Ensinando literatura com comparações

Ensinando literatura com comparações Milton L. Torres




Resenhas -


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Ana 08/07/2022

Excelente porta de entrada para estudos literários.
Esse livro publicado em 2020 é o resultado de pesquisas em filosofia e
História da educação. (AGOPE), associado ao mestrado profissional em educação e à licenciatura em letras do centro universitário Adventista de São Paulo. Tem o objetivo de tornar o ensino e a aprendizagem de literatura mais acessível, prazerosa e eficiente. Esse projeto de pesquisa foi concebido e conduzido por Milton L. Torres, autor principal com diversas colaborações de jovens pesquisadores da área de literatura e letras.
Usa se como instrumento pedagógico aqui a literatura comparada.
Segundo Carvalhal a literatura comparada é "Um ramo da literatura que serve em seu sentido mais estrito, para designar uma investigação literária cujo objetivo é comparar duas ou mais obras literárias, examinando a cultura e o contexto histórico de um determinado texto e seu escritor, em relação com outros textos, contextos e escritores."
A comparação é uma excelente ferramenta de estudo, pois possibilita evidenciar o que duas ou mais obras tem em comum, o que elas tem de diferentes, quais são as influências de cada, quais são as características da época que cada uma foi escrita e como cada uma impactou e influenciou outras produções literárias.
No caso deste livro. É analisado 3 obras. Uma da literatura clássica, uma bíblica e uma portuguesa. Tbm são utilizadas obras inglesas e Estadunidenses.
O viés é o topos. Ou seja, lugar. Esse lugar pode ser um lugar específico, Um lugar em geral ou um lugar mental, os estados psicológicos das personagens.
Neste livro optou se a definição de topoi, ou seja, plural de topos a seguinte definição:
"Formas de estruturar argumentos como raciocínio analógico a partir de uma base provável. Um topos provê um contexto geral para uma discussão, uma moldura para os argumentos, mais do que um conjunto de regras, padrões ou axiomas."
Mas não apenas isso. Tbm é analisado as construções das personagens, suas semelhanças, diferenças e o contexto histórico delas.
A literatura comparada é um uma área muito vasta e permite ao pesquisador trilhar muitos caminhos. É possível comparar diversas obras por diferentes prismas. A literatura comparada realmente tem grande importância na formação do pensamento crítico.
Aqui temos comparações de histórias de apedrejamento, histórias de reflexo no espelho, de histórias de dilúvio, histórias de aparições, histórias da modernização dos Deuses, histórias de criação e erro, histórias de lágrimas enxugadas com os cabelos, histórias de loucura, histórias de glossogênese, histórias de paixão não correspondidas, histórias de matricídio.
As obras utilizadas são diversas.
Temos a Bíblia, Homero, Ésquilo, Estesícoro, Eurípedes, Aristofánes, Hesíodo, Apolodoro, Ovídio, Machado de Assis, entre outros.
É uma excelente porta de entrada para os estudos literários.
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Thauany 16/04/2022

Literatura comparada é tudo
Na minha opinião a literatura comparada é uma das principais formas de entendermos o fenômeno que é a escrita, é extremamente esclarecedor observar como os clássicos influenciam a literatura contemporânea e principalmente como a bíblia e a mitologia grega são bases até hoje.
No livro em questão, só alguns capítulos que devido meu gosto pessoal não consegui apreciar os temas, mas ao todo super vale a pena a leitura.
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Leituras e Reflexões 23/08/2021

Gostei! Bem válido.
Eu amo ler, mas sempre tive uma dificuldade tremenda em gostar da disciplina da literatura rsrs sim, acredite! Apesar de minhas notas serem as melhores.
Mas aí eu sempre soube que eu gostava desse ?lance de intertextualidade?. Gosto mesmo! E esse livro é sobre isso do começo ao fim ? traçando paralelos, analisando, contrapondo, buscando semelhanças etc.
Cada capítulo analisa um topos (algo comum em determinadas obras), e se vale de histórias bíblicas, clássicos da idade antiga, clássicos mais modernos. Bem válido.
Exceto o capítulo em que os autores usam Nietzsche ????? Aí avacalhou tudo kkkkk
O único ponto não tão proveitoso é que os relatos bíblicos são tratados como ?mera literatura?, mas aí é compreensível. O homem espiritual discerne as coisas espirituais. O homem natural não.

Indico para estudantes de Letras.
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