Annalisa 15/05/2022A Ordem
Oi Dan Brown! Você vem sempre aqui? Está um pouco diferente, ein? Cortou o cabelo? Arrumou a barba?...
Para mim foi impossível realizar a leitura de A Ordem sem fazer todas as ligações e conexões possíveis com os livros de Dan Brown, tudo e absolutamente tudo faz referência aos livros dele.
Uma intriga envolvendo religião e política? Confere! Um escândalo no Vaticano? Confere!
Um papa assassinado? Confere! Um livro religioso perdido e que vai revelar altas histórias e acabar com a religião como a conhecemos? Confere! Um estudioso/professor/artista capaz de desvendar tudo isso? Confere! Um segredo escondido e que precisa ser revelado? Confere! Pouco tempo para resolver tudo isso? Confere! Uma seita secreta por trás de tudo isso, envolvendo história e guerra? Confere também!
Esta tudo aí, só basta ler.
Não conhecia o Daniel Silva, foi o primeiro livro que li dele, e definitivamente esse não é o meu tipo de leitura. Não que o livro ou a escrita dele sejam ruim, na verdade longe disso, o livro é realmente muito bem escrito e construído, tudo visando prender o leitor na trama e ir aos poucos desvendando os mistérios. Ele escreve com tanto detalhes os lugares reais da Itália, que em determinado momento fica até um pouco difícil tentar descobrir o que é real e o que é invenção dele. Maaaaas, da mesma forma que li e não curti os livros do Dan Brown, Daniel Silva só realmente me confirmou que meu eu-leitor não funciona para esse tipo de escrita, eu perco o interesse, as coisas não fluem e não sinto vontade nenhuma de desvendar o mistério, eu só vou lendo e empurrando tudo até o fim.
Gabriel Allon é o típico Tom Cruise nos filmes de ação e investigação, bonito, poderoso, ágil, inteligente, macho dominante e que sabe fazer qualquer coisa (atirar, pilotar, correr, dirigir, só falta voar) e tem o apoio de uma equipe maravilhosa pronta para ajudar a resolver qualquer situação. E como personagem principal, tudo no final sempre vai dar certo para ele. Só que nada no livro me "surpreendeu", tudo foi sendo conduzido de uma forma que a gente consegue ir adivinhando o que vai acontecer, por exemplo, a escolha do novo papa, absurdamente óbvio como as cosias foram resolvidas.
Enfim, deve ser um livro excelente para quem curte esse tipo de construção de roteiro, pra mim é um simples OK.