Resista, Não Faça Nada

Resista, Não Faça Nada Jenny Odell




Resenhas - Resista, Não Faça Nada


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Paulo 02/12/2023

Não faça nada, inclusive não leia este livro
Embora raramente leia livros de auto-ajuda, eu embarquei na leitura desta obra esperando o de sempre neste tipo de livro escrito por americanos: a narrativa de casos reais, o contraste desses casos com a experiência do autor e, por fim, a elaboração de algumas dicas gerais para o leitor aplicar em sua vida.
A autora, porém, não seguiu essa consagrada fórmula. Ela procura apresentar alguns casos reais, algumas experiências que aconteceram com ela, mas sem concatenar essas ideias de uma forma mais costurada.
Logo na introdução, ela deixa claro que não se trata de mais um livro de autoajuda, mas de um ativismo disfarçado de autoajuda. E aí usa alguns clichês contra os quais se volta - Donald Trump, neoliberalismo, capitalismo - em favor de uma perspectiva social e ecológica…
Veja a concepção de “eu” da autora: “defendo uma visão do self e da identidade que é o oposto da marca pessoal: uma coisa instável e mutante determinada pelas interações com outros e com diferentes tipos de lugares”. Ao invés da construção sólida de uma personalidade, penso que a autora defende que devemos ser “marias vai com as outras”.
Mas a obra tem alguns pontos de destaque, como o conceito de biorregionalismo: devemos prestar mais atenção no meio ambiente e nos vizinhos do local em que vivemos.
A autora ensina que a luta contra a indústria da atenção - em especial as redes sociais - não consiste simplesmente em se desconectar, mas em mudar a atenção para o meio ambiente ao nosso redor, nossos antepassados e nossa cultura.
No final, ela propõe uma solução chamada “correção manifesta”, que eu não entendi muito bem. Dentre os exemplos citados por ela, está a retirada do nome de um padre católico de um prédio universitário, devido a seu envolvimento com a escravidão e o genocídio indígena na Califôrnia no século 19. Ora, isso para mim é simples revisionismo histórico.
Para não dizer que não aproveitei absolutamente nada, gostei da narrativa da autora sobre suas atividades de birdwatching.
Mas não se iluda. Melhor seguir o conselho do título e não ler este livro.
comentários(0)comente



Bárbara 08/02/2023

Uma perspectiva bem diferente sobre a indústria da atenção
Como a própria autora coloca no último capítulo, "um dos principais argumentos deste livro ? a forma como pensamento e diálogo dependem de tempo e espaço físicos ? é explicar como a política da tecnologia está intimamente ligada às políticas ambientais e de espaços públicos".

O livro fala bastante de políticas ambientais. Confesso que, nesses momentos, a leitura chegou a ficar bem enfadonha pra mim. Mas entendi que a autora propõe não apenas um distanciamento das redes sociais por si só, mas a busca pela conexão com a natureza e o espaço público como forma de efetivar uma real mudança no sistema. É uma perspectiva interessante.
comentários(0)comente



Fernanda.Lopes 28/11/2022

Necessário
O livro tem um olhar muito sensível sobre o tema da indústria da atenção. Longe de oferecer uma resposta simplista, a autora propõe reflexões sobre como nós podemos resistir no lugar onde estamos.

Recomendo!
comentários(0)comente



Michele Alberton 09/08/2022

Mais poético e reflexivo do que imaginava...
Acho que eu esperava encontrar várias dicas sobre o que fazer e o que evitar para não ter minha atenção desviada, mas o que eu entendi foi: não faça nada, apenas exista com seu entorno. E talvez seja essa a grande mensagem que eu captei do livro: apenas viva com um pouco mais de contemplação e calma, então o “não fazer nada” será fazer muito. Enfim, eu achei o livro mais poético (ou algo do tipo) do que prático, e gostei bastante disso!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Jessica 26/07/2021

Parece autoajuda barata, mas não é!
Discute como as empresas (especialmente as de redes sociais) têm capturado e lucrado com nossa atenção. A autora parte do ponto de vista micro, o da própria experiência, para refletir o impacto disto no macro (socialmente), e sua proposta de solução vai muito além do "saia do Facebook e vá ler um livro". Baseada em autores importantíssimos como Walter Benjamin, Gilles Deleuze, Hannah Arendt e Audre Lorde, sua argumentação não é um mero achismo. A capa e o título não são exatamente correspondentes com o conteúdo, passando uma imagem mais de autoajuda (individual) do que de uma reforma social, como defende a autora. Leitura fluida, apesar do conteúdo denso. E cheguel ao final meio cansada, apesar da leitura fluida. Infelizmente, esta edição tem vários errinhos de revisão.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



7 encontrados | exibindo 1 a 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR