Mayra.LobAo 03/01/2024
Todo o meu amor pela Catherine
Gostei muito mais dessa protagonista (Catherine Morland) do que da Elizabeth Bennet. Ela é altamente imaginativa, doce e inocente, e a combinação dessas três características nos levam a uma quarta: ela é engraçada!
Bom, embora a Abadia esteja no título do livro, só vamos conhecê-la depois da primeira metade do livro. Ansiei à lá Catherine pela chegada de sua estadia em tal lugar, porém, ao chegar em tão aguardada passagem, me deparei com capítulos tão descritivos que chegaram a ser tediosos. No entanto, é bem interessante o clima de suspense adotado em alguns parágrafos (que acreditei erroneamente, ao iniciar a leitura, que permeariam quase toda a obra. Uma pena que não.).
Embora eu tenha essas ressalvas quanto ao livro, fico feliz de ter terminado e gostado dele de modo geral, diferente de Orgulho e Preconceito, que não me desceu. Porém, algo que uma obra tem em comum com a outra: o tanto de visitas que uma pessoa faz a outra. Visita pra lá, visita pra cá... Aleatoriamente passar mais de 1 mês de férias na casa de alguém, após 2 meses de férias com amigos da família... É muito fora da nossa realidade atual hahahaha
É muito engraçado ver como as relações amorosas eram praticamente comerciais, e foi uma delícia me irritar com a Isabella e o John, personagens (propositalmente) enfadonhos e irritantes.
O bônus, para mim, foi a mensagem oculta por trás de uma breve citação a duas flores: jacinto e rosas. Na época, aquela sociedade (e, consequentemente, os autores) utilizava muito da floriografia e, ao analisar os significados de tais flores, podemos encontrar a mensagem por trás de toda essa história. Achei isso brilhante!