Celia.Mattos 17/01/2024
Paula é uma competente médica neonatologista, mora a 15 anos com Mauro, e tem uma rotina controlada. Até que Mauro confessa que tem outra mulher, e pretende deixá-la, e morre atropelado algumas horas depois.
A partir de então, Paula precisa lidar com a perda do companheiro, tanto pelo abandono como pelo luto, e tentar reconstruir a vida.
As reflexões de Paula sobre a perda de alguém que faz parte tão intrínseca de si próprio, as interações sociais que decorrem do luto, e que tantas vezes acabam sendo tão incômodas, e como se reencontrar, depois de tudo que se acreditava como parte de sua personalidade ser questionado, são orquestradas de forma sensível pela autora.
A escrita é poética, mesmo em seus momentos mais pesados. Uma história bonita, triste e esperançosa, enquanto estamos vivos há o que se reinventar.