Aline Michele 22/05/2023
Serve para rir
Uma pessoa que trabalha comigo, havia dito que o filme Através da Minha Janela era muito bom e era profundo. Aí eu resolvi ler o livro, porque se o filme é bom o livro deve ser melhor.
Bom, gosto e gosto né? Cada um tem o seu, mas esse livro não é bom e acredito que o filme seja pior, (nem vou me dar ao trabalho de assistir, já que me dei o trabalho de ler) e fico me perguntando por que fez tanto sucesso.
A história é bem estapafúrdia e várias vezes eu me perguntei sobre as incoerências que ela apresentava. A sinopse é a seguinte: Raquel é apaixonada pelo seu vizinho Ares desde que se conhece por gente e uma vez ela o pega usando sua internet (roubando nas entrelinhas) e o confronta, a partir daí os dois começam a conversar e acabam se envolvendo.
Roubar a internet alheia é uma prática comum no Brasil, quem nunca teve um vizinho que usou a sua rede até você perceber e trocar a senha do Wi-Fi? Mas, o vizinho de Raquel é rico. Por que um vizinho rico iria roubar a internet de sua vizinha? Não que ricos não roubem, mas a desculpa aqui era que eles estavam com problema e até resolver eles iam usar a dela. Haha internet móvel serve para que ou não tem no EUA? E que problema é esse que não se resolve em poucas horas?
Fora que eu não entendo ela ser vizinha dele, sendo que ela fala várias vezes que ela é pobre, o que faz uma pobre morando ao lado de gente tão rica? Mas tem outras coisas que não entendo também, por exemplo: Não entendo quem cuidava do cachorro quando ela dormia fora e a mãe estava trabalhando. Não entendo ela falar que o quarto era pequeno e no capítulo seguinte ser de tamanho médio. Não entendo a forma como ela dizia que trabalhava no McDonald’s e fazia o que queria durante o expediente. Bom, não entendi várias coisas.
Uma das piores para mim, forem ter enfiado uma tentativa de suicídio no meio. Eu sei, e todo mundo sabe, que suicídio é coisa séria e que na maioria das vezes os sinais estão lá e a gente não vê ou a gente é pega de surpresa e vai passar o resto da vida tentando achar o que poderia ter feito para evitar, enfim, mas aqui eu achei bem aleatório, tipo do nada mesmo e do mesmo jeito que surge, some.
O motivo da família não querer que um filho curse medicina, também é bem ridículo. O motivo dele, Ares, ser meio problemático também me passou desapercebido. Várias vezes as pessoas falam que ele passou por muita coisa, mas ninguém me contou que coisas eram essas.
Outra coisa que eu fiquei pensando é em como os personagens bebem, eu fiquei de ressaca do tanto que li que eles beberam. E estou aqui, até agora, tentando entender qual a graça de beber até passar mal.
Duas coisas que eu gostei e tenho que falar aqui, a autora escreve bem, com alguma ressalvas claro, mas a leitura, apesar de alguns absurdos, é fluida e não tem palavras de baixo calão. Gente tem várias cenas de sexo, mas muitas mesmo, mas não tem palavras de baixo calão! Não é fantástico? Eu fiquei maravilhada, porque eu já li alguns livros que nossa, era cada linguajar que eu lendo sozinha, ficava com vergonha.
A história tem continuação, porque o deus grego do Ares tem dois irmãos e cada um vai ter o seu livro, que eu não vou ler, obviamente. Mas quem quiser dar risada, pode ler este aqui. São tantos absurdos que não tem o que fazer a não ser rir.