MARACANÃ

MARACANÃ Luiz Antonio Simas




Resenhas - MARACANÃ


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Hugo9527 29/01/2024

Livro espetacular. A escrita de Simas é das mais agradáveis e fáceis para fazer.

Defensor da história oral, essa ferramenta é fundamental para entendermos a experiência individual e coletiva do Maracanã. Para além disso, as fontes de pesquisa também são ótimas.

Banhada com certa nostalgia, não é uma obra que apenas vê o passado como positivo. Ele entende que sua visão tem essa marca, apresentando algumas qualidades do Novo Maracanã
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Liu 12/09/2023

Li este livro em janeiro de 23 e quanto mais o tempo passa e penso nele, mais dele eu gosto.
Acho que é uma obra que alcança para além dos amantes de futebol e dos saudosistas do antigo Maracanã. Ele, que sempre foi um símbolo do Brasil enquanto "país do futebol", ao ser tranformado em uma arena asséptica para os megaeventos se tornou também retrato de uma cidade privatizada, partida e gentrificada. Mas para quem curte futebol, as histórias são incríveis e nostálgicas. Deliciosas de se lembrar ou conhecer.
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CharlesSouto 07/09/2023

Simas, a cada livro que leio fico mais fã e neste caso me permiti ser tiete.

Em Maracanã Quando a Cidade era Terreiro, Simas nos leva não só pela história do Maraca mas também por sua relação com a cidade refletindo sobre a sociabilidade ali criada.

A transformação do Maracanã em Arena, a cidade em disputa, a invenção de novas sociabilidades linha forte na obra me impõe a olhar para São Januário e sua atual interdição. A que pese o parecer jurídico parece não ser ali mais local adequado a prática do futebol. E é comum ouvir a pergunta: se até hoje ali se pode ter jogos o que mudou agora?

Talvez a resposta esteja nessas linhas que Simas publicou. O torcedor virou cliente, o estádio precisa virar arena. Em uma época onde ?curtir a vida deu lugar à vida curtida em likes? o Vasco e sua torcida estão fora de moda e assim como o Maracanã parece carecer de uma gentrificação.
Eu discordo.
? mas pode ser só coisa da idade. Me diz você, vai cadeira enumerada ou de arquibancada, que como diz a música, ?pra sentir mais emoção??
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Leandro.Cortese 18/09/2022

Uma Ode ao Maracanã que vi
Me senti totalmente identificado com a dor demonstrada pelo autor com a destruição do estádio para a construção da asséptica arena de hoje. Me fez concluir e a subida da antiga rampa de acesso até a visualização do gramado foram talvez os momentos mais impactantes e memoráveis da minha vida
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Carol1984 16/05/2022

Suspiro de nostalgia
Excelente leitura para os cariocas, para os amantes do futebol, desta cidade, para pesquisadores de sociabilidades, cultura, esporte, enfim, para muita gente. Pensei em começar dizendo que o Luiz Simas talvez fosse o Nelson Rodrigues do nosso tempo. Mas Luiz Simas é Luiz Simas. Carioca da gema, amante da cultura popular, de tudo que faz nossa cidade exatamente ela. E obrigada por isso. Obrigada por amar, conhecer e estudar essa cidade com suas histórias de boteco, do velho maraca, das encruzilhadas. Simas é para quem é como ele, como a gente. Ou aspira a ser rs.

O livro fala, como o nome diz e o próprio autor coloca no texto, do Estádio Jornalista Mário Filho e do Complexo Maracanã Entretenimento S.A.. Duas coisas distintas. Numa era em que o futebol moderno gentrifica o esporte, o futebol e os espaços de sociabilidade. De “casa do povo” - numa tentativa de criação de uma “identidade nacional mestiça e cordial” - à moderna arena multiuso elitizada, o Maraca carrega 72 anos de muitas histórias, das quais algumas são trazidas neste excelente trabalho. Desde os embates quanto à construção e localização do estádio até os escândalos de corrupção envolvendo a modernização, Simas faz um apanhado que conta de Castor de Andrade ao Anjo das Pernas Tortas; dos geraldinos aos espectadores caça-likes. Se por vezes o Maraca atual nos traz um clima frio e distante, neste livro lembramos porque ele é o gigante templo do futebol. E nossa casa.
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Victor Hugo 03/03/2022

Registro histórico fundamental pra entender o Rio de Janeiro como cidade privatizada, o Brasil dos megaeventos e o detestável futebol moderno.
Recomendo a todos os apaixonados pela cidade e por futebol.
E pra quem não gosta de futebol, também pode ler com tranquilidade, porque poucas expressões culturais dizem tanto sobre o Brasil quanto ele
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Lucas.Mello 05/01/2022

Maraca
Livro muito bom para quem gosta de futebol e mais ainda pra quem frequentou o Maracanã.

Otimo texto.
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Fael 16/12/2021

O Maracanã não existe mais!
O livro de Simas passeia pelos diversos contextos que o gigante de concreto presenciou na cidade carioca. Desde o período anterior a sua construção, passando pelos momentos de sua inauguração sem a obra estar completamente pronta, passando pela apoteose dominical que as torcidas proporcionavam.

O Maracanã se transformou em símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil por conta dos seus frequentadores. A busca pela fresta de felicidade em meio ao suposto ar de livre acesso. Lugar para todos? A geral possuía a cara da exclusão, mas ao mesmo tempo, Simas mostra que o lugar precário era apropriado por uma massa que dava novo sentido ao precário e fazia disso uma festa única.

Talvez nenhuma palavra possa sintetizar o assassinato de um dos locais mais únicos deste planeta, porém um trecho final de Simas pode deixar um pouco mais evidente o sentimento que os apaixonados pelo Maraca e intérpretes desse país carregamos:

?O Maracanã foi destruído quando a própria ideia de Brasil que alicerçou a sua construção como um patrimônio público foi destruída também. É poderosa metáfora da grandeza dos nossos sonhos e do peso dos nossos fracassos. Construímos o maior estádio do mundo; sofremos o Maracanazzo. Construímos a Vale do Rio Doce; destruímos o rio Doce.
O estádio virado em arena é a birosca da esquina gourmetizada em boteco de grife, é o espaço VIP no bloco de carnaval, é o camarote da cervejaria no Sambódromo, onde o que menos interessa é o desfile da escola de samba. É a selfie tirada na hora do gol para ser postada de imediato nas redes sociais: curtir a vida deu lugar à vida curtida nos likes.
A cidade como arena, e a arena como cidade, é aquela que não quer propiciar o encontro, mas a passagem ligeira de gente apressada?.
(p. 206-207).
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Markavanha 12/10/2021

?Brasil não é para amadores!?, reza o meme, fenômeno linguístico que corrompe o formalismo do texto e da imagem trazendo uma mensagem inesperadamente eloquente.
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Ao começar a ler ?Maracanã: quando a cidade era terreiro?, eu que nunca curti muito futebol, fiquei atônito com o autor @luizantoniosimas ao pensar o Brasil num cruzamento de trajetórias com futebol, samba e umbanda.
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Ideia de Brasil, que parece mas não é, ou que é não sendo, mostrou-se tão clara para mim nessas linhas? nas frestas deixadas nas suas entrelinhas, as ambiguidades tragicômicas de nossa história.
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Com a destruição do Maraca, morreu o Brasil idílico e agregador e apareceu um Brasil zumbi, sem alma, mas com fome eterna e devastadora.
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Brasil da terceira cabaça de Exu é a síntese que nutre a esperança de que, no inesperado, venham novos sonhos de um Brasil melhor do que este.
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