Bia @biaeseuslivros 02/05/20225⭐️/5⭐️O emocionante relato de uma vítima de abuso sexual que decide denunciar o seu agressor e depois de alguns anos carregando sua dor no anonimato, Chanel decide deixar “Emily Doe” para trás e decide dar um rosto e um nome à sua história. Chanel nos traz para o seu lugar mais íntimo e permite que enxerguemos a sua dor através de sua escrita, num relato honesto, sensível e cru. Ela mostra que o sofrimento vai muito além do ato em si, acompanhamos suas noites perdidas, suas inseguranças, choros e crises de ansiedade; o sensacionalismo da mídia, os comentários maldosos e seu julgamento com todos os inconvenientes, desde as mudanças de datas, até as tentativas da defesa de destruir sua personalidade, sua história, sua imagem.
É um livro sobre coragem e sobre sobreviver e aprender com sua própria dor. É impossível não se emocionar, sentir raiva do sistema judicial e compaixão por todas as vítimas de abusos. Esse livro é mais do que uma história é uma lição de vida e deveria ser lido por todos, principalmente para os que lidam diretamente com vítimas - como juízes, policiais, investigadores, advogados, enfermeiros, médicos…
“Incentivo vocês a se sentarem naquele jardim, mas, quando fizerem isso, fechem os olhos, porque vou contar sobre o verdadeiro jardim, o lugar sagrado. A cerca de trinta metros de onde vocês estiverem sentados há um lugar onde os joelhos de Brock atingiram a terra, onde os suecos o derrubaram no chão, gritando: Que merda você está fazendo? Você acha que isso é aceitável? Ponham as palavras deles em uma placa. Marquem aquele lugar porque, em minha mente, ergui um monumento ali. O lugar a ser lembrado não é onde fui estuprada, mas onde ele caiu, onde fui salva, onde dois homens declararam pare, chega, aqui não, agora não, nunca.”
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