Resenhas - Trilogia Gatilho

Gustavo Rodrigues 19/07/2022

Quadrinho muito bom, que versa sobre justiça, vingança, família, além de outros temas importantes que estavam presentes na época do faroeste.

Essa obra contém a trilogia completa formada por Gatilho, Legado e Redenção. Cada história é continuação da sua antecessora, mas entre uma e outra há um salto temporal importante. As três mantém o alto nível, sem haver grande discrepância rítmica entre elas. Se você ler e gostar da primeira, vai gostar das posteriores.

A Trilogia Gatilho é, sem dúvidas, uma HQ de altíssima qualidade. A história não é clichê, como tantas obras que retratam o faroeste são, conseguindo trazer camadas além dos famosos duelos entre pistoleiros. O fato de ir além do que já era esperado foi justamente o que me conquistou.

A arte é espetacular. O desenhista conseguiu retratar personagens bem expressivos, tanto é que muitas vezes as expressões já conseguem transmitir a ideia, sem nem precisar de algum texto.

Excelente pra quem curte o gênero.

edisik 09/02/2023

Essa trilogia de faroeste de um pistoleiro se nome é muito boa. Muita aventura, traição e segundas chances.

jusousan 26/07/2022

Trilogia Gatilho
Com uma história envolta em vingança e suas consequências, a trilogia Gatilho foi uma excelente experiência para mim. É uma HQ acima da média.

A arte é sensacional e as tomadas e flashbacks exploradas dão um toque especial no desenrolar da narrativa. Algo cinematográfico. Os personagens são muito bem representados e muito expressivos.

Duas histórias contadas de forma independente que no final se unem de forma espetacular.

A jornada perpassa por momentos crescentes e decrescentes até chegar no seu ápice. Valores são questionados e tragos à tona. No final todos ao seu redor se tornam reféns das mudanças. Consequências desastrosas.

Impossível parar pra respirar durante a leitura. Narrativa envolvente e grandiosa. Recomendo!

Bardo de Valfenda 03/04/2021

Western Fantástico
A trilogia gatilho é um material fantastico, começando por todo o esmero dado pela equipe do pipoca e nanquim que trasformaram num material de luxo digno de qualquer biblioteca.
Com relação a historia apesar de so ter vistos filmes de western e não lido muitos quadrinhos, é um experiencia fantasticas que mesmo bebendo da fonte dos filmes, é algo renovador e criativo é uma historia de vingança,mas mais do que isso é uma historia de caminhos percorridos e como uma vez percorrido uma estrada ela marca a todos que se encontram no seu caminho para o bem ou para o mal como um rio bravo fazendo seu caminho sem parar, Carlos Estefan esta de parabéns pela obra de arte, essa história poderia ser um filme fantástico.
Assim como a história é fantástica e a alma dessa obra, a arte do Pedro Mauro é o corpo e mantém a história coesa e cativante ao vislumbrar cenas memoráveis e inesquecíveis que por nais que a imaginação do roteiro possa levar o leitor a imagina-la nada se compara a beleza dada pelis traços do Pedro.
A colorização deu a arte que já era fantástica toda uma novidade que inagino que deve ter sido um deleite para os leitores da versão preto e branco.
Enfim é um quadrinho genial comparado a grandes mestres da nona arte.
Fico imaginando um quadrinho de máfia desses dois monstros.

Guto 19/12/2022

Tiros, poeira e mortes.
Em uma busca por homenagear os filmes do famoso faroeste spaghetti e os clássicos dos quadrinhos lançados por volta da década de 1960/1970, Pedro Mauro e Carlos Estefan trouxeram o que há de melhor nessas obras. Homenagens à parte, o que há de realmente inovador nessa trilogia? Os fãs do gênero irão se deleitar com referências clássicas, seja na estética que emula quadros longos e closes íntimos ou no foco em personagens que mais parecem vilões de um filme mais convencional. Mas o que realmente fez com que gatilho fosse alçado às alturas foi o toque sincero de um roteiro que conta como um ciclo de pais e filhos podem trazer e passar dores de geração em geração.

O que mais me impressionou, além da arte arrebatadora de Pedro Mauro, foi o roteiro de Carlos Estefan que busca o desconforto, tanto no estilo de narrativa, que coloca o leitor de frente à um acontecimento singular que é cortado abruptamente por outra história que deixa tudo desconexo, incitando a curiosidade, quanto à falta de amarras para mostrar acontecimentos cruéis corriqueiramente. A crueldade em si cria o ambiente e adorna à sujeira dos pistoleiros mostrados. Já a narrativa cortada tem como obrigação mostrar o motivo real daquela primeira cena primeiramente sem sentido. E quando isso é feito, a empolgação é crescente e qualquer especulação fica pra depois. Isso é feito nos três volumes com maestria total.

Dito isso, Gatilho se encontra como um dos melhores quadrinhos que já li. Sou suspeito pra afirmar, já que amo este gênero? Talvez. Mas Gatilho não é só mais uma obra sobre tiros, poeira e mortes. É sobre as consequências do que esses três elementos podem fazer à alguém.

Henrico 13/02/2023

Um clássico moderno
Quadrinho muito bem escrito, com ótimas ilustrações, recomendo muito! Uma das melhores histórias do gênero.

Lisvaldo César 18/05/2023

A Trilogia que vale cada livro
Uma obra impar com histórias fenomenais...Um início impar, um final inesperado. Vale ter ...Valer ler ...Vale ver ...

Mateus 19/09/2021

Mistura de Red Dead Redemption com filmes antigos de faroest
Gostei demais da trilogia gatilho, principalmente essa versão da editora Pipoca e Nanquim. Além dessa versão ter o diferencial de acabamento gráfico, capa dura, o melhor vem quando você abre a primeira pagina, COLORIDO, agora temos a trilogia gatilho em cores, isso por si ja é sensacional, e eu nem falei da história. A história é absurda, o personagem principal é bem bad ass, uma especie de Clint Eastwood. A história é super bem contada, envolvente pra caramba e muito bem amarradinha, indico demaisss, e vale ler ouvindo a trilha sonora de ?the good, the bad and the ugly? encaixa perfeitamente.

Doug 26/04/2021

Excelente!
Sem dúvida uma obra prima que mereceria ser adaptado para cinema e outras mídias.

Guilherme.Monteiro 24/12/2021

Não é só uma baita homenagem ao faroeste spaghetti dos anos 60/70, mas consegue ser uma ótima jornada de vingança que vai se transformando em um estudo de natureza humana, sobre caminhos e heranças, representados de forma bastante áspera e visceral. A arte é uma explosão de beleza, principalmente pelos quadros panorâmicos desenhados por Pedro Mauro que é como se você estivesse vendo um filme de John Ford e Sergio Leone.

Gramatura Alta 12/04/2021

http://gramaturaalta.com.br/2021/04/12/gatilho/
As melhores histórias do velho oeste americano possuem um ponto em comum: todas possuem um protagonista misterioso, rápido no saque do revólver, que sofreu alguma perda traumática no passado, e que por conta disso, busca justiça na forma de vingança. Para ilustrar essa narrativa central, paisagens extensas, vazias, deslumbrantes, que refletem a solidão do personagem e de como era a vida das pessoas nesses locais, em uma época onde o mais forte, ou o mais bem armado, era a lei.

Descrever a complexidade desse cenário renderia uma tese de mestrado. Existem filmes e livros às centenas. Principalmente oriundos dos EUA, como é óbvio, mas também da Itália, de onde vieram diretores que elevaram as histórias do oeste americano a um patamar que muitos filmes modernos não chegam nem perto. Se você for ao Youtube e procurar por indicações das melhores obras desse gênero, encontrará histórias excelentes, que deixarão você ocupado por vários dias, se deseja assistir a todas.

No universo dos quadrinhos, o maior representante do gênero se chama TEX, personagem criado em 1948 e que tem edições publicadas até hoje, inclusive no Brasil, com bastante sucesso. Seguindo essa linha, dois criadores nacionais, Carlos Estefan (roteiro) e Pedro Mauro (arte), lançaram, em 2017, de forma independente, GATILHO, o primeiro volume de uma trilogia que se passa no velho oeste americano; em 2018, lançaram LEGADO, o segundo volume; e em 2019, REDENÇÃO, o último volume. Agora, em 2021, as três edições foram reunidas em um único volume, em capa dura, acabamento de luxo e totalmente colorido, com exceção de uma curta história extra que expande um acontecimento do primeiro volume.

GATILHO narra a história de três personagens, cada um deles como protagonista de uma edição (ou neste caso, de um capítulo), e de uma geração diferente, ou seja, em três tempos distintos e subsequentes, e todos eles sem um nome próprio. Começamos conhecendo o dono de um salão, aqueles bares onde todos da cidade se reúnem para beber, dançar e jogar pôquer, e que são palco de alguma tragédia. O homem é natural da Escócia, um imigrante, chefe de uma família, composta pela esposa e um filho. Quando alguns pistoleiros passam pela cidade, acontece uma matança, e esse homem perde tudo o que tem, menos o filho. Então, ele começa uma jornada para se vingar, segue por um caminho que o distancia do sinônimo de herói e afasta qualquer chance de ter o amor do filho.

Descrever os dois volumes seguintes, eu considero que iria estragar a sua leitura. Isso porque o segundo é o resultado das surpresas do primeiro, e o terceiro é o resultado das surpresas do segundo. O que posso dizer é que o primeiro capítulo compreende vários anos; que o segundo pega um determinado personagem sobrevivente do primeiro e segue por mais alguns anos; e o terceiro capítulo faz o mesmo com o terceiro personagem. Todos eles estão ligados por decisões controversas, que foram consequências de muito ódio, e que repercutem nas suas vidas de forma determinante. É como um ciclo que se repete a cada geração. O terceiro personagem parece seguir pelo mesmo caminho, mas algo sempre pode mudar.

A narrativa de Estefan é impactante em diversas frentes. Os personagens são profundos e é fácil compreender o ódio que sentem e a sequência de ações que tomam. Os capítulos (cada um dos volumes) são lineares, mas a narrativa dentro deles, não é. Eles começam no presente de cada um dos personagens, mas retrocedem sempre que precisam criar um suspense, aprofundar uma decisão, desvendar um segredo, ou deixar na dúvida sobre quem realmente é o personagem no presente e quem ele é no passado. É uma jogada brilhante que cria uma expectativa incrível sobre quem é quem, e qual a verdadeira justiça.

Já a arte de Mauro não fica em nada atrás da narrativa. Todos os enquadramentos, sejam eles extensos, como as paisagens, sejam em closes dos rostos dos personagens, são brilhantes. Toda a emoção, todo o ódio, todas as emoções, estão presentes e de fácil identificação. Os duelos, as lutas, os quadros com sombras, os posicionamentos, enfim, tudo lembra os melhores filmes do gênero, e correspondem à solidão e à brutalidade dessa época. A trilogia foi originalmente publicada em preto e branco, mas nesta edição, muito sabiamente, Mauro fez a colorização de todas as páginas, e o resultado elevou a obra a um outro patamar. O preto e branco é clássico e muitas vezes se torna parte da narrativa, mas não tem comparação quando as cores são usadas de forma competente. O resultado, quando comparado com a história extra que está sem cores, é magnífico.

GATILHO é uma obra-prima, finalmente numa edição condizente com a qualidade do conteúdo. A capa dura é em um papel poroso, que casa perfeitamente com o genero. O interior tem prefácios, textos dos autores, vários extras, tudo em papel de GRAMATURA ALTA. Uma edição primorosa, com uma história excelente, que você irá ler e depois reler diversas veses. Uma HQ que dignifica o gênero e que, ainda melhor, é nacional.

site: http://gramaturaalta.com.br/2021/04/12/gatilho/

Ricardo.Rincon 17/01/2022

Um novo clássico
Que quadrinho sensacional.
Eu adorei Trilogia Gatilho, não consigo nem escrever uma boa resenha, só quero elogiar esse quadrinho.
A edição da Pipoca e Nanquim é maravilhosa e isso é normal.

Luiz819 04/04/2021

O melhor do faroeste!
Vingança, justiça e ódio! Palavras que parecem distintas mas que muitas vezes são aplicadas como sinônimos. Carlos Estefan explora muito bem esse conceito dentro de uma narrativa envolvente e que explora as vicissitudes da vida num cenário de faroeste. A arte de Pedro Mauro não deixa por menos e consegue fazer você mergulhar na estória.
Também vale destacar o conceito do tempo explorado na obra. De fato, não há uma marcação de tempo entre os quadros e, de forma surpreende, a arte e a narrativa foram tão bem construídas, que você consegue ligar os pontos sem que o autor precise dizer muito. Assim, o conceito de passado, presente e futuro se misturam e criam um sensação de tempo cíclico que possui relação íntima com a narrativa.
É necessário enaltecer essa trabalho. Uma obra magnífica que faz muitos quadrinhos famosos contemporâneos parecerem brincadeiras de criança.

Diego Rodrigues 07/06/2023

"Quando menos se espera, podemos ter nos tornado os mesmos monstros que passamos a vida combatendo"
Fenômeno do quadrinho nacional, a trilogia Gatilho, publicada originalmente de forma independente entre 2017 e 2019, ganhou em 2021 uma edição definitiva pelas mãos da editora Pipoca & Nanquim, dessa vez em cores. A obra, pensada como uma homenagem aos filmes italianos de faroeste dos anos 60 e 70, os famosos westerns spaghetti, rapidamente ganhou o público brasileiro e chamou a atenção para um gênero tido, de forma bastante equivocada, como obsoleto. Com roteiro de Carlos Estefan e arte de Pedro Mauro, o quadrinho narra a busca de um pistoleiro sem nome por justiça. Uma história de vingança, marcada por sangue e violência, e que ecoa por diferentes gerações. Será alguém capaz de dar um basta nesse ciclo de ódio sem fim?

Como homenagem aos clássicos de faroeste, a obra funciona de forma magistral. A arte de Pedro Mauro dispensa comentários. Com seu traço "sujo" e cores poeirentas, o artista consegue nos transportar facilmente para os cenários áridos que estávamos acostumados a ver nas telas. E o sombrio roteiro de Carlos Estefan não fica atrás. Mesclando momentos de tensão e drama, a narrativa, repleta de reviravoltas e traições, é dotada de um ritmo veloz, sempre nos deixando com aquela ânsia de saber logo que acontecerá na próxima virada de página. Não vou entrar muito em detalhes a respeito do enredo, pois esse é o tipo de quadrinho que faz o leitor vibrar a cada revelação, sendo mais indicado embarcar na leitura sabendo o mínimo possível.

Bang bang, perseguições à cavalo, autoridades corruptas, tribos selvagens, batalhas em cima de um trem em movimento e o clássico protagonista anti-herói, enfim, todos os elementos que compõem um bom e velho western estão aqui. Em alguns momentos a dupla até abusa um pouquinho dos clichês, confesso, mas não poderia ser de outra forma, já que a proposta da HQ é justamente prestar uma homenagem. Mas a trilogia não se resume a isso. É também uma história de forte cunho psicológico e que vai tratar a forma como lidamos com eventos traumáticos, principalmente dentro do círculo familiar. Por conta disso, é um quadrinho que poderá agradar até mesmo aqueles que não sejam amantes do gênero. E para os fãs de western, é um prato cheio! Minha recomendação final é: apenas vá sem grandes expectativas e ciente da proposta dos autores.

Além dos volumes "Gatilho", "Legado" e "Redenção", a edição da PN traz uma história inédita em preto e branco, intitulada "A Última Carta", prefácio exclusivo do italiano Gianfranco Manfredi e textos dos autores acerca do processo criativo. Além, é claro, do acabamento de luxo que já é de praxe da editora. Realmente uma edição definitiva pra ninguém botar defeito, como uma obra desse calibre merece.

site: https://discolivro.blogspot.com/

Edu Hernandes 11/04/2021

A qualidade dos quadrinhos é incrível, colorido, bem feito. A primeira história da trilogia é um pouco confusa na fixação dos personagens, mas depois desenrola bem.