Casa de alvenaria

Casa de alvenaria Carolina Maria de Jesus




Resenhas - Casa de alvenaria


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Biblioteca Álvaro Guerra 01/08/2023

O primeiro lançamento dos diários de Carolina Maria de Jesus registra os meses em que a escritora morou em Osasco (SP), em 1960 com introdução de Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535930696
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Portela 24/07/2023

"A França tem Sastre. Nos, temos a Carolina!"
Casa de Alvenaria é a continuação direta de Quarto de Despejo - Diário de Uma Favelada da brilhante Carolina Maria de Jesus.

Diferente do primeiro livro, esse é um pouco menos feito por vontade própria. Como o diário foi um sucesso de vendas o editor pediu que Carolina continuasse a escrever sobre sua rotina, mesmo que ela quisesse escrever outras coisas. Inclusive esse é uma das queixas constantes dela.

É incrível ver como a vida da autora mudou drasticamente. Agora ela tem uma casa, dinheiro e comida pra criar seus filhos. Inclusive, ela viaja em vários momentos do relato e ganhou bastante reconhecimento, uma trajetória muito legal de se acompanhar.

Como sempre, Carolina faz comentários muito certeiros e críticos, sempre muito sensata. Eu simplesmente amo a forma dela de escrever, por ela ser muito poética. Não pretendo ler o volume 2 de Casa de Alvenaria porque são muitas páginas e confesso que estava achando esse volume 1 um pouco repetitivo. Agora vou focar em ler seus poemas.

Recomendo apenas pra quem tem curiosidade de saber o desfecho de Quarto de Despejo, até porque acredito que o primeiro seja melhor e mais profundo que o segundo.
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MarciaCannecchia 23/07/2023

Eu amo Carolina Maria de Jesus
Adoro livro em forma de diário.
Mais uma vez, Carolina Maria de Jesus me emocionou e me deixou intrigada.
Mesmo famosa, a vida de Carolina não foi fácil. Os filhos deixados em casa (sozinhos) para viajar , a empregada mau caráter, a moradia em nossa cidade Osasco, tantas coisas ...
O último dia do diário, foi 20/12 e a briga pra mudar de casa.
Muito bom.
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Mi_lendo23 24/05/2023

Muito prazer, Carolina!
Apesar de sua fama e eu ser professora de português, nunca havia lido suas obras. Tive esse primeiro contato por conta do clube de leitura Leitoras Livres. Obrigada, meninas, por essa oportunidade.

A obra, na verdade, é o diário de Carolina, ex-moradora da favela, catadora de lixo que finalmente tem seu sonho realizado: morar em uma casa de alvenaria.

Seus escritos são descobertos por Audálio, famoso repórter que decide publicá-los. A partir daí a vida da ex-catadora de lixo se transforma. Começa a viajar pelo Brasil para a divulgação de seu livro, se torna famosa e rica (em suas palavras, ser rica é ter o que comer).

Ao longo das páginas, acompanhamos seus pensamentos, opiniões e críticas à vida e ao Brasil da década de 60.
Ler essas páginas foi um misto de dó, compaixão e algumas vezes até mesmo alguns risos, pois a autora tem um pequeno toque de humor que lhe é peculiar.

Através de uma escrita real, com "erros" ortográficos e gramaticais, mas com muita leveza e poesia, esse livro nos faz entrar na vida de uma pessoa tão distante de nós mas que, ao mesmo tempo, representa tantos brasileiros por aí.
Vício em sebo 18/06/2023minha estante
ótima resenha! como faço pra participar do grupo de leitoras livres? também quero muito conhecer livros que não são muito divulgados pelos entusiastas da literatura brasileira




Richard.Capiotto 28/04/2023

Carolina é o existir e a audácia em fazê-lo.
Beira à insanidade eu, um simples leitor, resenhar uma obra de Carolina Maria de Jesus; ainda mais num contexto onde o que aqui vos fala se quer leu sua maior obra, Quarto de Despejo. Ainda assim, sigamos:
O texto de Carolina me arrebatou. Acredito que o tenha feito devido a tua autenticidade e coragem. Carolina, antes de ser, já era. A história do nosso país foi construída sobre sangue preto; sangue de mulheres pretas, mães. A cada página que se devora - porque sim, há de se consumir por completo a obra- somos pegos de surpresa (falo por mim) com a realidade de uma das maiores autoras brasileiras, já naquela época, passando por situações que definitivamente não seriam vividas caso o tom da sua pele fosse diferente.

As marcas da tua existência nos são palpáveis ao modo que consigo sentir a tua dor em diversos momentos. Fico imaginando como será a minha experiência com sua principal obra, mas sigamos.

O meu exemplar está todo grifado à lápis e rodeado de anotações feitas durante o processo de absorção.
A coragem e a força de Carolina em compelir a tua existência é inspiradora a níveis inimagináveis.

O fato de uma mulher, preta, mãe solteira e ainda escritora, ter o seu espaço lá na década de 1960, deve ter desestruturado boa parte da população (elitista) brasileira da época, uma vez que o nosso país é composto por preconceitos enraizados em sua essência. Há inclusive, dezenas de relatos durante a obra que nos explicitam as barbaridades que a autora presenciou e viveu. Penso e me revolto ao ver como mesmo sendo reconhecida e admirada por ser quem é e pela importância que já carregava à época, Carolina, ao olhos de alguns, não passava ainda de uma pobre preta favelada.

Em determinado trecho, uma mulher da alta sociedade se surpreende ao ver que a autora (que está nos relatando as viagens, entrevistas, sessões de autógrafos que fazia no período) sabe comer com garfo e faca! Na página em questão até escrevo ?ué, e favelado não é gente?? e é basicamente isso que nós é mostrado! Carolina mesmo sendo quem é (uso o presente porque ainda vive SIM e vocês sabem) continua passando por essas situações de julgamento. Ingenuidade a minha acreditar que seria diferente, sei disso.

As marcas da oralidade enriquecem o texto de uma forma singular. Entendam, não há romantização alguma aqui da tua história de vida que sabemos que foi cruel até o fim! A tua escrita é ?uma advertência social? não é mesmo?
Ela consegue ser poética, existencialista e alcança uma profundidade tão intensa, que nos arrebata.

Segue como exemplo o que diz na pág 74 : ? trabalhamos tanto para viver? e a vida nunca fica completa?. Extremamente inteligente, coesa e humana; porque há momentos de contradições em teu modo de ver e pensar o mundo.

Carolina não é só o teu modo de escrita; Carolina é o pensamento, é a consciência. Carolina é o existir e a audácia de fazê-lo.
Viva Carolina Maria de Jesus!
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Samara 22/04/2023

Sala de visita
Ler Carolina Maria de Jesus sempre me traz um misto de sensações: tristeza, orgulho, alegria, revolta...acho inadmissível uma autora tão importante para o nosso país ter mais valor no exterior do que aqui.

Casa de Alvenaria nos mostra a vida de Carolina na sala de visitas. Se em Quarto de Despejo vemos as agruras de Carolina e dos filhos na favela do Caninde sofrendo com a fome e as precárias condições de habitação. Em Casa de Alvenaria nos deparamos com outros tipos de dissabores enfrentados pela autora, como a distância dos filhos, o preconceito e a exploração por parte de muitos aproveitadores.

Carolina precisa estar sempre na sala de visita para que sua memória não seja apagada e seus escritos fiquem para a eternidade.
Mi_lendo23 06/05/2023minha estante
Comecei minha leitura agora


Samara 07/05/2023minha estante
No Instagram eu também. Rs




Felipe 14/03/2023

No proprio livro ela diz que não estava inspirada
Carolina mostra aqui um pouco mais de seus preconceitos, um tanto deslumbrada com o dinheiro e poder que a obra anterior lhe deu. Uma pena.
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pedrao_gabriel 27/02/2023

Apesar das tentativas, Carolina nunca será esquecida
Ainda não li "Quarto de Despejo", a obra prima da autora, mas esse foi um ótimo começo. Primeiro, a edição da Companhia está irretocável, começando com o belo prefácio de Conceição Evaristo e Vera Eunice de Jesus (filha da autora).

Depois, a escrita de Carolina prende o leitor. Destacam-se a sua consciência de classe, o racismo sofrido por ela e seus filhos mesmo com o enriquecimento e o dilema entre estar feliz com a sua nova condição financeira mas triste por perder a sua liberdade. Além disso, as mudanças de opiniões da autora (como a sua visão de David St Clair) deixam o livro dinâmico, apesar do formato diário ser um pouco monótono por essência.

Como não gosto de resenhas longas, vou finalizar indicando o Podcast "História Preta" no Spotify, que está trazendo um ótimo documentário sobre a vida da autora.
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david andriotto 07/02/2023

tenho a impressão que eu era ferro, e virei ouro.
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora extraordinária, quase sem precedentes no Brasil. Sua geniosa escrita pode ser melhor apreciada, ainda que com barreiras, neste primeiro volume de Casa de Alvenaria.

Aqui, Carolina pôde, protegida por quatro paredes de tijolos, continuar escrevendo e delatando as mazelas que presenciava. Dessa vez, devo dizer, num discurso mais revoltoso à burguesia.
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Silvana 30/01/2023

Sala de visitas
O livro é atribulado, sufoca por ver a Carolina correndo sem parar, sendo mãe, escritora e recebendo a Imprenssa. Demonstra o peso de uma realidade dura em ser mãe sem uma rede de apoio. Se no livro Quarto de despejo o leitor se percebe vivendo toda uma realidade de fome, angústia e medo. Neste livro temos a certeza que a fome nunca foi só de comida, mas de toda uma condição existencial, para que viver não resultasse em dor.
Na casa de Alvenaria, periodo em que mora em Osasco, temos desconstruçôes de ideias, e uma crítica mais elaborada ao pobre e a política. Ler Carolina é compreender que as lutas de outrora permanecem, e que a desigualdade no Brasil, é mais do que nunca sacramentada no jogo de interesses políticos.
Viva Carolina!
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Lucikelly.Oliveira 19/01/2023

Leiam
Depois do grande sucesso do livro quarto de despejo, Carolina tem a oportunidade de sair da favela e trilhar novos rumos. O livro casa de alvenaria, volume 1 trata exatamente da saída dela da favela e do que se tornou sua vida depois do sucesso do livro.
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readwithjuly 08/01/2023

carolina vive
mais um diário/livro lido de carolina maria de jesus e novamente sinto o impacto de sua escrita

apesar de em casa de alvenaria termos um cenário diferente de quarto de despejo, ainda assim, percebemos a persistência da marginalização

um dos pontos altos é ver como a literatura e a escrita era uma paixão para carolina, já quero comprar e ler o volume 2

nota: ?????
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spoiler visualizar
Kako 27/03/2024minha estante
Oi ainda não li casa de alvenaria, mas o seu comentário se baseia no próprio livro ou em alguma outra fonte, se for em uma fonte alternativa poderia mencionar por favor, obrigada.


Sandra Clara 30/03/2024minha estante
Oi, se baseia no próprio livro. Copiei de algumas páginas, são palavras da própria Carolina




azzy 21/10/2022

perfeito.
Demorei pra escrever como sempre, mas tô aqui! Comecei a ler casa de alvenaria por causa da escola e já esperava muito dele, pois já conhecia quarto de despejo e sabia que Carolina é simplesmente maravilhosa.
Nesse diário, Carolina conta e mostra a sua vida após a fama. Ela sai da favela (sendo apredejada, junto com sua familia, pelos favelados) e vai pra alvenaria, morar num porão.
Carolina é extremamente verdadeira, suas frases são extremamente marcante e o livro foi escrito numa época muito importante do Brasil, então é interessante ver o ponto de vista dela também.
Eu amei esse livro de uma forma, me marcou muito. Algumas vezes as falas de Carolina me deixaram confusa KKKKKKKKK, mas dá sempre pra entender o que ela quer dizer, principalmente vendo o lugar onde ela veio e onde ela estava. Mesmo sendo famosa e respeitada por alguns, Carolina se via desencaixada naquela sociedade várias vezes e os maus olhares que ela recebia era incontáveis.
É realmente um livro fantástico, recomendo muitooo e acho legal ler quarto de despejo antes de ler casa de alvenaria.
" Tem dia que dou risada pensando na confusão da minha existência. De lixeira a escritora. Tenho impressão que eu era ferro, e virei ouro. A minha vida metamorfoseou-se"
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Thais 20/10/2022

Nova vida
Depois de quarto de despejo é bom ler o relato de Carolina, sobre o sucesso de seu livro, sobre certo reconhecimento que recebeu, de poder realizar o sonho da casa de alvenaria. Porém é triste, em muitas passagens, perceber que o país continua com os mesmos problemas principais, fome, desigualdade social abismal, racismo...
Qdo será que os diários de Carolina deixarão de ser tão atuais?
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