Sobre a terra somos belos por um instante

Sobre a terra somos belos por um instante Ocean Vuong




Resenhas - Sobre a Terra Somos Belos por um Instante


338 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


hobbitusille 22/05/2024

Um livro tão triste quanto ele é bonito
Não sei nem o que dizer sobre esse livro. a escrita do autor é maravilhosa, poética, fluida, cativante. muito muito muito boa. mas nossa, como ela machuca.

é um livro que vai demorar pra eu conseguir processar e digerir tudo. mas eu super recomendo ele demais. talvez não seja pra todo mundo, e talvez nem todo mundo consiga ler, mas eu super indicaria pra qualquer um.
comentários(0)comente



Alisson5h 22/05/2024

....
É, pela primeira vez demorei pra trazer a resenha de um livro porque eu estava absorvendo oque li. Esse livro tem passagens muito fortes e boa, bem escrito, poético. Lirismo legal de pensar ! A história destes personagens e como a guerra deixa marcas e cicatrizes profundas no ser humano, o relacionamento entre duas pessoas que se amam, mas em parte una delas se nega a ser vulnerável a outra. Esse livro é muito bom. Eu só não favoritei porque ele me deixou confuso em uns 2 capítulos (cronologicamente falando), mas, de resto é IMPECÁVEL. Indico muito.
comentários(0)comente



Beatriz 20/05/2024

?Estou pensando na liberdade novamente, em como o bezerro é mais livre quando a jaula se abre e ele é levado para o caminhão para o abate. Toda liberdade é relativa - você sabe muito bem - e às vezes nem é liberdade, mas simplesmente uma jaula que aumenta de tamanho e se afasta de você, as barras abstraídas com a distância, mas ainda lá, como quando "libertam" animais selvagens em reservas naturais só para mantê-los novamente dentro de limites mais amplos. Mas eu aceitei, de qualquer modo, aquela ampliação. Porque às vezes não ver as barras basta.?
comentários(0)comente



Mc Brendinha Carvalhão 11/05/2024

Lindo
Dilacerante, se há uma palavra para resumir esse livro realmente é: belo. Uma história que me deixou com o coração apertadinho várias vezes e que escrita envolvente.
comentários(0)comente



Mandark 09/05/2024

Poético em sua totalidade...
Esse livro me tocou desde as primeiras linhas. Sua escrita poética e feita como carta para uma mãe para quem essas palavras escritas não fariam sentido, demonstra uma dor e uma necessidade de contar, de expressar... Tudo que preenche o coração desse narrador que teve tanta dificuldade de ser e se encaixar nesse mundo tão doloroso. Um livro para realmente levar para a vida. São tantos trechos marcantes que quase acabei com os adesivos que uso pra marcar meus livros, rs.
comentários(0)comente



claris 05/05/2024

Confesso que em alguns momentos me peguei meio cansada da narrativa do livro, no início foi difícil compreender as idas e vindas na linha do tempo. No entanto, é uma leitura crua, sensível e verdadeira, que aborda assuntos duros de encarar. Preconceito, o sofrimento de pessoas vindas de países acometidos por guerras sofridas e as marcas que isso deixa nesses indivíduos.
Um garoto tentando se encontrar e se aceitar para fora de caixinhas que lhe foram impostas. A necessidade de ser visto. Uma história muito triste e delicada.
comentários(0)comente



Bcvc 05/05/2024

Esperava mais
Gostei bastante do começo, mas deu muito trabalho pra terminar esse livro, por mais que ele seja curto. Não sei, não conectei com a história.
comentários(0)comente



ipetolost 26/04/2024

Eu também tenho medo
Essa leitura me permitiu desbravar novos sentimentos e sensações e, talvez, medos que nunca tivesse experimentado. me deparei com o medo da lembrança e da memória, medo de que a saudade seja maior que a própria lembrança e isso me assombrou, mas foi bom, como tudo que o ocean escreveu nessa obra. recentemente me peguei me imaginando como um búfalo à beira do precipício e ao lado, uma placa de pare, ainda tenho pensando, são tantos sentimentos novos que me perco nas palavras, queria escreve tanto, mas não consigo. sem me estender mais do que já fiz, gostaria de dizer que minha vontade de mudar vai ser maior que meu medo de viver.
alilith 26/04/2024minha estante
??????????




Lara2235 25/04/2024

Dolorosamente bonito
Apesar do livro ser pequeno ele é bem denso e trata de assuntos ?pesados? mas muito importantes e nem tanto falados. O narrador escreve em forma de carta para sua mãe, diversas fases de sua vida e problemas como ser um imigrante, ser LGBT em uma família rígida, uso de drogas e do uso indiscriminado de opioides, entre outros. Além disso, fala muito sobre traumas relacionados a guerras e sobre como todos são afetados por elas. Os textos são muito bonitos e poéticos, o narrador usa muitas metáforas e mistura histórias que as vezes não fazem sentido juntas mas que trazem uma reflexão no final. Apesar da leitura difícil, é um livro muito bonito, principalmente as partes sobre o relacionamento com a avó. Me tirou da zona de conforto e valeu a pena.
comentários(0)comente



Ariadne 14/04/2024

Eu gosto muito de livros com linguagem poética (como o título do livro já denuncia aqui de antemão que vai ocorrer) mas nessa história achei que em vários momentos soava tudo muito chato. A relação quebrada entre mãe e filho é mega interessante, mas o vai e vem na linha do tempo, somada a escrita que já comentei, quebrava muito o rimo da história. Além do mais, o livro é curto, mas eu senti que ele poderia facilmente perder umas 30 páginas.

site: https://www.instagram.com/acervodari/
comentários(0)comente



Andreia Santana 02/04/2024

Sobre a delicadeza e a força das cartas
O poeta vietnamita-americano Ocean Vuong faz sua estreia na prosa arranhando fundo a pele do leitor que avança pelas delicadas e dolorosas páginas de Sobre a terra somos belos por um instante. Só esse título já é carregado de grande melancolia e beleza.

O livro é uma longa carta que o personagem principal, Cachorrinho, escreve para sua mãe, que não consegue ler ou escrever em inglês. O apelido do protagonista se deve a um fator cultural da aldeia da avó, no Vietnã. Pela crença local, chamar uma criança com nomes de animais ou objetos inanimados é uma forma de desviar os maus espíritos para que não carreguem as suas vidas.

Cachorrinho imigra para os Estados Unidos ainda criança, ao lado da mãe, Rose, e da avó, Lan, uma mulher que enlouqueceu de dor por conta dos traumas da guerra do Vietnã. Os trechos do livro em que ele reconta as lembranças da avó estão entre as passagens mais áridas dessa leitura que arrasa e, na mesma medida, aquece a alma.

A mãe do garoto também é uma mulher profundamente ferida, sofria violência doméstica, é solitária e aculturada por ter perdido o solo de origem e não ser aceita no de adoção. A carta que ele escreve para ela é uma forma do homem adulto se reconciliar com a sua infância passada em meio à precariedade material e ao abuso afetivo.

Rose também não domina o inglês falado e, por anos, é o filho quem traduz para ela o que os 'americanos' dizem. Ainda muito novo, ele aprende a mentir nas traduções para poupar a mãe das humilhações impostas pelos brancos. Ainda assim, nem sempre a estratégia dá certo e ele precisa confortar Rose, virando o pai, enquanto ela, infantilizada pela ignorância e embrutecida pela necessidade, é a filha desamparada.

Na carta, Cachorrinho, o alter ego do autor, passa a limpo a infância, a relação com a família, o processo de imigração e adaptação ao novo país e à nova cultura, os episódios de racismo e xenofobia sofridos e a descoberta de sua homossexualidade.

O jovem narrador conta à mãe sobre seu primeiro namorado, ainda na adolescência, quando ele vai trabalhar em uma plantação de tabaco, escondido da família, para ajudar nas despesas de casa. A mãe era manicure e passava horas curvada cuidando dos pés brancos das 'americanas' em um subemprego que não lhe pagava salário ou benefícios, ela apenas recebia as gorjetas das clientes. Cachorrinho e a avó tinham de fazer massagens na musculatura enrijecida de Rose todas as noites.

Trevor, o namorado de adolescência de Cachorrinho, um típico filho da classe trabalhadora pobre americana [white trash, como são pejorativamente chamados pelos mais abastados], também cresceu com um pai abusivo depois que a mãe abandonou a família. Ao quebrar o tornozelo, anos antes de conhecer o namorado vietnamita, ele foi tratado com oxicodona, opiáceo que pode causar forte dependência. O remédio, inclusive, está por trás da crise dos opiáceos vivida há alguns anos nos Estados Unidos. Prescrita de forma indiscriminada por médicos sem responsabilidade nenhuma, o medicamento acabou desencadeando uma onda de pessoas viciadas em drogas pesadas.

E, de fato, Trevor se torna usuário de heroína, droga que Cachorrinho nunca tem coragem de experimentar, embora ceda ao uso de outras. O rapaz branco, por ter crescido em meio aos abusos e aos estereótipos da masculinidade tóxica, vive um relacionamento complicado com o protagonista, permeado por forte tensão sexual e social, pincelada com um racismo estrutural inconsciente. Ainda assim, essa primeira experiência marcou fundo o filho de Rose e ele exorciza a memória dessa relação ao relatar para a mãe os detalhes do envolvimento dos dois.

Sobre a Terra somos belos por um instante não é um livro feliz, são raríssimas as passagens mais leves da trama, mas é um livro que, apesar de toda a crueza da história, não é escrito de forma áspera, Vuong arranha fundo a pele do leitor, mas com uma sutileza comovente. Sua história desperta enternecimento, empatia e uma imensa capacidade de compreensão e afeto pelos personagens, que são muito carismáticos, apesar de todas as suas contradições.

Ficha Técnica:
Sobre a Terra somos belos por um instante
Autor: Ocean Vuong
Tradutor: Rogério W. Galindo
Editora: Rocco, 2021
224 páginas
R$ 47,17 (livro físico, Amazon) ou para assinantes do Kindle Unlimited (R$ 19,90/mês)

***************

*Livro lido para o desafio #50livrosate50anos, brincadeira que criei para comemorar meu aniversário. Em abril de 2024 eu faço 50 anos. A ideia é ler 50 livros até lá e, se possível, resenhar ou fazer algum breve comentário aqui no blog e no Instagram, sobre cada um deles. Sobre a Terra somos belos por um instante é o livro 31 do desafio. No total, até agora, 37 foram lidos, tem 13 na fila de leitura e seis dos lidos aguardam postagem

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
comentários(0)comente



Isa409 31/03/2024

Um retrato brutal e cruel da discriminação racial, guerra, desigualdade social e da violência. Confesso que muitos capítulos foram difíceis de ler, era tanta tristeza que achei que não ia dar conta de terminar.
O livro é muito bem escrito, me senti vivendo na pele dos personagens.
Terminei comovida com a capacidade do "cachorrinho" de entender todo o contexto que as pessoas a sua volta passavam e ter empatia por elas.
Adorei a leitura!!
comentários(0)comente



Jussara 30/03/2024

Demorei pra digerir a história, tirar toda aquela linguagem poética (achei exacerbada), e perceber a beleza por baixo dessa maquiagem toda.
Enfim, gostei da história, achei muito bonita principalmente o relacionamento dele com a avó, mas também foi uma leitura muito arrastada, na minha opinião foi por causa desse excesso de linguagem poética, que cansa.
comentários(0)comente



Giovana 29/03/2024

Só de ler a sinopse já me dá vontade de reler esse livro. Fui ver todas as citações que eu marquei durante a leitura (e são muitas) e só consigo pensar em como esse livro é sensível. Como ele trata de tantos temas, todos tão importantes. Como ele traz reflexões tão bonitas e ao mesmo tempo tão cruéis.

A relação do protagonista com a família é algo muito singular. Não é perfeito, longe disso, mas é real. O modo como ele se conecta com as pessoas e com o mundo e a visão que ele traz é algo difícil de ver, mas é tão importante.

O único ponto que me distanciou dessa leitura foi que muitas passagens se tornaram confusas pra mim, e o fato de estar perdida me impedia um pouco de apreciar o que estava acontecendo. Ele mistura sonhos e divagações com passado e com o presente e por vezes é poético mas por outras foi apenas confuso.

Não é uma leitura fácil, mas é uma leitura boa.

site: https://www.instagram.com/p/C2U52mpLHvY/?img_index=1
comentários(0)comente



jujuwithbooks0 25/03/2024

Quebrar o coração em pedaços para reconstruí-lo na mesma página.
Esse foi o sentimento mais constante que eu tive durante essa leitura, que foi uma das mais dolorosas e lindas que eu já fiz até hoje.

"Sobre a terra somos belos por um instante" é uma carta de um filho para sua mãe são poucos os detalhes que a gente tem sobre a vida atual dos dois já que o foco é no passado que eles viveram entre traumas de guerra, infância e a descoberta durante a adolescência de um imigrante vietnamita nos Estados Unidos.

O que mais posso elogiar nessa narrativa é a maneira que ela foi escrita, de um jeito tão cru e sincero sobre as coisas que fazem qualquer pessoa duvidar se existe humanidade na gente quando somos feitos de situações dilaceradoras.

É difícil falar sobre o poder dessa carta de um filho já que por muitas vezes fechei o livro com lágrimas nos olhos, tive que inclusive começar um livro bem mais leve e clichê pra aguentar o tranco. Se colocar no lugar do personagem principal nessa conversa com uma mãe que nunca vai ler essa carta foi uma das grandes experiências literárias que eu já tive.

Fui completamente levada por essa história que debate tantos problemas sociais que os personagens envoltos dessas relações com o mundo só podem se fazer uma pergunta: qual é o meu lugar no mundo?

Queria que existisse um termo que eu pudesse designar a dor e a beleza que foi ler as palavras escritas nas páginas desse livro. Eu recomendo ele muito, mas pra quem tem estômago, já que espero ter conseguido deixar claro que não foi uma experiência somente linda mas também dolorosa.

Esse virou um dos meus livros preferidos pela poesia que carrega nas palavras que são impregnadas de sentimentos que muitas vezes elas podem traduzir – ou não.
comentários(0)comente



338 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR