spoiler visualizarIsadora1801 22/05/2024
Romance contemporâneo e gostosinho de ler
Me lembrou um pouco Descalças de Elin Hilderbrand mas, diferente desse, em Amor(es) Verdadeiro(s) a personagem principal fica com o “novo amor”.
Resumidamente, conta a história de Emma, que namora há nove anos com Jesse. Eles viajam ao mundo, são felizes juntos e aventureiros. Quando falta um dia para comemorar o primeiro ano de casamento, surge uma oportunidade de trabalho para ele - tirar foto das geleiras em algum país ao qual esqueci. Ele topa, porque não conhece, e porque Emma está atarefada no trabalho. Combinam de comemorar o primeiro ano de casados quando ele voltasse. Contudo, ele não volta: o helicóptero cai, encontram o corpo de um dos quatro passageiros, assim como a mala de Jesse. O tempo passa, e decretam a morte dele.
A narrativa e escrita é muito fluída. Primeiro contato que tive com a escritora, e amei a forma que ela desenvolveu toda a trama.
O capítulo que mostra como ela se curou da tristeza e do luto é incrível, ela vai escrevendo na primeira pessoa, como se falasse diretamente a você, mas com detalhes da vida da personagem.
Eis que ela decide tocar piano para ter um passatempo e ocupar a cabeça, mais de dois anos depois, quando está se reerguendo. Encontra na loja Sam, um amigo do tempo de ensino médio, que até chamou ela uma vez para sair mas ela não topou. Quando adolescente, ela fez de tudo para ele convidá-la de novo, mas isso nunca aconteceu. Foi um amor platônico.
Se encontram, se apaixonam, e ela decide dar uma chance para o segundo amor.
Ficam noivos uns oito meses depois. Certa noite, recebe uma ligação: era Jesse, dizendo que foi resgatado. Ficou quase três anos tentando sair do local que ficou ilhado, querendo voltar para ela.
Enfim, no decorrer do livro vemos que a personagem amadurece, percebe que não é mais a mesma pessoa de três anos atrás - a pessoa que Jesse amava, e que amava Jesse de volta. Não que ela não ame mais Jesse - ela o ama, reconhece isso. Mas uma hora ela percebe que não se trata de escolher entre dois homens, mas sim de entender e escolher quem ela é e quer ser. A Emma de anos atrás, casada com Jesse e apaixonada por aventuras, ou a Emma atual, noiva de Sam, cuidando da livraria dos seus pais, próxima de seus familiares, com seus trinta e um anos, e dois gatos?
Vale a pena a leitura. Um romance contemporâneo, de leitura fluída e boa.
Confesso que durante a leitura eu chorei e me peguei sorrindo por várias páginas.
Chorei na parte que Jesse encontra a carta que ela escreveu pra ele, se despedindo, quando resolveu aceitar o convite e sair com Sam.