Pança de burro

Pança de burro Andrea Abreu
Andrea Abreu




Resenhas - Panza de burro


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Bruna 08/06/2022

Livro arrebatador
Este livro me arrebatou por completo. Acompanhamos a história central da amizade de Isora e Shit, que foi apelidada dessa maneira pela própria Isora, e que narra o livro.
Mas o livro vai muito além disso. A história transgride qualquer convenção linguística de escrita, o que garante sentimentos vívidos e situações das quais nos identificamos, como a perda de inocência e a transgressão para a vida adolescente.

Não consigo listar em quantas partes essa amizade me lembrou a de Lila e Lenu, da tetralogia napolitana de Elena Ferrante. A relação ambígua, os sentimentos à flor da pela, a fusão de personalidades que se emaranham dentro da narradora, a Shit, me remeteram em vários momentos à amizade das meninas italianas.

Em suma, é um livro arrebatador e viciante. Foi muito interessante, complexo e intenso acompanhar algumas fases dessa amizade tão forte.
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Joanne.G.P. 05/06/2022

Amizade, descobertas e muitos sentimentos
Que livro! Perfeito para ser lido em um dia, intenso, real, marcante. Amei cada minuto com as meninas.
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Aegla.Benevides 04/06/2022

Seria injusto dizer que esse livro descreve apenas a amizade entre duas meninas crescendo nas Ilhas Canárias. Também seria igualmente injusto resumi-lo em um único sentimento, um único pensamento, uma única sensação. A verdade é que Andrea Abreu chega ao âmago de uma pré-adolescência caótica, pela qual todos nós já passamos, de forma surpreendentemente fácil, segura e verossímil, como se ali estivesse escrevendo mesmo um diário.

Ao longo das páginas, a instável e curiosa narradora, apelidada de Shit, garante boas risadas e sentimentos controversos a nós, leitores, com descrições marotas do relacionamento cotidiano com Isora, sua melhor amiga. Um dos pontos que mais me chamou atenção foi a descoberta da sexualidade, com esfrega-esfregas, secreções corporais e conversas danadas trocadas no chat do ?Méssinger? ? sim, os estrangeirismos são levados ao pé da letra pelas mãos da autora.

Mas nem só de uma linguagem real e sem filtro se constrói essa pequena grande história. Aqui, os sentimentos são tão crus e tão ácidos ? além dos opostos que surgem: o amor e o ódio, a inveja e a empatia, o ?querer bem? e ?querer longe? ? que convocam o leitor a reflexões inesperadas no meio de uma risada. Também as passagens sobre o clima e, sobretudo, sobre as nuvens e seu formato no céu, conferem ao enredo um tom cinza, pluvial, como se à espera de acontecimentos ruins.

A autora não peca na ambientação da cidade, com descrições cômicas e ousadas sobre os moradores, que também fazem parte da construção desse enredo singelo, mas potente - para quem se encanta por tramas desse tipo, outros bons livros dos quais lembrei ao encarar ?Pança de burro? foram ?A casa na Rua Mango?, de Sandra Cisneros, e ?se deus me chamar não vou?, de Mariana Salomão Carrara. Por fim, pra fechar com chave de ouro à la Andrea Abreu, o final dessa história não poderia ser diferente: é marcante como Shit e Isora nos fizeram esperar.
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Lahdutra 22/05/2022

original
Livro cutinho sobre a intensidade da amizade na infância, descoberta sexual e perda da inocência.
Muito divertido, às vezes deprimente, meio nojento, muitas vezes incômodo, e super original!

Eu teria apreciado mais sobre as personagens em torno das famílias das meninas e da comunidade, mas no geral foi uma leitura muito boa. Amei!
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Anderson 22/05/2022

Este livro consegue captar nossa atenção desde o início por sua proposta de linguagem deslocada do que vemos tradicionalmente. Sem um drama específico a ser resolvido, vamos devorando as páginas e acompanhando a história de amizade entre duas pré-adolescentes e os meandros dessa relação.
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mimperatriz 18/05/2022

Pança de burro
Pança de Burro é o primeiro romance de Andrea Abreu publicado em mais de vinte países. Foi eleito o melhor livro de estreia pelo Festival de Chambéry e vencedor do prêmio Dulce Chacón.

No início da leitura tive impressões dúbias sobre o livro - em algumas passagens pensei ?que personagens e história incríveis? e em outras pensei ?sério??.

No decorrer da leitura essas impressões se mantiveram, mas não de forma negativa, pelo contrário!

A história se passa nas Ilhas Canárias, em uma cidadela ?nublada? aos pés de um vulcão. Mostra a amizade de duas meninas e com ela toda a fragilidade, mas também a força, as descobertas e as certezas, o amor e a raiva, o desejo e o desinteresse, a felicidade e o desapontamento, a tradição e a tecnologia, a brutalidade e a modernidade.

Essa ambiguidade nas emoções - dos personagens e do leitor - é visceral! Não consegui parar de ler o livro em busca do próximo sentimento e a leitura se tornou realmente deliciosa.

E essa ambivalência também é reflexo da complexidade existente nas amizades de meninas, o que Andrea desnuda de forma mágica no decorrer do livro.

Nesse ponto, e ressalvadas todas as muitas diferenças, lembrei um pouco de Amiga Genial, de Elena Ferrante, que também revela os muitos lados de uma amizade de meninas.

É um livro leve, mas também forte. Muito forte! É um livro alegre, mas também triste. É um livro que traz um bem-estar, mas também um certo desconforto.

Fui impactada por Pança de Burro - durante e pós leitura. Aliás, deixar um espaço para que o leitor assimile os sentimentos e pense na história por um bom tempo é genial.

Recomendo!
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Matheus656 13/05/2022

?pança de burro?, de andrea abreu.

sucesso de crítica e com mais de 70 mil exemplares vendidos na espanha, ?pança de burro? é uma história vulcânica da amizade entre duas adolescentes nas ilhas canárias durante os anos 2000.

é um texto que é pequeno apenas em extensão, porque em qualidade, emoção e, acima de tudo, em honestidade, ele é enorme. a narrativa é sobre o cotidiano de duas amigas, sobre os seus passeios no verão, as suas brincadeiras e ilusões que, por vezes, contrastam extraordinariamente com as suas realidades, e sobre a descoberta das grandes e das pequenas coisas da vida.

as protagonistas, que são amigas muito singulares e inseparáveis, se encontram ??na transição entre o fim da infância e o início da adolescência, incluindo nesse combo todos os seus despertares e transformações.

de uma forma antagônica, a autora conta dramas muito profundos com um senso de humor único e eletrizante, nos levando ao laço do dialeto e dos costumes da região pelas mãos das duas meninas.

o texto me lembrou durante muitos momentos o livro ?a amiga genial?, primeiro volume da tetralogia napolitana, série de quatro partes da autora italiana pseudônima elena ferrante. em ambas as histórias, acompanhamos a infância e início da adolescência das protagonistas, a vida difícil em suas respectivas regiões, o assédio dos garotos e dos homens, e o desejo que nutrem de sair daquela cidade em busca de um horizonte mais confortável.

brutal.

andrea abreu nos deu um curto, mas tão intenso pedaço de vida. adorei!
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