Resenhas - Frankenstein

catalleeena 12/04/2024

Simplesmente um cadáver vivo
Acabei essa leitura devastadíssima, triste, xoxa, capenga e anêmica.

Victor Frankenstein é um homem que cresceu em uma família de classe alta, sempre teve tudo do bom e do melhor e um dia tem sua vida destruída. Culpa do medo de encarar seu próprio destino na figura de algo criado por si mesmo.
Em minha opinião, criatura é um ícone incompreendido! Tudo o que ele queria era ser amado e mesmo assim foi abandonado pelo seu próprio criador. Com isso, concluí-se que o ser humano faz do monstro um monstro.
Em contrapartida, a reação do Victor é compreensível, principalmente quando a criatura foi descrita, até porque, imagine só um cadáver vivo. - Assunto a parte: fico muito angustiada de não achar nem uma representação fiel à descrição da criatura. Deu vontade de eu mesma fazer uma. - E loucura pensar que isso surgiu de um sonho da própria autora, ela conseguiu transmitir muito bem seus próprios sentimentos, fazendo o leitor ficar angustiado.


Ao longo da leitura, identifiquei uma abordagem conservadora por parte da autora (justificável pela época), o que acabou interferindo no conceito de ciência colocado em segundo plano. Sinceramente, não achei isso ruim, já que é uma ótima obra para ser usada como objeto de estudo de variadas questões da época. De qualquer forma, obrigada Mary Shelley por inaugurar a ficção científica, um gênero literário tão complexo e rico de histórias.



OBS.: Esse é o protagonista mais chato que eu já vi na vida, odiei ele e sua família. Todo mundo muito chato e esquisito, por isso fiquei muito feliz em ver essa galera morrendo. Não era nem pra terem nascido.

Eduarda2316 12/04/2024

Um clássico!
Frankenstein e criatura. Um egoísta, outro querendo ser amado. Um fugitivo, outro querendo ser encontrado.
História muito diferente do estereótipo que existe em torno de Frankenstein.
Vale muito a pena a leitura, nos prende quando a história realmente começa.
E a pergunta que não quer calar: por que e para que Frankenstein criou a criatura? Apenas para dizer que conseguia? Talvez.

Raquel 11/04/2024

Frankenstein
"Se os nossos impulsos se juntassem à fome, à sede e ao desejo, poderíamos ser quase livres, mas agora movidos por todo vento que sopra e por qualquer palavra ou cena casual que essa palavra possa nos transmitir."

É interessante como a história é contada dentro de várias histórias que se entrelaçam. Criatura e criador possuem uma relação complexa que os levará a um destino cruel. Recomendo a leitura.

thaynz_ 11/04/2024

Aí de mim, miserável!
Frankenstein foi muito além do que eu supunha, superou expectativas. Mais do que o horror, propriamente dito, os desdobramentos da trama trouxeram a mim, sentimentos de tristeza, e certa amargura.

Leiam com a mente aberta, pois a história é muito mais do que apenas a imagem do Monstro estereotipado, consagrado dentro da cultura pop. Mary Shelley tinha todo um jeito especial de encaixar as palavras; a narração é simplesmente sensacional, e por vezes, de tirar o fôlego!
Ao fim da leitura, preparem-se, virão turbilhões de reflexões, que poderão ladrilhar pela mente por dias e dias...

É imprescindível que todo leitor que se preze, leia Frankenstein, ele não é tido como clássico à toa, o título foi super merecido.
Aí de mim!, que demorei tanto para lê-lo. Mas como diz o famoso ditado: antes tarde do que nunca!

Fernando Coutinho 09/04/2024

Muito bom
Mais um livro que resistiu ao teste do tempo e conquistou merecidamente o título de ? clássico?. Uma narrativa envolvente que leva o leitor a vivenciar o drama que passa o protagonista Victoa Frankstein.

DaniVetto0 09/04/2024

Ainda marcante, após quase 200 anos do lançamento.
"Eu deveria ser teu Adão, mas sou mesmo é teu anjo caído."

Vale muito a leitura. Não é um clássico que permeia todo o imaginário popular à toa. O monstro que levou o nome de seu criador, o doutor Victor Frankstein, é cheio de camadas e conflitos tal qual o ser humano que ele é pelo intelecto, mas não pela gênese.

GuilhermeFaDeBrasCubas 09/04/2024

A ideia é excelente, mas não passa disso. A escrita é enrolada, o que a torna cansativa, várias páginas onde nada de interessante acontecem, mas o maior pecado dessa obra é não focar na perspectiva do monstro. A parte onde mostra é curta, mas é a melhor parte do livro, focar na perspectiva do doutor é chata, porque ele é um personagem desinteressante, faz pouca coisa no livro todo em comparação as poucas paginas dedicadas ao monstro. Esse livro seria perfeito se a narrativa fosse separada na perspectiva do monstro e do seu criador, mas infelizmente a autora preferiu mostrar um riquinho suíço choramingar as pitangas por algo que ele fez e se arrepende por um medo sem sentido. Ele criou o monstro e no instante que sua criação abre os olhos, ele se assusta e sai correndo, não faz sentido, é como se um padeiro ficasse com medo do pão que acabou de assar. Eu realmente não sei porque a escritora optou focar todo a grande parte do seu livro num personagem sem graça, sendo que ela mesmo criou o Frankenstein, é a ideia é ótima, não é atoa que ele continua relevante mesmo hoje em dia.
Mas no geral, não é uma leitura ruim, mas é nítido que podia ser melhor. As primeiras páginas do cara que quer explorar o polo norte é bem pulavel e praticamente inútil, mas tudo bem.

Manuela222 09/04/2024

Meu Deus, que história triste e horrenda, ao mesmo tempo. É uma história prazerosa para se ler, não me arrependo.

Bruna 08/04/2024

Frankenstein, ou o Prometeu Moderno
Ao me deparar com essa leitura tive uma grande surpresa que a mesma não tem praticamente nada em comum com a história do Frankenstein vista no cinema e enraizada no imaginário popular. Inclusive nem mesmo existe escrita à famosa frase cinematográfica “Está vivo!”.

O cientista, ou seja, o grande “criador”, chamado de Victor Frankenstein, não se trata de um senhor de idade e sábio como nos é apresentado nas telas, mas sim de um jovem estudante de filosofia natural, pertencente a uma família tradicional abastada de Genebra, enquanto que, a criatura nem se quer teve o benefício de ter ganhado um nome e sempre é designada por nomes pejorativos como “monstro” e “demônio”.

Ao finalizar o seu grande experimento e ficar horrorizado com o resultado físico, Victor simplesmente abandona a sua criatura ao relento, o que foi de uma grande irresponsabilidade, sem ao menos pensar nas consequências que isso poderia ocasionar para a sociedade e para o próprio monstro.

A criatura é isolada cruelmente da sociedade devido a sua aparência física e nunca lhe é dado à oportunidade de mostrar o seu “eu” interior. Notamos que inicialmente ele é dotado de pensamentos bondosos, sua vontade é fazer o bem para a sociedade e sua natureza só deseja que seja acolhido, possuir uma família e ter amigos.

Diante disso surgem os seguintes questionamentos: A maldade é inerente ao ser humano desde o seu nascimento ou é a sociedade que os molda os tornando dessa forma devido as adversidades causadas no dia a dia? Somos julgados tão somente por nossa aparência física ou nossa personalidade também é levada em consideração? Na realidade o “monstro” era a criatura ou o seu criador?

Por incrível que pareça a única pessoa que não julga e se afasta da criatura é justamente um senhor cego ...

Do meu ponto de vista, também deveria ter sido melhor esclarecido a origem do “corpo” da criatura, apesar de deixar subentendido que partes da matéria eram recolhidas nos cemitérios, obviamente de cadáveres, fica a dúvida se a consciência do “monstro” acabara de fato de nascer ou fora restituída de alguém que já morrera e assim voltara a vida.

Concluindo, apesar de se tratar do gênero horror, não me senti horrorizada e me peguei esperando por mais. O livro não conseguiu me surpreender e inclusive achei tudo muito previsível e alguns pontos sem conexão, simplesmente jogados a mercê a fim de tentar justificar algumas passagens jogadas no texto.

Todavia, é inegável a força de alguns debates sobre a vida, como a sociedade trata o ser humano diferente dos demais, o poder da exclusão e do julgamento na vida do excluído/julgado e criador e criatura!

Laísa Gava 07/04/2024

Cresci ouvindo falar desse livro, do ?monstro?, na verdade. Todos tem o estereótipo muito formado sobre ele, imaginando realmente um monstro perigoso. Mas, ao ler, senti pena e angústia, apenas. Ótimo livro, merece o título de clássico!

eli! 07/04/2024

Não sabia exatamente o que esperar da história, exceto que fosse de alguma forma semelhante à drácula. muita gente me disse que acabaria gostando mais dele, mas acho que curti mais o outro. é um livro bom, mas que fugiu da minha expectativa por ?conhecer? a obra pelas retratações externas. não conseguiria imaginar que haveria tanto drama, tristeza e melancolia.

Andressaledro 06/04/2024

Clássico maravilhoso. O criador versus criatura. Um dilema.
Trata-se de um livro maduro que aborda questões complexas da existência humana. Por isso, há relatos de aspectos melancólicos dos personagens, suas aspirações existenciais e seus dramas internos. A rivalidade entre o criador Victor Frankenstein e sua criatura disforme nos leva a refletir sobre os lados positivos e negativos dos personagens. A autora descreve que o mais perverso deles tinha pensamentos bons e o mais bondoso tinha aspirações egoísticas. Há um ser inteiramente bom ou inteiramente ruim?! Sabemos que não.

Durante a leitura somos levados a entender os dois lados da história e formar uma opinião. Quanto ao lado que tomei, impossível não me identificar com o cientista Victor. Primeiro, por identificação natural a nossa humanidade. Depois puder ver que suas aspirações científicas lhe roubaram a vida, mas não era seu objetivo trazer dor para si e para a humanidade.

A criatura formada por sua pesquisa científica, insatisfeita pelo descaso do seu criador no seu nascimento, decidiu persegui-lo até a morte. Por mais injusta que fosse a solidão da criatura e mais cruel o comportamento dos homens diante de sua estética montruosa, sua escolha por traçar uma jornada de vingança ao seu criador e matar inocentes para feri-lo emocionalmente é inaceitável ao meu ver. Um caminho de tanta dor que me causou repugnância.
Por mais responsável que Victor fosse pela solidão e dilemas da criatura, não tem como compreender tanta maldade empregada contra sua vida. Eis meu julgamento pessoal.

Outra importante reflexão moral do livro é justamente acerca da responsabilidade de Victor e da sociedade na formação da maldade do monstro. Um ambiente acolhedor teria o transformado em uma criatura virtuosa?!

Amei o clássico e tirei vários aprendizados e reflexões necessárias. Recomendo a leitura. Principalmente daqueles que amam estudar o comportamento humano.

Raíssa 06/04/2024

Leia mulheres
É muito bacana ler um clássico, saber a história original, sem serem adaptações. Ainda mais um que inaugura a ficção científica. Seria mais legal se o protagonista fosse uma mulher, afinal, a escritora, uma jovem de 19 anos, é 1 mulher. De qualquer forma, é 1 leitura muito interessante e diferente do que eu imaginava.

priscila.wenzel 06/04/2024

Gostei!
Achei interessante conhecer um pouco mais sobre a história de Frankenstein.

E como o livro é curtinho a leitura é super rápida e a escrita é fluida, não fica uma coisa maçante!

Recomendo ??

Lucas Mart1m 06/04/2024

Retalho de obras em uma, gera vida até a modernidade
Um clássico gótico com propriedade, continua moderno até atualmente, apesar da escrita e do sentimentalismo, desenvolve bem o tema central da obra. Predecessor da ficção científica, influência obras continuamente, entretanto, se sustenta como terror.

Assim, a partir do ponto de vista de três personagens, (o começo me lembrou um dos livros de Lovecraft), se desenvolve com base na criação do Damon e de suas consequências. Portanto, ascensão e queda tanto da criatura quanto do criador, onde sentimentos, idéias e a natureza tem um papel importante.

Além disso, os personagens secundários são bem amáveis, de estranha forma Frankenstein e Damon são os menos carismáticos, talvez pela complexidade perderam um tanto em identificação, e seus pecados também assustam o leitor, Frankenstein roubou cadáveres para experimentos vis, largou sua criação(meio que sofreu um Burnout e delírios) além de ser egocêntrico ao extremo, e a criatura que queimou uma casa, matou pelo menos 6 pessoas (não é justificável), pretendia sequestrar uma criança.

Outrossim, considero que se fosse mais curto poderia ser mais contundente com seus acontecimentos, além de o Frankenstein ser mais analítico para condizer com seu papel de cientista(ele poderia ter feito a mulher do Frankenstein sem útero), uma explicação da centelha de vida seria interessante também porém ainda é incrível considerando o ano da obra

Portanto, não deixa de ser um excelente livro, principalmente com sua semelhança a prometeu (deu a centelha de vida, porém amaldiçoado) e a sua diferença com a criação (um ser a semelhança mas não abandonado).