Resenhas - Lebre da Madrugada

Carol Pontes 21/06/2021

Tão perfeitinho
Eu não esperava muita coisa porém me surpreendeu demais, os personagens são carismáticos, com excessao do Rafel, não conseguir sentir nenhuma empatia por aquele triadorzinho QUE ÓDIO

Lyr é meu bebê, e daí que ele matou milhões de pessoas? ele tem passado trágico

Jonathan Marques 20/05/2021

Andras, case comigo!
Cadê as minhas anjas pirigóticas? Hoje a indicação vai para as fãs de uma boa fantasia! Sabe aquela história que logo de início já te deixa tão presa que você não consegue parar de ler? Pois foi esse o arrebatamento que tive quando comecei a ler ?Lebre da madrugada?.

Chegando até mim por indicação do @cade.lgbt (um dos melhores lugares para se encontrar escritorxs LGBTQ+), este livro incrível é o 1° da série ?Senhores de sobra e prata?, que vem sendo escrito por Arthur Malvavisco (@AMalvavisco no Twitter). Ele é um jovem e talentoso escritor trans que botou a cara no sol e resolveu publicar sua obra de forma independente. GRAÇAS A DEUSA! (super baratinho o eBook na Amazon, aliás).

Na história seguiremos Andras, um médico muito do curioso que vive no reino de Solária, uma sociedade controlada por uma organização religiosa e sombria chamada Vigília (que Andras fez o favor de ser excomungado!). Num dia aleatório, um soldado inimigo e ferido, Aeselir (ou Lyr para os íntimos) cai desacordado no quintal de Andras, que tem a péssima ideia de cuidar dele. E é obvio que isso vai dar treta das grandes!

Além de complexo e bem construído, o universo que Malvavisco cria tem tudo o que o gênero exige: magias mil, homens com egos inflados, criaturas estranhas, segredos sombrios e reinos em guerra. E o respeito que ele tem ao tempo de ação e reação dos personagens torna a narrativa mto mais envolvente e natural. É impecável e apaixonante!

Que refrescos minhas amigas! É tão bom encontrar histórias de fantasia de qualidade, com protagonismo LGBTQ+! Estou regozijado! Tratem de colocar na listinha de vocês PRA ONTEM! E termino aqui meu singelo textão com um grito de reivindicação: APOIEM E INCENTIVEM O TRABALHO DE AUTORXS LGBTQ+!!!
Obrigado! :D

chuwanning 18/05/2021

Uau
Então, finalmente terminei Lebre da Madrugada. Eu gostaria de ter lido mais rápido, mas enfim foi! Lebre da madrugada me chamou muito a atenção por causa da capa, que entrega todos os elementos da história que você precisa saber antes de começar a leitura. Sério, se existe um trabalho de capa bom que emparelha coesão de imagem com o conteúdo dentro do ebook, é esse.

(Minha experiência)
Eu tive muita dificuldade de engatar a leitura porque o ritmo às vezes era bem acelerado. É um livro com um universo próprio complexo, o Andras é um protagonista cativante e muito inteligente (adoro pps inteligentes) e uma narrativa um tanto frenética. Estava sempre acontecendo alguma coisa, uma confusão, um perigo, um atentado, uma briga, uma conversa importante. Muito bom. Isso varia, pode ser que você goste ou não. Apesar de gostar, eu preciso ler mais devagar ou me confundo.
O fato é: tem muito personagem sendo apresentado aqui. Às vezes aparecia alguém e eu já não lembrava mais de onde veio, nome, se era de Solária, amigo do Andras ou do outro povo lá. Aí tinha que parar e pensar: "ah, aquele lá que fez tal coisa."
Dá pra notar que o Arthur vai escrever um segundo livro pelos próprios cliffhangers que ele vai deixando ao longo da história. Não tem tanta brecha reparada quanto um livro único teria. Muita coisa é posta ali pra realmente desenvolver (a) aos poucos ou (b) em outro livro mesmo. Eu não costumo ler sagas de fantasia, mas pra conteúdo LGBTQIAP+ eu dou uma chance. Sem falar, é claro, que de fato o que ele apresenta aqui te deixa com a sensação de: "tá, mas e agora?"

O worldbuilding foi muito bem feito, mas ainda acho que existiram pontos onde eu fiquei me perguntando se tinha lido algo errado, porque o sentido daquilo fugia da minha consciência. É que é muita coisa para um primeiro livro, muito personagem que podia ter bem menos espaço (e esse espaço podia ser dado aos protagonistas, que teria ficado mais dinâmico). Sempre que eu estava bem perto de me preocupar real com o Aeselir, por exemplo, vinha uma cena de personagem x fazendo uma coisa nada a ver com o Andras e o Aeselir bem longe dali, e eu perdia o foco. Talvez seja algo pessoal, por eu preferir enredo character driven, ou talvez, como eu disse, o Arthur queira desenvolver as coisas num tremendo slowburn e fechar brechas num próximo livro.
Não shipei o casal principal tanto quanto poderia. Eu senti muito mais algo por parte do Aeselir (sempre erro o nome kkk), olhando de longe e com cuidado, do que do próprio Andras. Não senti tensão nenhuma entre eles, e por mim se a história fosse a mesma coisa, só que eles sendo amigos mesmo, teria sido de boa porque (a) também amo histórias de amizade e (b) senti que o Andras muito mais gosta do Aeselir do que se atrai por ele. Já notei que vem livro 2 e quem sabe eu consiga shipar vendo mais deles.

O universo de Lebre da Madrugada é bem interessante. Tem a dualidade do Sol e da Lua, umas descrições envolvendo magia antiga muito bacanas. Alguns personagens secundários eu realmente não consegui curtir, porque eles apareciam do nada e do nada também sumiam, como se para cumprir uma cena x e PAH, evaporassem, sei lá. Foi meio difícil entender algumas coisas do contexto de conflito entre povos. O worldbuilding em termos descritivos é incrível, mas a política da situação me confundiu. E eu honestamente ainda não saquei qual é a do Aeselir (talvez tenha sido proposital).

Recomendo muito.

Todo meu respeito ao Arthur. Foi difícil entender o livro dele, mas o cara escreve muito bem. Vou ler o segundo sim porque, sendo sincere aqui: quero ver Andras e Aeselir juntos sim! Quero ver o negócio pegar fogo e eles fazendo a cachorrada lá sim!

Sah 04/04/2021

Perfeito!
Uma das minhas melhores leituras do ano, sem sombra de dúvidas! Decidi me dedicar a ler livros nacionais esse ano, principalmente por causa do KU e foi a melhor decisão da minha vida! O que falar dessa perfeição?
Arthur Malvavisco possui uma escrita incrível que permite uma leitura muito fluída e proveitosa. Me apaixonei por todos os personagens e quebrei a cara com alguns (confesso), mas não tenho do que reclamar, de verdade. O universo criado pelo autor aparenta ser muito bem construído, amei a criatividade para tudo e o cuidado também.
"é um elogio, sabia? quando um iluriano pode te matar, mas não mata."
O que falar sobre esse casal? Simplesmente PERFEITOS, eu amei tanto a construção do relacionamento deles que se deu com o tempo a partir do desenvolvimento de uma confiança mútua. Não achei cansativo em nenhum momento. Outrossim, confesso que tenho um pouco de preconceito com livros que possuem capítulos intercalados entre passado e futuro e mais de um narrador também, sempre digo que sou 8 ou 80 com isso, porque pode estragar minha leitura, mas nesse livro em específico eu amei! Achei que era de fato essencial para que pudéssemos compreender os personagens e entender melhor o final também!
Quanto às críticas, o único ponto que talvez eu quisesse que fosse melhor trabalhado é a explicação do universo em si, acho que entendi muito pouco, porque não foi mostrado muito, uns vez que nem o Andras sabe de tudo, mas acredito que tenha sido intencional - nem sei se isso pode ser considerado uma crítica.
Enfim, foi uma leitura maravilhosa, já estou com saudades dos meus bebês e espero que ele publique o próximo livro logo. Leiam essa perfeição!

Marcelo 24/02/2021

Sombrio e doce ao mesmo tempo
Lebre da Madrugada, de @arthur.malvavisco tem tudo que uma boa fantasia sombria precisa: um mundo insólito e misterioso, sociedades belicosas e autoritárias, religiões opressivas e magia selvagem e perigosa.

A escrita do autor é meticulosa e agradável. Seu vocabulário é amplo, sem ser prolixo demais. Por ser uma história que se passa em grande parte em ambientes selvagens, esse vocabulário contribui para a imersão do leitor, ao referir-se corretamente à flora, fauna e elementos geográficos. Sinal de uma pesquisa muito bem feita.

A trama principal gira em torno de dois personagens: Andras e Aeselir. Eles são muito diferentes, quase antitéticos, mas são forçados a unir forças e ao longo da história aprendem a respeitar-se e admirar-se mutuamente. É uma estrutura narrativa que eu adoro ler (e curiosamente está presente tanto em romances românticos quanto em filmes policiais). Malvavisco executa essa trama com maestria!

O sistema de magia é outro ponto forte, com custos e limitações muito interessantes, que eu desejo ver exploradas mais a fundo no volume seguinte.

Aqui está um exemplo de obra independente que não deve nada a livros publicados de forma tradicional. Recomendo a todos os fãs de fantasia, especialmente das sombrias.