Resenhas - Notas sobre o luto

anna 04/06/2024

Não existe uma forma de avaliar este livro, porque como você pode avaliar a forma como alguém expressa a dor de perder um pai ou alguém que ama .Então irei te dizer que a escrita da autora é profunda, amorosa e respeitosa. Cada capítulo é curto. Às vezes ,é uma lembrança do pai, outras um sentimento em particular de um momento de dor. São trechos de segundos no tempo, conversas, retrospectivas. O último capítulo é uma frase. Uma frase que se resume tanto em tristeza. Este é um companheiro de luto. A autora não está aqui para guiá-lo ou ajudá-lo são puramente suas anotações sobre a dor de perder seu pai, e é lindo e triste de ser lido.

wasabi 01/06/2024

Notas sobre o luto
Chimamanda conseguiu trazer sua experiência com o luto de seu pai em uma leitura muito impactante e sensível. Sua escrita nos convida a enxergar o luto com outro olhar.

Mayra.Matteo 27/05/2024

Triste e bonito. Foi reconfortante ter lido este livro passando pelo luto por uma pessoa amada, identificando sentimentos semelhantes, sendo acolhida pelo acolhimento que ela busca pra si mesma.

Isadora1839 21/05/2024

Necessário
Que conforto espetacular este livro me causou. que escrita espetacular, profunda e de fácil identificação.

hadba_reads 21/05/2024

Entendendo o luto
O que me motivou a ler esse livro foram basicamente duas coisas: (i) queria começar a ler os livros da Chimamanda; e (ii) tento ler livros sobre luto para entender o meu próprio processo de luto. E digo com tranquilidade que não me decepcionei com esse livro.
A escrita da autora é muito fluída e muito tranquila de entender. Ao mesmo tempo, ela consegue transmitir, de forma profunda, todos os seus sentimentos nesse processo de luto. Várias coisas que eu senti no meu processo de luto foram verbalizados pela autora, o que me fez me sentir muito acolhida.
Recomendo demais o livro e estou ansiosa para ler mais coisas da Chimamanda.

Dine (Lendo com Dine) 21/05/2024

No momento certo
Falar sobre a perda nunca é fácil. Mas saber que não estamos sozinhos com esse sentimento traz conforto ao nosso coração

Wynny0 20/05/2024

O luto é denso, opressivo, uma coisa opaca.
Notas sobre o luto é um livro de relato da própria Chimamanda ao perder o seu pai em 2020.

apesar de curto, o livro é de uma sensibilidade notável. Chimamanda escreve sobre a dor do luto, a dor de perder alguém tão amado e como é a vida a partir disso.

confesso que me vi em muitas palavras da autora, pois assim como ela, eu sofri ? e sofro ? a dor de perder um pai. assim como é citado, a gente a vive no constante receio de esquecer os momentos singulares, revisitamos as memórias dolorosas, caímos na realidade do "nunca mais" e, de certa forma, em meio a dor, temos o coração aquecido por ter amado aquela pessoa.

Chimamanda, eu entendo sua loucura se revelar por isso, afinal, o pior aconteceu. no processo de luto, por mais subjetivo que seja, exalamos uma loucura em forma de amor por aquele que se foi. a perda é opressiva, é dolorosa e pesada.

de fato o luto deve ser vivido, mas é inegável o quão difícil é ter que vivê-lo.

livro curto, mas de grande impacto. todas as palavras encheram meu coração. chorei, chorei e chorei.

"O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os pêsames podem ser rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras." p. 9

hyril 09/05/2024

Luto sem véu
Chimamanda veio pra rasgar o véu que muita gente coloca em cima do luto, inclusive nós mesmos quando passamos por isso. a tendência de aceitar que "foi melhor assim" é uma ilusão e um hábito que não faz sentido, porque no fundo não é assim que a gente, que fica, se sente. a dor não melhora com o tempo, a raiva por não entender por que teve de ser assim, a revolta por ser obrigado a ouvir uma porção de conforto que absolutamente não conforta ninguém! nada, nenhum pensamento, ninguém abafa essa chama que queima dentro da gente. nunca mais eles estarão aqui, nunca. nunca. a autora escreve muito bem, é um livro curto, com capítulos muito breves - algo que eu amo -, então a leitura é fluida e rápida, mas extremamente tocante! é um conforto no sentido de identificação, se você já perdeu alguém tão próximo, alguém que era uma das suas pessoas favoritas no mundo. também tem o interessante detalhe descrito sobre a cultura nigeriana, vale a pena! li "americanah" e lembro que não amei, ainda que muito bacana, mas quero ler mais obras da autora.

Kaique.Lima 08/05/2024

Triste, mas um abraço
Cheguei a esse livro depois de pesquisar sobre luto no YouTube ? alguém deu uma dica.
No dia 25/04 deste ano perdi meu avô, por quem fui criado até os meus 15 anos.
Foi um dos dias mais tristes da minha vida. As sensações que infelizmente experimentei foram as piores de todas.
O livro de Chimamanda consegue descrever muito de tudo o que passei.
Consegui me identificar. Me senti abraçado, não sei. Chorei enquanto lia.
E vi que não sou o único que passou (e está passando) por isso. Talvez isso tenha me feito fazer um pouco as pazes com o caminhar da vida.

Espero muito que todos que cheguem ao livro façam isso sem necessidade de perda (Podem dizer passagem para outro plano, mas pra mim ainda é perda).


Te amo, meu vovô

Mc Brendinha Carvalhão 02/05/2024

Não sei muito o que dizer, é tocante o livro e desolador perder alguém que se ama. Lembrei muito de meu avô enquanto lia. Infelizmente o luto não tem fim, não tem data de validade, a gente só aprende a seguir com a vida, alguns dias são melhores que outros, às vezes veem umas lembranças que fazem a gente sorrir, às vezes estamos só vivendo (independentemente de quanto tempo depois) e bate "do nada" uma tristeza, a saudade que fica pra sempre.

Bianca2515 26/04/2024

Palavras mais que necessárias para dar um acalanto e identificação com os sentimentos que permeiam o luto, cada camada mais profunda que vamos acessando com o passar do tempo, dando consciência a dores para permitir que seja transmutada e curada. Não é fácil, cada luto é único e não cabe julgamentos. É você com você mesma nesse processo de transformação de sentimentos e pensamentos e redescoberta de um novo eu e o reaprender a viver.

Igorclxt 23/04/2024

O luto é uma forma cruel de aprendizado.
Minha avó, que me embalou nos braços e era a única pessoa que se importava verdadeiramente comigo, faleceu no começo desse mês. Apesar do quadro clínico dela, após um AVC em fevereiro, nunca apresentar algum progresso minimamente relevante ou indicar um fiozinho que seja de esperança, a gente ainda tenta seguir em frente e pensar positivo, acreditar até em milagres. Exatamente às 1h da madrugada resolvi, inquieto, sair para caminhar pelas ruas desertas do meu bairro. Pela manhã, a notícia veio da minha mãe, chorosa: "O hospital ligou. Sua avó faleceu às 01:30." Agi com dureza, como se já esperasse, porque no fundo eu já esperava mesmo, mas no fundo eu também buscava não pensar tanto como uma forma de evitar ou atrasar o inevitável. Enquanto esperávamos no hospital para resolver as burocracias da coisa, senti (como tantas vezes antes) que aquela minha "calma" era apenas momentânea, que em algum momento a barreira iria se romper e de mim sairia uma avalanche de raiva, negação, culpa e, principalmente, dor.

Comprei esse e outro livro enquanto estava no hospital esperando pelo atestado de óbito. Comprei várias coisas: algumas úteis e outras inúteis. Queria ocupar minha cabeça, assim como o venho fazendo ao máximo desde então. Escrevo este desabafo em uma madrugada vazia e solitária na casa onde a presença da minha avó está em cada cantinho, em cada mínimo detalhe, mesmo com sua ausência. A cama dela está vazia. A cômoda, com as roupas cuidadosamente dobradas, ainda está no mesmo lugar. O potinho que ela sempre enchia de doces e vinha me dar, agora está vazio. Para sempre. E eu não sei mais onde me encontro nessa nova realidade. Há pouco mais de uma semana, após uma crise, comecei um tratamento: agora estou sempre medicado, sempre dormindo também. Os remédios me impedem de chorar e sofrer muito, me impedem de agonizar, mas não fazem desaparecer a pavorosa sensação de que uma parte de mim foi arrancada para sempre.

Sinto-me incompleto.

No mais, este livro é, de fato, um relato muito potente sobre o luto, sobre a dor da perda e sobre a dificuldade em saber lidar com ela. Me identifiquei em muitos trechos e agradeço por ter conhecido a escrita da Chimamanda, que agora me convida a conhecer mais e mais de sua obra.

"Como é possível o mundo seguir adiante, inspirar e expirar de modo idêntico, enquanto dentro da minha alma tudo se desintegrou de forma permanente?"

glwrix 21/04/2024

Um relato potente e honesto sobre o luto.

por muito tempo, restringi meu luto ao castelo da minha imaginação. ser encontrada por narrativas como essa, que acolhem e abrem caminhos para a identificação, é sensacional.

a escrita da chimamanda é encantadora por si só. aqui, ela coloca verdade e afeto em cada palavra, tornando a leitura um abraço para todos aqueles que já conheceram o luto.

TatiFranca 21/04/2024

Retrato fiel do luto ?
Comecei este livro duas semanas após perder meu pai. foi ao mesmo tempo um alívio pela identificação e uma dor profunda pelos sentimentos colocados em palavras de forma tão intensa e significativa. lindo! ?

Rodrigo Leão 20/04/2024

Incrível
Um livro que me fez chorar! Desbloqueou lembranças que eu estava guardando. Enfim recomendo demais para todos que tem alguém que já se foi....