Centauros guardam o local e atiram flechas naqueles que tentam sair do rio. Ao se aproximarem, os poetas são hostilizados pelos centauros, mas Virgílio fala que tá tudo bem e que eles podem passar, conseguindo que alguns centauros levem os dois na garupa.
? O centauro Nesso lista alguns dos punidos nesse compartimento:
Alexandre, o Grande (rei da Macedônia);
Dionísio (tirano de Siracusa);
Azzelino III (rei de Marca Trevisana);
Obizzio d'Este (tirano de Ferrara);
Guido de Monfort (matou o irmão de Eduardo I, rei da Inglaterra);
Átila (rei dos Hunos);
Pirro (não o rei de Epiro, mas o filho de Aquiles);

Canto XIII
? Os dois partem ao segundo compartimento. Lá, estão os que cometeram violência contra si mesmos. Os poetas se encontram cercados numa floresta escura, com hárpias de grandes asas e cabeças humanas pousadas nas árvores. Dante ouve gemidos, mas não encontra ninguém perto. Virgílio então, diz para Dante quebrar o galho de uma árvore. Ao fazer isso, a árvore desperta e geme de dor. Neste círculo, os suicidas viram árvores e arbustos, forçados a falar quando são machucados. Virgílio explica que os gemidos que Dante havia ouvido eram árvores que estavam tendo suas folhas arrancadas pelas hárpias. Outros, os libertinos (que são aqueles que se machucaram em busca de um objetivo ou prazer imoral) são perseguidos por cães raivosos. Dois desses pulam em um arbusto para se esconderem, mas são despedaçados. O arbusto chora e lamenta a dor. O arbusto havia nascido em Florença e se enforcou na sua casa.
? Quando Dante quebra o galho, sangue preto sai e o galho some de sua mão.
? As figuras que estão nesse compartimento são:
Pedro des Vignes (secretário de Frederico II. Acusado de traição, se matou);
Os libertinos perseguidos pelos cachorros, Giacomo di S. Andrea e Lano de Siena;

Canto XIV
? Os poetas entram no compartimento das pessoas que cometeram violência contra Deus, seja em formas de blasfêmia e etc, condenadas a enfrentar uma areia quente e uma chuva de fogo. Acabam encontrando Calpérnio, que desafia Deus. Os dois seguem normalmente.

Canto XV
? Ainda nesse compartimento, encontram Brunetto Latini, um dos violentos da natureza e antigo mestre de Dante. Os dois conversam sobre Florença e Brunetto da sinais de um futuro terrível a Dante.

Canto XVI
? Aqui, os poetas encontram os sodomitas (em outras palavras, gays). Três deles, compatriotas de Dante, vão até ele e formam um círculo, falando sobre a decadência política e moral de Florença, enquanto Dante dá uma resposta qualquer e os três vão embora. Virgílio avista algo no céu, uma criatura misteriosa.

Canto XVII
? Enquanto Virgílio conversa com Gerion, a criatura, Dante fala com os violentos contra a arte (que acontecem de ser seus compatriotas de Florença). Os poetas são levados ao oitavo círculo pela criatura.

Canto XVIII
? Os poetas chegam ao oitavo círculo, onde existem dez compartimentos. O círculo, ao todo, chamado de Malebolge, pune os que cometeram o pecado da malícia e da fraude. Nesse canto, os poetas passam pelos dois primeiros compartimentos: no primeiro, estão os alcoviteiros (que "fraudaram" o amor, ou seja, mentiram para seus parceiros por benefício próprio). Cá está um florentino, Venedico Caccianemico, que fez sua irmã casar-se com uma marquês chamado Obizzo d'Este (mencionado no canto XII) para ganhar riquezas. Depois, Dante encontra Jasão, dos Argonautas, que namorou e engravidou um mulher para conseguir seu objetivo na sua história. Esses pecadores são condenados a serem chicoteados por demônios. No segundo compartimento, os pecadores cometeram quase o mesmo crime do que aqueles que estão no primeiro, mas lá só estão os que enganaram mulheres e aqui, todos. Por terem falado "merda" pros seus amantes, essas pessoas ficam num rio cheio de cocô. Entre essas pessoas, estão Patrício de Luca e Taís, uma mulher de uma peça que Dante gostava.
? Nesse capítulo (ou o anterior, não lembro), Dante comenta ver uma espécie de funil chegando a um poço, que é como os círculos do inferno são colocados, círculos menores e menores, afunilando-se.

Canto XIX
? No terceiro compartimento, estão aqueles que cometeram simonia. Esses pecadores são punidos tendo que enfiarem seus corpos na parede ou a cabeça no chão. Um que está com a cabeça no chão é o papa Nicolau III que, ao ouvir os passos dos poetas, julga que é o papa Bonifácio VIII, que teria que o substituir naquele lugar. Dante diz que ele não é quem o papa está esperando, fazendo Nicolau falar que está sofrendo muito. Dante, emputecido, dá um discurso sobre como a igreja decaiu muito, simonia é errado e bla bla bla. Ele conclui saindo e dizendo que Virgílio devia estar orgulhoso dele (claro, Dante, é sua fanfic, faça o que quiser!).

Canto XX
? No quarto compartimento, estão os que cometeram "crimes contra a arte divina"; em outras palavras: adivinhos e astrólogos, pois estariam falando mentiras e não realmente prever o futuro. Ou seja, você que acredita em signo vai pro inferno no oitavo círculo, seu desgraçado/a. Enfim, a punição é andar com a cabeça para trás.
? Sabendo do inferno de Dante, essa é uma das punições menos cruéis e gráficas, e é incrível que esteja no oitavo círculo, mas seguimos.

Canto XXI
? No quinto compartimento, estão os pecadores que venderam seu cargo público ou aceitaram suborno. Essas pessoas ficam submersas em um rio de piche fervente. Os demônios, Malebranche, começam a atormentar os poetas, fazendo Virgílio pedir para que eles parem. Malebranche, em italiano, signfica "garras do mal". Essa espécie de demônio, da mesma cor do piche, gosta de puxar pecadores do rio e os derrubar de volta.

Canto XXII
? Os Malebranche (alguns tem nome) acompanham os poetas ao redor do rio de piche. Uma alma surge, Ciampo de Navarra, que ajudava o rei Tebaldo II com subornos e práticas ilícitas. Os demônios, para se divertirem, pegam mais uma alma do rio e o despedaçam pouco a pouco. A alma era Frei Gomita, vigário de um senhor de terras que o traiu e deixou seus inimigos escaparem por dinheiro. Ciampo consegue escapar das garras dos demônios; um deles tenta o pegar de volta, apesar do aviso dos companheiros, e acaba ficando preso no piche, assim o bando briga.
? Os Malebranche são introduzidos nesses cantos para fazer humor satírico e negro. Os nomes são: Alichino, Barbariccia, Cagnazzo, Calcabrina, Ciriatto, Draghignazzo, Farfarello, Graffiacane, Libicocco, Malacoda (líder), Rubicante e Scarmiglione.

Canto XXIII
? Após serem perseguidos pelos demônios, os poetas chegam ao sexto compartimento. Aqui estão os hipócritas, que são condenados a carregar uma capa de chumbo folheada a ouro (menos uma pessoa que eu vou falar daqui a pouco). Lá, Dante fala com compatriotas, Loderigo e Catalano, dois frades que governaram Florença depois da guerra de 1266. Bem, todos andam com a capa de chumbo menos um: Caifás, um sacerdote de Isarel que aconselhou que Jesus fosse morto e crucificado e, por punição, está crucificado com a cruz deitada no chão enquanto os outros hipócritas pisam em cima dele. Os frades hipócritas mostram aos poetas como ir para o sétimo compartimento.

Canto XXIV
? O canto começa com Dante cagado de medo, pois ele tem que subir uma pedra íngreme para chegar ao outro lado, e Virgílio dá uma fala motivacional para eles conseguirem passar. O sétimo compartimento é o local dos ladrões. Ao chegar lá, eles notam buracos cheios de serpentes e pecadores. Uma serpente morde um pecador que, ao sofrer, chora e vira cinzas, até renascer novamente. Um desses pecadores é Vanni Fucci, um cara de Florença que fez bosta ou algo assim, só saiba que quando aparecer um florentino na história, é alguém da vida real que prejudicou o Dante; enfim, ele fala que o partido Branco irá cair e o partido preto irá voltar ao poder em Florença.

Canto XXV
? Ainda no sétimo compartimento, continua a tradição de Dante de colocar seus inimigos políticos no inferno, com três servidores públicos corruptos de Florença nos mostrando o que mais as serpentes podem fazer. Um deles é mordido e os dois se fundem no mesmo corpo (o homem e a serpente), enquanto o outro é mordido e vira uma, com Dante descrevendo todo o processo de transformação. Nada acontece com o terceiro. Assim, Virgílio e Dante seguem para o oitavo compartimento.

Canto XXVI
? No oitavo compartimento, são punidos os maus conselheiros. Estes são condenados a ficar queimando em uma bolha de fogo por toda a eternidade. Virgílio avista Diômedes (personagem da mitologia grega) e Ulisses (também da mitologia grega, nome original sendo Odisseu, protagonista da Odisséia de Homero), que estão sendo punidos por toda sua façanha na guerra de Troia e por terem destruído a cidade. A pedido de Dante, Virgílio pede para que Ulisses conte a viagem que fez pelo mediterrâneo, e ele fala.

Canto XXVII
? Ainda no mesmo lugar, uma alma chamada Guido de Montefeltro, vendo que Dante é vivo, pergunta se a sua terra natal, a Romanha, está bem. Dante diz que está separada por guerras para sempre. Guido fala que deu maus conselhos ao papa Bonifácio VIII, causando sua queda, e fala sobre seus últimos momentos de vida. Ele para e sai, gemendo e sofrendo. Os poetas avançam para o próximo compartimento.

Canto XXVIII
? No nono compartimento, estão os que causaram cismas e escândalos, principalmente civis e religiosos. Todos esses são condenados a terem sua pele dilacerada e os seus órgãos expostos. Um desses é Maomé, fundador do islamismo, que alerta Dante da morte de dois de seus compatriotas, com o último mostrando desprezo. No fim, um homem chamado Bertrand de Born (que semeou intrigas entre o rei Henrique II da Inglaterra e seu filho) mostra a Dante o castigo que está sofrendo.

Canto XXIX
? No décimo e último compartimento do oitavo círculo, são punidos os falsificadores de todos os tipos, que recebem diversas doenças, desde leprosas, que contaminam a pele, até febres muito quentes. Os poetas se encontram com cinco alquimistas que falam sobre como era errado o que eles fizeram e demonstram arrependimento.
? Os alquimistas são: Strica, Nicolo, Salimbene, Caccio de Asciano e Bartolomeu dei Folcacchieri.
? Mesmo não sendo o assunto principal do canto, um diálogo acontece entre Virgílio e Dante no começo; depois de testemunhar os horrores do nono compartimento, Dante pergunta a Virgílio se as punições são realmentes apropriadas. Virgílio repreende Dante com o mesmo papo de "Deus sabe o que faz" e o assunto encerra.

Canto XXX
? Ainda no último compartimento, mais pecadores se juntam ao bando de leprosos. Dois desses, Adam e Anon, discutem entre si. Dante observa a discussão, mas Virgílio o repreende, pois quase esbarrava nele. Os dois seguem ao nono e último círculo.
? Estão presentes: Gianni Schicchi (fingiu-se de doente para ganhar dinheiro), Adam (falsificava moedas na Brescia) e Sinon de Troia, que enganou os troianos, fazendo-os aceitar o cavalo de madeira.

Canto XXXI
? Perto da entrada do nono círculo, Dante avista imensas torres e fala a Virgílio, que revela que as torres são gigantes. Dante avista um gigante de cem braços, esse sendo Anteu, que lutou contra Hércules. Virgílio pede carona para o gigante, que os coloca na palma da mão e os carrega ao último círculo.
? Os gigantes são: Nemrod, Efialto, Tifo e Ticio. Todos, com exceção de Nemrod (que edificou a torre de babel), são da mitologia grega.

Canto XXXII
? Finalmente, no último círculo, os poetas começam a caminhar. Esse lugar é composto pela escória da raça humana: os traidores. O círculo é dividido em quatro compartimentos (com nomes): Caina (de Caim, que matou Abel), onde estão os traidores da própria família; Antenora (de Antenor, troiano que ajudou os gregos a conquistarem troia), onde estão os traidores do próprio partido e da pátria; Ptolomeia (de Ptolomeu, que traiu Pompeu), onde estão os traidores dos amigos; e a Judeca (de Judas Iscariotes), onde ficam os traidores dos benfeitores e seus senhores. Todos esses estão afundando no gelo, indo mais fundo conforme o pecado. Dante conversa com alguns dos pecadores que eram de Florença e os repreende. Ele, inclusive, começa a falar que o castigo foi muito bem feito; o contrário do Dante que, antes, chorava pelos danados.
? Vemos aqui:
Irmãos filhos de um nobre que mataram um ao outro;
Mordrec (filho do rei Artur);
Focácia dei Cancellieri (matou familiares do partido oposto);
Mascheroni Sassuol (traiu seu primo, matando-o);
Camiscion e Carlino del Pizzi (irmãos que traíram seus familiares e companheiros para ajudar o inimigo na guerra de 1266);
Bocca degli Abati (traiu os florentinos);
Boso Duera (traiu o rei Manfredo em troca de dinheiro);
Beccaria de Pavia (pontifício que traiu Florença);
Gian del Soldanier (rebelou-se contra Florença em 1266);
Ganellom Gani de Mogunça (traiu Carlos Magno);
Tribaldello (traiu a sua cidade natal, Faenza).

Canto XXXIII
? Ainda caminhando no gelo, Dante ouve a história de conde Ugolino, acusado pelo acerbispo de Pisa de ter traído a cidade. Ele e seus filhos passaram seus últimos dias morrendo de fome em uma torre. Uma segunda alma pede para que Dante limpe o gelo de seus olhos (quando as almas choram, as lágrimas congelam); Dante pergunta quem é, sendo o frade Alberico de Manfredi, que traiu seus dois parentes mandando os criados os matarem. Dante questiona isso, pois se lembra de ter visto o frade vivo antes de vir na jornada; Alberico explica que, quando uma traição dessa magnitude é cometida, um demônio é enviado ao corpo do traidor e fica até seus últimos dias de vida. Dante, após ouvir a história, decide não limpar os gelos dos olhos, pois ele sabe que eles merecem isso, e segue em frente.

Canto XXXIV
? Finalmente, Dante chega ao centro do inferno. Ele começa a ver corpos completamente submersos dentro do gelo e no centro avista Satanás. Dante o descreve como uma criatura enorme, com um corpo peludo e asas gigantes, uma cabeça com três faces, cada qual mastigando um traidor. A do meio tortura Judas Iscariotes, que traiu Jesus, enquanto as dos lados torturam Bruto e Cássio, que traíram Júlio César. Satanás chora copiosamente com seus seis olhos. Virgílio carrega Dante pelas costas do demônio e saem do outro lado, com as penas de Satanás viradas para cima. Eles então deixam a saída do inferno e rumam ao purgatório enquanto as estrelas brilham. E acabou.
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