Marcelo Leite 20/05/2024
Uma viagem ao mundo antigo.
Caminhar nas regiões dominadas pelo Império Romano, ver de perto as intrigas pelo poder, acompanhar caravanas de mercadores, testemunhar conquistas militares, rituais religiosos adorando antigas divindades...
Essas experiências sem dúvidas são muito legais de vivenciar ao ler um bom romance histórico.
E Santos Guerreiro, primeiro volume de uma trilogia, Eduardo Spohr nos apresenta este tempo tão fascinante quanto violento. Onde os conflitos são pagos com sangue e a ganância com traição.
Ao mesmo tempo, nos insere na jornada do herói. A história de Georgios Graco, o futuro São Jorge.
Das partes marcantes e curiosas do livro, citaria a capacidade que Georgios desenvolveu ao lidar com a dor, a influência do cristianismo crescendo, e a religião romana tentando se manter hegemônica, como um prelúdio do declínio do próprio império.
Dos valores e honras herdadas de seu pai. Os traumas, os desejos de vingança que delineiam os caminhos da sua formação militar, dão camadas de profundidade ao personagem, assim como, apego do leitor a seus dilemas.
Spohr ainda tem muito que contar nas sequências dessa história. Não dá para parar de ler sem saber como o adorador do Deus Marte se tornará cristão e qual milagre fará para se tornar Santo.
Conseguiu me prender, Eduardo Spohr. Escreveu uma baita história!