O Auto da Barca do Inferno

O Auto da Barca do Inferno Gil Vicente




Resenhas - O Auto da Barca do Inferno


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Maria19642 22/04/2024

Gil
Reler o Auto da barca do inferno é voltar ao meu ensino médio e relembrar diversas risadas que tive ao ler a obra de Gil Vicente, o que me deixa absolutamente contente, mesmo que essa releitura seja obrigatória para um seminário da faculdade. Rindo, mas com respeito, de todos os personagens que passaram por lá, também posso tomar lições teológicas ao ver que, mesmo antigamente, as obras também eram vistas como a principal testemunha da fé de alguém.
Para finalizar, sinalizo que tomei nota de todos os personagens que foram para o inferno ou para o céu, mas, é claro, com fins acadêmicos.
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Davi 05/04/2024

Não estava entendo muito a forma da escrita do livro, pois é bem antiga, então procurei um áudio no YouTube, encontrei e foi muito bom, o canal se chama AudioCult Podcasts.

Existe um barco com o diabo e um com o anjo, vão vários tipos de pessoas que vão a esses dois, como um padre, judeu, sapateiro, etc. Logo eles são confrontados com seus pecados e o diabo não perde a oportunidade de jogar tudo na cara, de forma bem humorada a história segue. Alguns tentam ir direto ao anjo, mas logo são rebatidos com os argumentos de seus pecados e voltam ao diabo, que é pra onde a grande maioria vai.
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Evelliny Glauce 25/07/2022

Ok...
Li essa peça para a escola. Gosto muito da proposta, mas em dado momento o texto fica meio "repetitivo", sinto que faltou alguma coisa. Não me prendeu tanto, mas como é um texto curto isso não foi um grande obstáculo, foi divertido, mas diga-se de passagem que a cena do purgatório em "O auto da compadecida" é muito melhor.
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Ma Helena 12/07/2022

Sobre o Auto da Barca do Inferno...
Ok, esse é um dos clássicos.

O Auto da Barca do Inferno foi uma alegoria escrita em 1517, por Gil Vicente.

Na obra, as pessoas mortas podem embarcar em dois lugares: a barca do céu e a barca do inferno. Para onde cada uma vai é definido conforme suas atitudes em vida.

Bom, mais católico impossível, certo? Mas Gil Vicente foi realmente brilhante em não só julgar os atos bons ou ruins das pessoas, mas também colocar em evidência os pecados das pessoas da alta sociedade da época.

Enfim, eu adoro a peça. Vale a pena. Talvez a leitura nem tanto, porque a linguagem é arcaica e difícil, mas o teatro é incrível.
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Isamlcc0 30/04/2022

Um clássico né, não tenho muito que falar só que me senti orgulhosa de ter entendido a maioria da história, pq tinha vez que não parecia português não viukkkkkk
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Amanda 11/06/2021

Reanálise da obra
Leitura obrigatória no ensino médio da minha época, li, ri, mas a fundo não entendi - até rimei kkkkk - e, o que faltou Amanda, para você dizer que não entendeu?

Contextualização. É falta de contextualização - creio eu - um dos principais fatores para desencorajar o interesse dos alunos nas escolas. O jovem é pragmático, não quer ler/estudar/aprender sobre algo que - de seu limitado ponto de vista - não tem qualquer relação com a vida que ele vive ou com a sociedade na qual ele está inserido. Pra que aprender fórmula, nunca vou usar isso, pra que estudar história, a vida de quem já morreu e assim vai? Acontece que (pelo menos no caso da história - já que até hj não entendo a função dos catetos da hipotenusa? rs ) a crítica de Gil Vicente ainda espelha muito da sociedade atual.

Assim, bastava que dissessem que o autor escreveu a obra para a corte Portuguesa e, utilizando-se do humor, da sátira, mascarada através de personagens caricatos, traçou uma crítica à sociedade da época.

Observemos que nem o nobre, nem o ganancioso nem os representantes hipócritas da igreja e da justiça entraram na barca pra o céu.

Assim, a obra se passa no cais, onde os personagens estão a ponto de embarcar à barca do céu ou à do inferno.

A primeira pessoa que por ali passa é um fidalgo - alguém de posses - e quando tenta entrar na barca do céu afirma - Sou fidalgo de solar, é bem que me recolhais - mas tem seu acesso negado com a seguinte
frase - Não se embarca tirania neste batel divinal. - ou seja, subentende-se que um nobre senhor de terras tem a exploração do povo em conta, certo? (Peguemos a sutil crítica do autor à nobreza da época)

O segundo passageiro é um onzeneiro - uma espécie de agiota (era profissão na época) - logo, ambicioso, avarento - a quem o diabo ironiza - Ora mui muito m'espanto nom vos livrar o dinheiro!.. - leia-se: se o dinheiro tudo compra, pq você morreu?

O terceiro personagem é o parvo - que segundo o dicionário é o indivíduo de pouca inteligência - e quem de menos que nós, o povo iludido, que trabalha, paga impostos e sonha com melhores condições para representa o parvo? Kkkkkkk Pois o anjo lhe diz - Tu passarás, se quiseres; porque em todos teus fazeres per malícia nom erraste.
Tua simpleza t'abaste para gozar dos prazeres.

O próximo passageiro à barca do inferno é o sapateiro - rimei mais uma vez, estou contagiada! Kkkkkkk- e este representa a classe trabalhadora e católica, mas é também trambiqueiro, pois enganava os clientes e infiel e faceiro - não consigo parar de rimar! Rs ou seja, o retrato do belo hipócrita? - enfim, o diálogo entre ele e o Diabo é, de fato, muito engraçado (fiz de novo kkkkk) e destaco: Quantas missas eu ouvi, nom me hão elas de prestar? Diabo ? Ouvir missa, então roubar, é caminho per'aqui.

Bem, o seguinte passageiro nem precisa de explicação, né? O frade representa a igreja católica, que desvirtuou seus princípios por conta de interesses próprios. A ele, o diabo diz: Para onde levais gente?
Diabo ? Para aquele fogo ardente que nom temestes vivendo.

Após ele, uma alcoviteira - prostituta da época - quando questionada pelo Diabo o que leva, responde: Que é o que havês d'embarcar?
Brízida ? Seiscentos virgos postiços e três arcas de feitiços que nom podem mais
levar. - Ou seja, enganou muito homens e prostituiu muitas mulheres, além de supostamente ser uma feiticeira? recusa-se a embarcar ao inferno, alegando que fora muito torturada durante a vida e por acreditar que todos possuem pecados como os seus, mas ao fim, sucumbe ao seu destino.

O próximo personagem, o Judeu, tenta comprar sua entrada no barco do Diabo! - Judeu: Passai-me por meu dinheiro. - E o Diabo se NEGA! O parvo ainda descreve as tradições católicas que o Judeu teria desrespeitado.

O próximo é o corregedor, seguido do procurador - representantes da justiça, são condenados ao inferno por manipular a justiça em benefício próprio.

Em seguida, vem o enforcado, que afirma que seus pecados devem ser perdoados: fui bem-aventurado em morrer
dependurado como o tordo na buiz, e diz que os feitos que eu fiz me fazem canonizado. - mas, como ele morreu enforcado justamente para espiar seus pecados, teve que se contentar com a barca infernal.

Por derradeiro, vêm 4 cavalheiros, que teriam morrido em poder dos mouros - turcos - na guerra pela reconquista da península, logo, o anjo os convida à barca do céu, por terem morrido defendendo o cristianismo (em detrimento do islamismo, religião dos mouros)

Assim, vemos nos personagens que embarcam ao inferno características comuns de apego à vida terrena (todos carregam objetos, que representam seu apego à vida material, enquanto que os que entram no céu são cristãos e puros. O mundo ironizado pelo autor é dividido, literalmente, entre o bem o e o mal, o bom e o ruim e, logo, o céu e o inferno e, apesar de fazer uma crítica à sociedade da época, também um viés católico, de crítica aos que não seguem a religião.
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