Ray.Cass 07/05/2024Esse livro foi diferente do que eu esperava, embora eu não saiba dizer exatamente o que eu esperava desse livro.
A história é contada do ponto de vista de uma AA, Amiga Artificial, uma espécie de robô com inteligência artificial, cuja percepção do mundo é algo bem único. Seu nome é Klara e ela é adquirida para ser amiga de Josie, que tem uma doença que nunca é explicada. Muitas coisas não são explicadas no livro, e isso tem potencial de ser bastante frustrante, mas não foi para mim.
O que me chamou atenção foi a ideia de uma inteligência artificial desenvolver o que só posso definir como fé. Sendo eu uma pessoa pouco religiosa, isso acabou me intrigando mais do que imaginaria. Klara tinha fé em uma entidade, no caso o Sol, acreditava que se cumprisse uma missão, o convenceria a curar Josie. Ao mesmo em que achava fofo de uma maneira ingênua, também me peguei torcendo para que ela estivesse certa, porque o plano da Mãe certamente não daria certo e nem consigo imaginar como alguém pensou que isso era uma boa ideia a ser considerada.
Por último, fiquei genuinamente frustrada com o final de Klara. Eu sabia que ela teria o seu ?lento desvanecer?, mas a maneira como Josie parece não se importar que talvez esteja se despedindo de Klara pela última vez me fez desgostar tanto dela, e olha que eu já não gostava muito dela, embora até então não tenha tido nenhum motivo em particular para isso. No final, para Josie, Klara era só uma coisa, um brinquedo, que perdeu a importância quando ela cresceu.