Nath 19/01/2024
Maravilhoso
Quis ler esse livro porque me preocupo muito com a educação que eu quero dar pra minha filha. Isso é a coisa mais importante pra mim. Este não é um livro escrito para impressionar ninguém. Muito pelo contrário, é o tipo de livro que vai conversar com nosso íntimo, que vai nos pegar pela mão e chamar para debater alguns pontos que na verdade sabemos que são importantes, mas que constantemente deixamos de lado para podermos seguir com nossas vidas.
E essa é a questão. Conhecemo-nos como ninguém mais. Sabemos do nosso próprio passado como nenhuma outra pessoa: o que nos frustrou, o que nos marcou, positiva ou negativamente, sabemos por que ficamos chateados, tristes, magoados? mas apenas saber não muda nada. Não trabalharmos nossas emoções originadas no passado faz com que uma voz interna nossa nunca seja realmente silenciada. E na maternidade, na paternidade, essa voz pode ser despertada com um ímpeto não desejado, e sair como um grito, uma forma de violência na comunicação, e repassamos nossas frustrações, nossos medos, nossas reprimendas e nossos traumas a quem não tem culpa alguma por toda essa gama de sentimentos: nossos filhos.
Ler este livro não significa que você estará livre de ter momentos em que irá gritar com seu(s) filho(s), ou que nunca terá o impulso de fazê-lo, mas Elisama nos ajuda a entender por que o fazemos, e, consequentemente, como podemos lidar com isso, tentar evitar isso, e educar nossos filhos de forma emocionalmente saudável.
A linguagem de Elisama Santos é facilmente assimilável, com relatos que ajudam a compreender ainda mais os pontos que ela trabalha no livro. Cada um dos 7 capítulos é bem curto, com recapitulações dos pontos nele levantados, o que torna a leitura, além de dinâmica, um convite ao exercício constante e diário de reflexão pelo leitor.