Crítica da faculdade de julgar (Pensamento Humano)

Crítica da faculdade de julgar (Pensamento Humano) Immanuel Kant




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Marcos606 06/05/2023

Um dos mais originais e instrutivos de todos os escritos de Kant, não estava previsto em sua concepção original da filosofia crítica. Assim, talvez seja melhor considerá-lo como uma série de apêndices às outras duas Críticas. A obra divide-se em duas partes principais, denominadas respectivamente Crítica do Juízo Estético e Crítica do Juízo Teleológico. Na primeira delas, após uma introdução em que discutiu a “conformidade lógica”, analisou a noção de “conformidade estética” em juízos que atribuem beleza a algo. Tal julgamento, segundo ele, ao contrário de uma mera expressão de gosto, reivindica validade geral, mas não pode ser considerado cognitivo porque se baseia no sentimento, não no argumento. A explicação reside no fato de que, quando uma pessoa contempla um objeto e o acha belo, existe uma certa harmonia entre sua imaginação e seu entendimento, da qual ela percebe pelo prazer imediato que sente no objeto. A imaginação apreende o objeto e, no entanto, não se restringe a nenhum conceito definido, ao passo que uma pessoa imputa aos outros o deleite que sente porque brota do livre jogo de suas faculdades cognitivas, que são as mesmas em todos os seres humanos.

Na segunda parte, Kant passou a considerar a teleologia na natureza como ela é colocada pela existência em corpos orgânicos de coisas das quais as partes são reciprocamente meios e fins umas para as outras. Ao lidar com esses corpos, não se pode contentar com princípios meramente mecânicos. No entanto, se o mecanismo for abandonado e a noção de um propósito ou fim da natureza for tomada literalmente, isso parece implicar que as coisas às quais ele se aplica devem ser obra de algum projetista sobrenatural, mas isso significaria uma passagem do sensível ao supra sensível, passo que a primeira Crítica provou ser impossível. Kant respondeu a essa objeção admitindo que a linguagem teleológica não pode ser evitada ao levar em consideração os fenômenos naturais, mas deve ser entendida como significando apenas que os organismos devem ser pensados ​​“como se” fossem o produto de um projeto, e isso não é de forma alguma o mesmo que dizer que são produzidos deliberadamente.
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