Cris 20/07/2021Paris, guerra e romance"E o que está conseguindo com isso é um meio-termo. Em grande parte, a vida é isto, infelizmente. Ou, talvez, felizmente. O mundo não é preto e branco. É uma paisagem cinzenta e cheia de sombras." Pág. 36
O livro nos conta a história de Charlotte, uma francesa que vivia em Paris durante a Segunda Guerra Mundial.
Charlotte e sua filha Vivi - na época, uma recém nascida, conseguiram sobreviver à Guerra nos terríveis anos de ocupação nazista na França.
Mas a que custo conseguiram chegar vivas ao fim desta Guerra? As consequências para a vida destas duas mulheres, nós vemos nos capítulos que mostram as duas morando nos EUA, dez anos após o fim da Guerra.
Gente, este livro tem um pano de fundo histórico sobre um dos períodos mais tenebrosos da humanidade, que foi a Segunda Guerra. Eu nunca me canso de ler histórias que se passam nesta época, mas se você acha que este livro é "mais do mesmo" vai se surpreender.
Em primeiro lugar, eu nunca tinha lido nada sobre a perspectiva francesa da história. E fiquei bem impressionada com os acontecimentos na França, e também curiosa pra ler mais sobre esta parte da história.
Também preciso destacar aqui um ponto importante que a autora destaca no livro sobre como as mulheres eram vistas e tratadas durante e após a Guerra e nos faz questionar o que faríamos se estivéssemos no lugar da Charlotte.
O livro também fala muito sobre maternidade, segredos, perdão, pré-julgamentos e a culpa que sentem os que sobrevivem a eventos traumáticos. E é um livro que fala muito sobre... livros! Já que se passa em uma livraria na França e em uma Editora nos EUA.
Achei a escrita da autora muito agradável, fiquei imersa na história. Ela não apela para o sentimentalismo apesar do teor dramático da história. Os personagens são bem humanos com suas imperfeições, e mesmo assim, senti muita empatia por eles.
"Mas então, com tudo o que anda acontecendo, com a luta constante pela sobrevivência, descobre que cada vez menos consegue se lembrar de como as coisas costumavam ser." Pág. 96
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