Os óculos de Pigmalião

Os óculos de Pigmalião Stanley G. Weinbaum




Resenhas - Os óculos de Pigmalião


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Patricia Milani 13/05/2024

O conto é uma ficção científica, onde o protagonista ao usar um par de óculos criado pelo professor Ludwig se verá dentro de uma realidade paralela (realidade virtual) porém com muitas semelhanças com o mundo real eu diria...

"-Mas o que é a realidade? -indagou o homem com aparência de gnomo. Ele apontou para os altos conjuntos de prédios que rondavam o Central Park, com suas incontáveis janelas reluzentes como fogueiras nas cavernas de uma cidade de Homo Sapiens.
-Tudo é sonho, tudo é ilusão. Você é uma visão para mim tanto quanto eu sou para você."
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Juliane.Teixeixa 12/04/2024

Esse eu gostei bastante! Daria um ótimo livro e a história é bem interessante. Será que conseguimos simular a realidade?
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Paulo 26/12/2023

É por esses contos e histórias fascinantes que a ficção científica é sempre uma precursora de novas tecnologias. Seja a velocidade de dobra, o telefone celular ou a internet, todas surgiram na literatura a partir de mentes brilhantes como a de Stanley G. Weinbaum. Nesse conto, Weinbaum explora um óculos capaz de fazer uma pessoa enxergar outra realidade com a qual ele pode interagir, apesar de que as coisas que acontecem nessa realidade não são reais. São virtuais. Ou seja, Weinbaum criou, em 1935, o conceito de realidade virtual. E isso para explorar uma discussão que já vamos comentar logo abaixo. A genialidade disso salta aos olhos do leitor. Se formos parar para pensar em quantas décadas foram necessárias até surgir a tecnologia capaz de realmente realizar aquilo que Weinbaum descreve em sua história, nosso cérebro é capaz de fritar. Não tinhamos a tecnologia, mas o conceito já existia.

Weinbaum tem um tipo de escrita que não me agrada muito, mas é o fruto de uma época. Hoje qualquer manual de escrita criativa pede que o autor nunca comece uma história com um diálogo. Se torna mais fluido e lógico criar uma contextualização básica apenas para situar o leitor na ambientação da história. Onde? Quem? Como? Essas peguntas são essenciais para um bom começo de história. E em um conto, chega a ser mais importante ainda porque o espaço que o autor pode empregar é curto. Logo, ele precisa aproveitar ao máximo mesmo os primeiros momentos. O diálogo entre Dan e Ludwig é esquisito porque parece brotar do ar. Como eles chegaram ali? O que Dan estava fazendo antes? O que posso dizer a favor de Weinbaum é que ele nos entrega uma escrita bem fácil de ser compreendida. O conceito de realidade virtual que ele cria é bastante didático e ele não emprega jargões. Algumas descrições e uma narrativa mais sensorial conseguem entregar ao leitor o que ele precisa saber sobre o que está acontecendo.

A grande discussão aqui é sobre o que representa a realidade. Para Ludwig, cada indivíduo cria sua própria noção de realidade a partir do mundo com o qual ele interage. É uma noção bem livre a esse respeito. Já Dan possui uma opinião mais estreita porque, na visão dele, a realidade é o que é. É o que ele consegue enxergar com os cinco sentidos. Ludwig começa desafiando-o sobre o que aconteceria se ele fosse capaz de dobrar os sentidos e mudar o que ele vê, cheira, ouve, sente. Claro que Dan retruca usando aquilo que ele conhece sobre hipnotizadores, que é o que o conjunto de conhecimentos dele permite a ele deduzir. Quando Dan se vê em um local idílico, ele não consegue construir em palavras e descrever o que está observando. O que no começo vemos um personagem cético e buscando brechas naquilo que ele está vivenciando vai se tornando, pouco a pouco, uma vida dentro desse espaço artificial. Ao final, Dan se relaciona com o lugar e as pessoas com quem interage como se fosse o mundo material.

Podemos também trabalhar com a noção de que este mundo virtual, por ser algo criado, funciona a partir de regras rígidas. Até porque o mundo da natureza é algo que funciona a partir de suas leis também. Só que dentro desse espaço o controle sobre o que acontece ou deixa de acontecer é muito rígido. A ponto de haver uma previsão clara sobre passado, presente e futuro a partir do controle de um "administrador". Dan quer romper com essas regras, já que ele começa a se imaginar como parte dele. E esse desrespeito às regras desse mundo causa desespero no protagonista e em Galateia, a espécie de dríade com a qual ele se relaciona dentro desse estranho espaço. Mesmo sabendo que não pode tirar Galateia desse mundo e que sua existência nele tem dias contados, Dan insiste em ir contra o que foi estabelecido. É parte do ser humano imaginar ser capaz de contrariar as leis naturais. Posso até considerar o conjunto de normas como leis naturais, porque são leis para que esse mundo possa funcionar. Desejamos ser aqueles que estão acima delas, ou reescrevê-las para atender às nossas vontades. Mas, Dan rapidamente se dá conta de que isso não é possível. O final é meio permissivo com o personagem e achei a discussão entre o possível e o impossível bastante interessante. A frustração teria sido boa como um tema para reflexão. Mas, no fim, o conto consegue entregar bem suas propostas, apesar de alguns problemas como citei acima. Vale pela curiosidade de conhecer como Weinbaum imaginou uma realidade capaz de ser vista a partir de um óculos e quais semelhanças e diferenças suas ideias tem em relação ao que é a tecnologia de imersão nos dias de hoje.

site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Dri 05/08/2023

Conto de ficção científica
O conto é de 1935 com temática de ficção científica. A leitura me prendeu bastante, mesmo eu não gostando muito desse gênero. Sci-fi com toques de Romeu e Julieta. Acho que o final destoou bastante da proposta inicial, mas considero um ótimo conto.
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Michele Alberton 21/07/2023

Legalzinho
Um conto legalzinho, apenas isso. Li de uma única vez, me prendeu por saber que era curto e porque o enredo é até interessante, mas nada que vá me proporcionar memórias daqui a algum tempo...
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dudínea. 12/06/2023

O que é a realidade, afinal?
Amei o conto!
O autor conseguiu fechar direitinho a história (que foi muito boa), teve início, meio e fim.
Também achei muito legal como ele idealizou a realidade virtual em 1935. Essas ideias futuristas dos autores, é uma das coisas que eu mais gosto ao ler ficção científica clássica.
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Bela 01/06/2023

Alucinante!
Que viagem incrível, narrativa que prende e escrita que envolve!! Fui positivamente supreendida por essa ficção científica que preveu a realidade virtual!

"A matéria, de fato, pode amar uma sombra, mas como pode uma sombra amar a matéria?"

O que na verdade é realidade? Só o que podemos sentir e tocar? As paranóias que surgem na cabeça do Dan são basicamente repassadas pra gente e é incrível o quanto a gente é tomado pela história de amor entre ele e Galateia. Além disso, o Paracosmos é incrível! Me ganhou no momento que descreveu as vegetações dos Carbonífero! Confesso que fiquei com gostinho de quero mais! Poder ver mais do Paracosmos e de criar outras histórias dentro dele.

Vale demais a leitura!
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Wendy 09/05/2023

"Mas o que é a realidade?"
Que passeio alucinógeno, estou até agora impactada tanto quanto o Dan, o coitado desesperado não querendo sair daquele lugar utópico!

O plot do livro ficou por conta de um sombra e uma matéria, Dan e Galateia terminam vivendo um romance proibido em Paracosmos e o quanto ambos estão dispostos a se agarrarem a esse amor.

Fiquei encantada com o lugar mágico que o professor Ludwig criou de uma forma incrível e deu luz a sonhos como se fossem a própria realidade, no fim você se pergunta o quanto da sua sanidade lhe foi roubada!

"A matéria, de fato, pode amar uma sombra, mas como pode uma sombra amar a matéria?"

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Gabi 04/01/2023

Uau!
Uma viagem além da imaginação que transcende a realidade. Esse conto me fez querer aceitar mais coisas de estranhos.
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Nathy @peculiareslivros 15/11/2022

Fantástico
Achei a ideia por trás do conto sensacional e a escrita, tão fluida e envolvente, fizeram com que eu vivenciasse aquele sonho junto ao protagonista. Faz todo sentido que o autor seja reconhecido e homenageado até hoje, mal posso esperar para ler mais de suas obras!
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c a r o l 12/10/2022

"Mas o que é a realidade?"
Se alguém dissesse a você que conseguiu transformar um sonho em realidade, apenas usando um óculos e mais alguns elementos, que iriam te transportar para um mundo utópico, desfrutando de sensações reais. Você iria experimentar essa realidade onírica?

"Tudo é sonho, tudo é ilusão. Você é uma visão para mim tanto quanto eu sou para você."

A história é legalzinha, tem algumas reflexões, mas o final me desagradou. Queria que tivesse a mesma vibe de "O Homem que Caiu na Terra", mas o autor optou por um final feliz.

Pesquisei sobre os óculos estereoscópicos citado na história, e descobri que ele surgiu em 1853, sendo o primeiro protótipo do que viria a ser a realidade virtual. Porém foi na década de 1960 que a realidade virtual começou a ganhar contornos mais nítidos.

"Você bebe para fugir da realidade, e a ironia é que até mesmo a realidade é um sonho."
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Well 01/10/2022

Uma incrível jornada, numa realidade virtual diferenciada.
Dan Burke encontra o Professor Ludwig, um homem que aparenta estar longe da lucidez. Mesmo assim escuta quando lhe conta sobre a possibilidade de sentir e viver momentos fora da realidade. Após colocar os óculos, Dan abre seus olhos em Paracosmos.

Imagine um lugar imensamente mais bonito que a Terra, povoado de criaturas estranhas, mas que somente pode ser acessado através de um óculos. É com isso que Dan precisa lidar. Assim, nesta outra terra, conhece Galateia e Leuconte, seres que o instruem sobre o funcionamento de seu mundo. Dan, então, anseia por seus encontros com Galateia, e tudo começa a dar errado.

É uma leitura fascinante. Não temos outra escolha a não ser nos apaixonarmos por Galateia. Encarando o mundo pelas lentes de Dan, a desilusão é cada vez mais compreensível com as novas descobertas.

Os óculos com lentes cor-de-rosa que melhoram o mundo e, quando você enxerga, já está na última página. É hora de acordar. Mais que criar um mundo, a proposta do autor é clara: O que queremos pode estar mais perto do que esperamos. Se esconder atrás de ilusões não é a saída, quando podemos fazer a nossa própria Paracosmos.

É uma obra essencial em uma época permeada de ilusões virtuais. Além de nos apresentar uma terra encantadora, o livro também consegue ser uma leitura agradável, com proposta interessante e excelente execução.
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Bianca (@fallandfox) 29/06/2022

Os personagens, a trama e o desenvolvimento da história foram muito bons mesmo para um conto de tamanho consideravelmente curto.
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Kit 11/05/2022

A ideia da realidade virtual através de um óculos, naquela época, é surpreendente, mas a história em si é bem bobinha.
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