Memórias de mamá blanca

Memórias de mamá blanca Teresa de la Parra




Resenhas - Memórias de mamá blanca


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Yasmin O. 01/11/2023

Livro que me fez lembrar o estilo do "Anarquistas, graças a Deus" da Zélia Gattai, mas na Venezuela rural do final do século XIX e início do século XX, com episódios da Fazenda Pedra Azul e as "aventuras" de Blanca Nieves e suas cinco irmãs, Aurora, Estrela, Rosalinda, Aura Flor e Violeta (esta última carregando o espírito de Juan Manuel, o desejado filho homem que nunca surgiu rs) . Revela, de forma bem-humorada e com sutileza, as idiossincrasias da América latina, tratando de problemáticas enraizadas por aqui, como a exaltação do que é estrangeiro, o racismo e a tentativa tragicômica de esconder tudo o que remete a origens locais, com os ridículos arroubos aristocráticos que muito fazem lembrar a realidade brasileira do mesmo período (e que não deixa de se atualizar). Adorei.
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Maitê 30/11/2022

uma leitura bem tranquila, no seu ritmo infantil. Me lembra O Menino de Engenho, mas ainda mais imersivo.
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Vilamarc 01/08/2022

Venezuela onírica
Um classicão feminino, latino-americano, venezuelano escrito em 1929, mesmo ano de Dona Bárbara de Rômulo Galegos.
Mas entre ambos, muitas diferenças que os singularizam para além da data e do contexto.
A começar pela tradução. Enquanto Dona Bárbara tem um travo de linguagem, Mama Blanca desliza com as palavras, soa melodioso, mesmo quando tenta explicar as nuances de entonação vocal das personagens.
E sobretudo, diferem no enredo. Mama Blanca é pueril, onírico e saudosista. Não tem ambições políticas nem patrióticas ou  utopias latinas. Nem por isso deixa de ter e ser um registro sócio-histórico importante das relações de exploração e submissão entre classes e etnias.
Os temas de Mama Blanca são pinçados pelo olhar de Mama Blanca ainda criança, na fazenda Pedra Azul e seus habitantes. Destaque para Vicente Cochocho.
O texto foi legado como Memórias após a morte de Mama Blanca e transcrito com todas as liberdades para torná-lo literário. É isso que nós adverte o primeiro capítulo.
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Debora 22/07/2022

Memórias inventadas de Blanca Nieves
Teresa de la Parra escreveu com muita ironia, mas também com observações tão profundas quanto sutis, estas memórias de Blanca Nieves menina.
Ela e suas 6 irmãs vivem na fazenda Pedra Azul, no interior, e lá crescem saudáveis e inventivas na natureza. Quando começam a crescer, mudam-se para Caracas e o idílio infantil desvanece. E aí que a história acaba.
"Mamãe estava certa, devemos abrigar as memórias em nós mesmos, sem nunca colocá-las de maneira imprudente em coisas e seres que mudam com o curso da vida. As memórias não mudam e a mudança é a lei de tudo que existe"
Não é spoiler o que digo, pq não há spoiler. O que há são pensamentos e compreensões sobre o que a autora traz.
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