Realismo Capitalista

Realismo Capitalista Mark Fisher




Resenhas -


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Lenú 05/12/2023

Todos os problemas citados, todas as questões levantadas, todas as críticas feitas? em uma conversa direta com zizek, deleuze, foucault e até cronenberg?? um moooonte de coisa sendo dita várias pertubações??. é de se entristecer muito que mark fisher não tenha reparado em nenhum momento que a construção de um modelo alternativo de desejo capaz de competir com o imposto pelo capital já é algo extremamente debatido minuciosamente e elaborado em vários escritos de autores de teoria queer, feminista e negra há mais de 3 décadas antes da publicação desse livro. não recomendo a substituição de kafka por le guin (que é citada brevemente), mas um mundo onde os dois possam sentar e tomar um café (acho que sairia dali um diálogo muito interessante), um mundo onde o conceito de responsabilização criado por butler (que também é citada muito brevemente) possa constratar e confluir com a ?responsabilidade? de haraway, um mundo onde todos estes homens héteros, cis e brancos possam sentar e elaborar suas ideias com os condenados da terra. também achei engraçado pois recentemente li ?a arte queer do fracasso? onde jack halberstam cita o slogan ?falhar de novo, falhar melhor? de samuel beckett como um lema a ser explorado e desmiolado como alternativas ao neoliberalismo, mas fisher nos revela que odeia esse slogan :/// que a esquerda se regojiza muito do fracasso, que precisamos aceitar a possibilidade do sucesso? infelizmente a esquerda de fisher não é a esquerda na qual acredito (e nem a esquerda que acredita em mim kkkkkkkkkkk)

p.s.: na minha edição vem alguns textos do blog dele que gostei: ?não prestar para nada? e ?ninguém está entediado, tudo é entediante?, me fez pensar muito no tedioso/chato como alternativa também ao capital e como o ?slow cinema? opera nesse sentido? talvez um dia escreva sobre isso aql
Lenú 05/12/2023minha estante
pq vc tá separando as esquerdas lenú


Lenú 05/12/2023minha estante
me deixa




Rosangela Max 25/08/2022

Interessante a forma que o autor discorreu sobre o tema
O ponto que mais gostei foi sobre a relação do capital com o trabalho. Entre outras coisas, é citado que as grandes empresas vem obtendo lucros maiores a cada ano, mas isso não reflete no aumento do salário dos funcionários e nem na melhora dos benefícios. Muito pelo contrário. Acaba resultando na demissão da força de trabalho permanente para a criação de uma massa flutuante de trabalhadores contratados em regimes de meio-expediente e ?freelas?, por apresentar um custo de mão de obra menor para as empresas. Ele fala inclusive como a avaliação de desempenho afeta negativamente o funcionário.
O autor relaciona o tema com vários outros pontos alem do trabalho, como: a educação, a redução dos recursos naturais e o aumento de desastres ecológicos (clima, desmatamento), a oposição natural a qualquer noção de sustentabilidade, a saúde mental (aumento do estresse, angústia, ansiedade, depressão), burocracia etc.
Tudo é comentado de forma concisa, mas é o suficiente para o entendimento. A escrita também é clara e, mesmo falando sobre termos que tenho pouco conhecimento, consegui aproveitar a leitura.

Recomendo.
Rosa Santana 23/02/2023minha estante
Deu vontade de ler!
Obrigada pela resenha!


Jáderson 06/03/2024minha estante
Obrigado pela contribuição, resolvi ler depois que li suas impressões.




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helisonmaciell 15/07/2023minha estante
Na busca por um sistema de governo que realmente funcione aonde todos podem exercer suas paixões! E não somente correr "Atrás do sonho Americano" e dentre outros lemas que nos leva a ir de contrário a nossa verdadeira paixão...




Elisa Dinah 23/04/2021

Fisher é um MONSTRO (no melhor dos sentidos, vale dizer)
O objetivo de Fisher nesse livro foi nos apresentar o conceito, criado por ele, de "realismo capitalista", mas ele consegue mais. Através da leitura dessa obra, o manto do realismo capitalista é retirado, algumas das incoerências desse sistema louco de produção e reprodução da vida são irremediavelmente expostas. Aqui, o capitalismo é desnudado. Já não se torna mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo depois dessa obra. A superação desse momento histórico torna-se uma missão dos leitores, e esse é o grande mérito desse livro.
Douglas 25/03/2023minha estante
Excelente resenha ?




Caetano.Bezerra 29/04/2021

"a vitória da direita só é inevitável se pensarmos que é"
Influenciado por um dos meus podcasts favoritos, me interessei assim que soube da tradução.

A escritura de Mark Fisher é bem mais leve que a maioria da filosofia que temos, e faz muitas referências a filmes e cultura pop.

O autor explica seu conceito de realismo capitalista, sendo a esfere da linguagem e mentalidade do neoliberalismo, que nos faz acreditar que não há alternativa. Fazendo isso, tenta nos empurrar pra frente, oferecendo alternativas e criticando algumas estruturas das esquerdas mais tradicionais.

Espero que logo tenha mais obras traduzidas.
Nanda 15/06/2022minha estante
Qual o podcast? rs fiquei curiosa da recomendação, pq o livro é incrivel




Yuri.Selaro 19/03/2023

Alugou um triplex na minha cabeça
O livro desenvolve conceitos interessantíssimos sobre modelo político, econômico e social que arrebata a nossa sociedade nos dias atuais. Confesso que, por já ter uma tendência pessimista, acabei finalizando a leitura com uma sensação de impotência e fracasso generalizado, como se de fato não houvesse alternativa ao capitalismo que cada vez mais brutaliza a humanidade.

A privatização do sofrimento foi algo que me pegou DEMAIS. Como nunca pensei nisso antes? E como, após entender esse conceito, conseguir levar a terapia psicológica a sério? Pensar em tudo isso, e lembrar que acabamos de atravessar momentos pesadíssimos, com pandemia, Bolsonaro e o neoliberalismo em seu ápice aqui no Brasil é desanimador. Confesso que tudo isso, somado ao texto ?Não prestar para nada? do apêndice me deixaram em estado catatônico.

Por fim, acabei internalizando demais o conteúdo, e como diz a filósofa Viviane Mosé, a racionalidade envolve o querer e o sentir, e racionalizar sobre todas essas questões sociais me fez perder mais ainda a crença de uma sociedade que tenha futuro. Talvez o intuito do livro tenha saído pela culatra, o que acabou intensificando a minha depressão generalizada, e justamente por esse motivo eu recomendo o livro para todos.

Racionalizar é extremamente necessário e o entendimento dói demais. Mas é uma dor boa, necessária, como quando se arranca uma unha que encravou.

Nota final: 10
Enaia 07/05/2023minha estante
Oi, Yuri. Tudo bem? Espero que você esteja um pouquinho melhor com a pessoinha que mora dentro de você.
Queria dizer 2 coisas sobre sua resenha. 1) Longe de mim querer te dizer o que sentir ou achar que sei mais do que você sobre o que você sente. Mas acho que a terapia ainda pode ter um sentido pra você mesmo de posse das discussões trazidas pelo Fisher. Apesar de essa desesperança ser recorrente em muitos leitores, fica bem claro ao longo do livro que não era esse o sentimento que ele buscava produzir naqueles que o leriam. O Fisher escrevia porque cria que era possível mudar, e isso é possível ver também no posfácio, onde os tradutores nos mostram a trajetória intelectual do Fisher e de sua relação com a política na Inglaterra.
2) A terapia pode fazer sentido e eu acho de verdade que vc colheria bons frutos se persistisse nela porque, apesar de muito provavelmente as raízes do seu sofrimento (como o de muitos de nos) serem sociais e coletivas, quem está experienciando esse sofrimento é você. É verdade que buscar terapia seria quase que uma redução de danos ao invés de uma solução sistêmica, com certeza, mas você tem que buscar seu próprio bem e cuidado. A abolição do capitalismo porá fim a esses sofrimentos? É possível. Mas é preciso pensarmos que não sabemos quando isso acontecerá, e você precisa estar bem cuidado tanto pra si mesmo - afinal o autocuidado não precisa ter nenhum outro fim além de si mesmo - quanto para os outros, pois como você poderá contribuir coletivamente para as mudanças de que precisamos se estiver adoecido? Como o próprio Mark falou, no 3 capítulo salvo engano, a própria atuação enquanto sujeito político fica inviabilizada em casos de patologização.

Enfim, amigo. Cuide-se. Fique bem e continue estudando :)




Mariana Magalhaes 22/07/2023

Livro essencial.A forma que o autor aborda a saúde mental no capitalismo tardio foi muito esclarecedora para mim, que sou da Psicologia.
Não dei 5 estrelas pela leitura ter sido bastante difícil em alguns momentos, por falta de bagagem minha em filosofia.
Matheus Cesar 11/09/2023minha estante
Estou lendo ele é to sofrendo um pouco e mesma forma, pouca bagagem em filosofia tem deixado minha leitura um pouco truncada. Mas estou gostando bastante




Juliana ;* 10/01/2023

Privatização do estresse: crise na saúde mental.
Com uma escrita clara, mas não rasa, Mark Fisher vai nos apresentando as estruturas e distúrbios do realismo capitalista que dentre outras manobras, tem sido eficiente em causar em nós uma sensação contínua e uma ideia "concreta" de que este não é o melhor, mas sim o único modelo de existência possível.

Abordando a sustentabilidade do sistema, os seus impactos na nossa saúde mental e a burocracia que se desenvolve e garante e manutenção do mesmo, o autor nos convida para uma conversa técnica, mas quase que informal.

Não pense que a obra é fácil, descompromissada ou pouco complexa. Não é. É preciso estudar bastante pra que possa aproveitar e compreender todos os conceitos apresentados. É daqueles livros que vale ler mais de uma vez, quando alcançar níveis de conhecimento mais profundos sobre o assunto.

Do campo de vista psicológico, todas as pontuações são interessantíssimas e como psicóloga que sou, passo a repensar a minha atuação.

É possível tratar o coletivo tratando cada indivíduo? Ou o caminho é tratar o coletivo para que a saúde seja promovida?

A Psicologia não é, ou pelo menos não deveria ser, uma ciência individual. Toda ciência que se propor a estudar a humanidade precisa ser, antes de tudo, social.

Ensinar aos homens que eles são os únicos responsáveis pelo próprio adoecimento quando a sociedade está estruturada num regime doente é, além de ineficaz, perverso.

Que todo profissional da saúde tenha essa consciência e que possamos, de fato, repensar e praticar a nossa solidariedade.
Rapha 11/01/2023minha estante
?A Psicologia não é, ou pelo menos não deveria ser, uma ciência individual. Toda ciência que se propor a estudar a humanidade precisa ser, antes de tudo, social.? Isso me emocionou! ??




Yara 24/09/2022

Realismo capitalista
Aquele livro que a gente tem que ler todo ano pra se situar no mundo, sabe? Mark Fisher faz uma falta danada no cotidiano. Ele tinha um jeito acessível de trazer as questões a respeito do capitalismo. Seria uma luz de movimento na apatia da sociedade diante do que nos maltrata.
Ingrid Andrade 19/10/2022minha estante
Não achei tão acessível assim ?




Veganoð 04/01/2021

Um fim do mundo politizado
Realismo capitalista sem dúvidas é um dos melhores livros que analisa de uma forma muito sensacional (misturando cultura pop com literatura, música, etc) a noção de realidade e como ela é limitada pela lógica neoliberal.

O livro cerca diversos conceitos ?fisherianos? que são imprescindíveis para entendermos a linha que a obra segue. Por ser um professor, fisher tem uma familiaridade com uma escrita didática, mas que ainda assim é pertinente e provocativa, fazendo com que o leitor deseje se debruçar sobre todas as questões, reflexões, conceitos...

Extremamente atual e tem um grande papel para relacionarmos a dinâmica da mentalidade e como ela é moldada, por isso criamos possíveis fins do mundo, mas não o fim do capitalismo.

E pode ter certeza que essa imaginação de fim do mundo tem uma ideologia por trás, por isso te convido a ler essa obra, especialmente essa edição cuidadosa com textos adicionais ótimos !
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RaAza5 18/04/2021

Excelente
Livro essencial para entender as dinâmicas do capitalismo na pós modernidade. Fisher conduz o leitor através de sua teoria de um realismo capitalista que não nos permite mais vislumbrar um futuro positivo. Para embasar sua argumentação, ele utiliza elementos da cultura pop, como filmes, músicas e realities shows, a questão da saúde mental, a vida de professor e a própria política. Apesar de bastante profundo, a leitura é leve e fluída; Fisher escreveu um blog durante anos e a impressão que dá, na maior parte do livro, é que se está lendo uma página de blog mesmo. O livro não é grande e quando termina, dá vontade de ler mais. Muito bom!
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11/05/2021

Realismo capitalista
Eu comecei a ter contato com o comunismo e cada vez mais fazia sentido mas ao mesmo tempo não é como se isso fosse uma possibilidade: é um consenso que a minha geração não vai viver uma revolução no Brasil. Mas por quê?
Peguei esse livro e logo de cara.. REALISMO CAPITALISTA!
Mark Fisher começa explicando esse fenômeno pós-moderno: a crença de que o capitalismo não é uma das opções de sistema, mas sim a única possível. O capitalismo passa a se apresentar como não ideológico, ele está aí e pronto, não temos como mudar isso. Ele é um sistema perfeito? Não. Mas não importa, pelo menos não é o comunismo??.
Então qualquer alternativa ao capitalismo é demonizada para que aceitemos ele como a única opção.
Fisher fala sobre "o Grande Outro" para depois nos mostrar que o capitalismo pós-moderno é a "anunciada renúncia da crença do Grande Outro", ou seja, o capitalismo assume publicamente suas falhas pois a estratégia de se manter não é parecer perfeito, mas sim inevitável.
Ler isso dá um desânimo... Ô se dá! Mas a gente não pode abaixar a cabeça, precisamos continuar lutando para destruir essa concepção de que o capitalismo é inevitável e lembrar todos de que existem outras opções!
Tiveram algumas partes do livro que achei difíceis, então pretendo reler quando eu for mais inteligente kkkkk. Mas aproveitei muita coisa dele, recomendo a leitura!
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Victor.Albuquerque 13/10/2021

Pontos interessantes
A crítica de Fisher a uma esquerda que se recusa a lutar é muito boa e chama para o debate e acorda uma esquerda acostumada com a derrota, porém o livro na tentativa de buscar uma solução falha em muitoa pontos e pra mim a principal falha é acabar vendo o capitalismo de uma forma muito heterogênea e, basicamente, um retrato do capitalismo central.

Para um debate sobre a periferia do capitalismo e formas de organização popular não é um livro que pode acrescentar muito.
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Cachamorra 07/11/2021

Aquele tapa na orelha necessário
"É um tapa no pé da orelha." Foi o que pensei quando terminei o capítulo 'Não Sirvo para nada'. O livro é uma leitura necessária para nossa geração, que com a crença na meritocracia e no individualismo liberal, se cobra por resultados que não está em nossas mãos. Resultados esses impossíveis no atual modelo socioeconômico. Ler, no meio de uma Pandemia de Covid, que devemos pensar a depressão e outras doenças psíquicas, deveriam ser consideradas como resultado do sistema capitalista atual e consequentemente uma Pandemia (também) fez abrir uma nova área de interesses.

O livro abre para o leitor uma área de análise interessante, misturando cultura pop e análise marxista. Realismo Capitalista é um livro essencial para entender o dia de hoje.
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