O Evangelho de Barrabás

O Evangelho de Barrabás José Roberto Torero
Marcus Aurelius Pimenta




Resenhas - O Evangelho de Barrabás


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Rafael.Dardes 24/11/2021

Devorável
Devorei cada sílaba de maneira voraz.
A trajetória de Barrabás, o personagem principal, carrega fortemente esse caráter - voracidade.
E é assim que você, leitor, se sente o tempo todo enquanto ziguezagueia pelos episódios estapafúrdios da vida de Barrabás e seus companheiros.
Me senti deliciosamente herege a cada capítulo. Há uma certa volúpia que envolve a figura de Barrabás na construção da narrativa, que te seduz e envolve, mesmo você sabendo que tudo aquilo não passa de enganação. Pura calhordice. Mas ainda assim, você se sente querendo sempre mais.
É uma leitura rápida e extremamente fluida, carregada de uma extensa pesquisa.
Extremamente admirável.
Um dos livros que mais gostei de ler esse ano.
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regifreitas 23/04/2015

Uma releitura satírica e, sobretudo, picaresca sobre um dos personagens bíblicos menos conhecidos. O livro é repleto de tiradas de humor e a forma como os autores conduziram o enredo, sempre buscando um paralelo com a figura de Cristo, é realmente muito interessante e divertida. Sem contar que o texto é muito bom também, muito bem escrito e conduzido. Correspondeu ao seu objetivo de ser uma leitura mais leve, de entretenimento, por isso as quatro estrelas.
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FelipeLMalheiro 28/02/2011

Li, ri e aprendi – “O Evangelho de Barrabás”


A origem da vida não tem explicação;

A fé e a religião, que tentam explicar o inexplicável, têm explicação.

O uso da metáfora a que recorrem a fé e a religião tem justificação e explicação;

Acreditar nos fatos que compõem a metáfora tem explicação;

A intenção de impor a crença em todos os fatos que compõem todas as metáforas, e não no produto delas, a quem logicamente questioná-las, tiro no pé dado costumeiramente por muitas religiões, não tem explicação.

O Evangelho de Barrabás (Ed. Objetiva, 2009) é, em todos os tempos, o mais fiel e verdadeiro relato fictício do que realmente teria ocorrido, além do que consta na Bíblia, com esse personagem, protagonista de nada de muito até as maiúsculas descobertas empreendidas por José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta. Os autores-arqueólogos dão vida à tortuosa caminhada desse bandoleiro, larápio sanguíneo (até demais), piedoso e apaixonado, que, acompanhado de asseclas-discípulos-companheiros-de-circo, em verdade (ou quase) teria talvez deixado mensagens que, ouvidas com o merecido cuidado, cortam a carne das gentes crentes e descrentes com menos compaixão que a mais afiada das adagas. As mesmas adagas que, desde aqueles tempos messiânicos, conduzem pelos caminhos da morte muitos dos que, por dizer a verdade indesejada, de maneira incompreendida festejam a vida.

No decorrer da narrativa, os nem tão sacros Torero e Pimenta, “ateus não praticantes”, pela sutileza com que apedrejam, fazem lembrar de “A Vida de Brian”, de Monty Python, e, para arrastar o leitor ainda mais próximo ao chão da poeirenta Judeia, expressam-se com a suntuosa verve das Sagradas Escrituras. Tudo isso enquanto descrevem a saga de Barrabás, um filho de Genesaré, moldado pelos rigores da barbárie que reinava por aquelas plagas lá pelo ano Zero, desencaminhado por opção, fermentado pelo assassínio imbecil de seus pais pelos romanos, e movido pelo amor verdadeiro a uma historicamente conhecida Maria Magdalena, que foi sempre a causa de suas mais extremas experiências – de nascer de novo a ser uma real criança, de tornar-se homem a ser o mais engenhoso dos pilhantes, de verter-se em habilíssimo profeta da ironia, cativando legiões de seguidores, a deslizar em tábua havaiana, de curar as multidões a ter seu destino selado por elas.

“Barrabás!!”, exclamava meu avô materno, quando me via comer mais de 3 pratos cheios em um almoço, ou quando chegávamos em casa, meu irmão e eu, após surfar das duas da tarde até as nove horas da noite preta. Interjeição cheia de alegria, espécie de prolongamento do gauchesco “bah!”, tomo-a emprestada agora para qualificar meu sentimento ao finalizar a (primeira) leitura desta bela e divertida obra, que faz tudo, menos duvidar do que não se pode conhecer.


http://felipelonghimalheiro.com/2010/11/15/li-ri-e-aprendi-o-evangelho-de-barrabas/
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