Joele Santos 20/06/2023
"Eu decido quando você morre."
Simplesmente perfeito , MDS eu amei, o casal e perfeito a tensão sexual a química deles dois perfeito demais o plots twists e de ficar de boca aberta , eu amei esse livro ele e perfeito.??
"Ela abriu os olhos, apenas para ver aquelas mãos, cerrando os punhos contra a parede - punhos cerrados que fizeram seus braços tremerem.
"Por quê?"
Uma palavra.
Gutural.
Falado naquela voz baixa. A voz que tremia. Fizeram tantas perguntas nessa única palavra. Ela entendia algumas delas.
Por que ela não o vendeu quando teve a chance? Por que ela ainda não estava fora do sistema dele? Por que esse desejo louco não foi saciado, apesar de seus corpos terem encontrado a conclusão? Por que ela o seguiu? Por quê?
Havia muitas outras perguntas lá, perguntas que ela não entendia, perguntas que ela tinha certeza de que ele nem sabia que ele havia perguntado.
Por quê?
Por que isso estava acontecendo? Por que ela sentiu essa conexão com o único homem de quem deveria fugir? Por que ele a deixou tão viva quando lhe disse que a queria morta? Por que ele não a matou ainda?
Por quê?
Por quê?
Morana olhou para os punhos dele, engolindo a repentina onda de emoções dentro dela e respondeu suavemente, com uma palavra.
"Por quê?"
Silêncio.
Por longos, longos momentos, ela não sentiu nada além da respiração dele nas costas dela, viu nada além das mãos dele ao lado das dela, tão perto, mas tão longe.
E então, de repente, ele puxou a mão e bateu com força na parede acima da mão dela.
"Po*rra!"
Morana ficou totalmente quieta, atordoada com o jeito que ele agiu.
Uma, duas vezes, três vezes.
"Po*rra!"
Uma frustração tão completa sangrava de sua voz. Tanta dor.
Ele continuou xingando até que ela não ouviu nada além de palavrões. Palavras doloridas. Palavras agravadas.
Ele continuou socando a parede até que os nós dos dedos estalaram até a parede amassar e o gesso ficar manchado de vermelho.
E por tudo isso, por toda aquela demonstração de raiva, ele nunca a tocou, nem uma vez.
Apesar de sua resposta ter provocado isso, apesar do desejo dele de matá-la, ela permaneceu intocada.
"Filho da pu*ta!"
E acabou assim como começou.
Antes que ela pudesse piscar, ela estava completamente sozinha, o corpo dele passou por trás dela, as mãos dele ao lado dela.
Morana ficou lá, respirando com dificuldade, apenas observando o lugar onde suas mãos estiveram.
A parede branca outrora lisa ao lado de suas mãos estava rachada, fissuras aparecendo em pequenos sulcos, o espaço branco limpo pintado de vermelho.
Ela engoliu em seco, com os olhos presos em uma gota de sangue escorregando pela parede, deixando uma marca na cicatriz atrás dela, estragando o branco imaculado.
Uma gota de sangue escorrendo.
Ele estava sangrando."