Karlos.Pinho 29/12/2021
Como doem os olhos na primeira vez que enxergamos a luz... #2
Atenção aos spoilers!
Partindo do momento mais doloroso até aqui, Rafael se pega muito mais atingido pelos sentimentos que nutre por Sebastian do que poderia imaginar. Como se sentiria ao ver a pessoa que você deseja ardentemente beijando ou flertando com outra pessoa na sua frente? Torturado? Digamos que sim, por essa razão Rafael usa sua palavra de segurança, aquela mesma que ele emprega quando a dominação e a dor no momento do prazer supera todo e qualquer limite.
Ao ouvir isso, Sebastian se dá conta do quanto ele está cravado fundo no peito do seu floquinho de neve islandês... E a partir daqui, o moço mais decidido e confiante que já conheci, inicia uma batalha, interna e externa para vencer nã só os próprios limites, mas os de uma pessoa insegura, amedrontada e complexada, que é Rafael.
Como muitas das jaulas nas quais nos aprisionam estão dentro de nós? Rafael começa a se sentir cada dia pior. Sua dor pelo que sente, o medo de seus sentimentos e as palavras que ele teme dizer, tudo se transforma em uma tortura. Ao mesmo tempo em que ele vivencia o momento mais lindo e marcante de toda a sua vida. Aquele momento onde o mundo inteiro para, e só existe você e o dono(a) do seu coração. O jovem de cabelos platinados vai para o paraíso e de lá não quer sair nunca mais. Mas, como uma boa história não pode deixar de ter, paraísos foram feitos para que sejamos expulsos dele. E Rafael, o anjo de olhos azuis do jovem Sebastian, despenca do céu ao inferno. Teria chance de se recuperar? Só saberíamos no último livro.