Resenhas - Apatia Escarlate

Ana 12/06/2021

Começo com um ? fiquei triste demais,adorei?
Eu não sei exatamente por onde começar, eu adorei, de verdade e muito.
No começo eu tive alguns problemas em entender o porque de algumas ações dos personagens, mas no fim eu aceitei meus questionamentos.
Me fez questionar pela primeira vez, se realmente ser imortal é algo tão legal sim, por que faz sentido, em algum momento as coisas vão se matar de tédio. E eu nunca tinha parado pra pensar sobre isso.
Gostei muito das referências de vampiro e a própria forma de abordagem deles, e principalmente de seus dons.
Gostei muito das personagens em poucas páginas eu pude criar um carinho por eles.
Leria mais dessa história, e da autora num geral.
É muito louco ler histórias que se passam no Brasil, eu fico muito feliz de história serem criadas e lidas nesse país, achei ?divertido? as referências a pandemia e as reclamações do Nicholas sobre as pessoas (concordo com você cara)
Fiquei triste com o final porque eu realmente me apeguei e queria que desse certo aos dois, mas eu também não sei se seria tão bom se fosse diferente.
Foi um ótimo achado e uma ótima companhia nessa última hora.
Leiam.

Sâmya Mesquita 19/05/2021

VOCÊ GOSTARIA DE SER IMORTAL?
APATIA ESCARLATE é o conto de estreia da Becky Cunha. O livro conta a história de Beatriz, uma menina que já estava desistindo da vida quando é transformada pelo vampiro Nicholas.

Preciso dizer, primeiramente, que esse livro pode causar gatilho por conter narração sobre uma cena de suicídio. PRA MIM, embora o tema seja sensível, não me trouxe problemas. Mas fica a cargo de você, leitor.

Beatriz é o reflexo de muitos de nós. Parece que vivemos apenas para existir, apáticos. Nicholas não é muito diferente: ele tem os anos da imortalidade nas costas, mas o vazio da eternidade é bem semelhante. Tanto que, devido a isso, quis para si a companhia da menina que não tinha medo de morrer.

O conto todo tem um tom analítico do eu-lírico, bem parecido com o que Clarice Linspector faz. Mas a melancolia lembra a voz de Bukowski. Mas não estou dizendo que o conto não é original: o narrador tem uma voz dele, tão perceptível como se também fosse um personagem. Também posso destacar a constatação no livro de que Nicholas, como homem negro, não teve muitas opções de vida na época em que foi transformado; o choque dessa realidade racista bate de frente com as experiências de Beatriz, lembrando um pouco do enredo de Kindred, da Octavia Butler.

Os vampiros são conhecidos pelos humanos, nessa realidade. Mas, como crítica social, poucos parecem se importar com as mortes. Além disso, o conto se passa em Fortaleza, inicialmente, e explora pontos, culturas e ideologias que nos são tão próximas.

Você pode achar que o conto é mais uma narrativa de vampiros romantizados, mas não existe glamour aqui. O vazio da eternidade é quase paupável e pouco prazer é obtido dessa existência. E só por esse incômodo, sentido durante toda a leitura, vale a pena ler a obra.

NOTA: 5/5
RECOMENDO? SIM.

site: https://www.instagram.com/p/CPEk3UhlEub/

Sarah587 17/05/2021

História Envolvente
História envolvente e cativante, eu poderia ter lido 500 páginas sobre e com certeza amaria. Conto se passa no nordeste do Brasil e com fundo pandêmico, diferente de alguns contos, esse é bem escrito e com final amarrado, dando aquela sensação de que teve um final merecido e que algo diferente não caberia ali.

Poderia ler mais sobre Beatriz e Nicholas, mas fico aguardando ansiosamente para mais contos e livro da escritora.

Zé 10/05/2021

adorei
Uma discussão muito boa sobre vida e morte. A cidade de Fortaleza se torna um encanto para uma aventura de vampiros no meio da pandemia de covid-19.
Leitura rápida, envolvente e muito fluida.