O verão em que mamãe teve olhos verdes

O verão em que mamãe teve olhos verdes Tatiana Tibuleac




Resenhas -


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Sabrina 12/04/2024

Um livro que retrata uma relação mae e filho cheia de conflitos e ódio de uma forma muito crua e dolorida. Me tocou profundamente e me remeteu a uma pessoa querida que partiu, o que me despertou uma tristeza profunda. Como são complexas as relações e como distúrbios de saúde mental são incompreendidos e pormenorizados. E por fim, como a perspectiva da morte, tão ordinária em nossas vidas, as vezes nós dá uma chance de recalcular a rota e resgatar o que ficou no caminho, mesmo entre palavras não ditas e sentimentos não compreendidos na totalidade.
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Jorge 04/04/2024

Um livro que devora o leitor.
A imensa maioria das mães amam os seus filhos, são protetivas, dão carinho, afeto. No entanto, nem todas as mulheres que se tornam mães estão preparadas ou possuem vocação para cumprir esse papel. Este pode ser o caso da mamãe de olhos verdes que acompanhamos nessa narrativa, contada através do ponto de vista de seu filho, Aleksy (um narrador não muito confiável, diga-se de passagem). Aliás, os olhos de mamãe formam um elemento muito importante para a narrativa. Embora Aleksy odeie profundamente cada pedacinho de sua mãe, admite apreciar nela seus olhos verdes, que segundo ele são tão bonitos que soam como um erro no rosto horrivel dela. Mas será mesmo um erro? Ou será um ponto fraco, ou um atalho, ou até mesmo uma chave secreta capaz de abrir uma janela capaz de reconectar esse filho a essa mãe? 

Ig literário: @estante_do_jorgito
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ogatoleu 13/03/2024

O verão em que mamãe teve olhos verdes
"O verão em que mamãe teve olhos verdes" é uma narrativa sobre um acontecimento ordinário. Pois é uma narrativa sobre, de fato, um evento que é tão comum que afetará a todos nós, sem qualquer exceção: o nosso fim.

"O verão..." consegue conciliar contrastes que parecem irreconciliáveis. O belo e o feio, o especial e o mundano. Nosso destino marcado pode ser comum, mas tudo o que geramos a partir desse conhecimento não o é. Enquanto há vida, existe construção de sentido. A autora Tatiana Tibuleac transforma a feiúra da nossa realidade crua em apreciação da vida que pulsa, ainda que efêmera. E essa produção de significados se dá por meio da linguagem.

Aleksy odeia sua mãe. O próprio define a si como um "louco", como alguém que possui um transtorno inominado de dezesseis letras. No entanto, ela o convence a passar um verão com ela – não sem receber algo em troca, tão grande é a repulsa de Aleksy por ela. Mais tarde, Aleksy tem uma descoberta que muda a forma como ele vê a sua mãe.

Nada é contado de forma enfeitada. O livro poderia ser classificado como um livro realista, mas não podemos ignorar que toda arte é sempre uma seleção de um ponto de vista (e como tanto, nunca é uma representação perfeita do real). Esta poderia ser uma observação banal, mas no contexto de "O verão...", não o é. Isso porque este é um livro que questiona a distorção entre a expressão artística e o real. Isso é feito tanto por meio de sua narrativa como de seu personagem principal (não por acaso, um pintor que se expressa por meio da arte).

Nunca saberemos se Aleksy muda de opinião sobre sua mãe devido a como certos eventos se dão ou se por razão de alguns comprimidos que ele passa a tomar. Não fica evidente se Aleksy odeia sua mãe pelo modo como ela o tratou no passado ou se o seu transtorno mental influencia em seu julgamento. Ou uma combinação desses fatores.

Fica a pulga atrás da orelha (ou, neste caso, o caramujo*): há como existir uma arte completamente objetiva?

*Leitores entenderão rs

IG: ogatoleu

site: instagram.com/ogatoleu
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Renata1004 26/02/2024

Encantador
Essa foi uma leitura que me tocou profundamente. Inicialmente fiquei um tanto impactada com o tratamento que o filho dá a sua mãe, nunca imaginei tanta agressão perante a esse ser tão divino, nossa mãe. Mas há de se pensar, antes que fosse mãe, é também uma mulher com imperfeições e uma história.

O livro trata dessa relação, entre mãe e filho, totalmente abalada no contexto familiar. Eles seguem para um verão juntos em uma vila na França, onde se reencontram. Tanto ele quanto ela com suas histórias. Nesse lugar eles iniciam um processo de cura, por vários motivos e acontecimentos. O filho tem um sério problema mental (que não é especificado), o que parece que ela também tenha, não o mesmo. Mas isso com certeza afetou a construção de cada um como ser humano e afetou a relação entre eles e com o mundo.

Eu gostaria que esse livro fosse maior! Recomendo muito a leitura.
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Thais.Carvalho 22/02/2024

Aleksy sente um forte sentindo de ódio por sua mãe. Apesar das dificuldades na relação, eles passam um beijão juntos em uma cidade pequena na França e esse período muda tudo.
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Sandra.Fatima 30/10/2023

Conflitos/romance narrativo
É um livro cheio de afetos, o ódio que se transforma em amor, a dor que se transforma em compreensão. É uma mistura de sentimentos não ditos e não demonstrados das pessoas envolvidas, enfim por conta de uma morte as pessoas se tornaram rígidas e frias em seus sentimentos.
Durante as férias sonhadas , onde é revelado uma doença , mãe e filho se reconhecem e se reencontram em sentimentos.
É um livro que prende o leitor do início ao fim.
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eduarda 15/10/2023

Cara? pesadíssimo, mas me senti muito próxima dele por vários momentos? Me identifiquei com muita das dores dele. Achei muito bomm
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Carla Verçoza 24/09/2023

Ótima leitura!
Nessa história, mãe e filho se odeiam. O filho tem alguma condição psiquiátrica não revelada (só se sabe que tem 16 letras). Há muito rancor pela mãe. A forma dura com que ele se refere à mãe é impactante.
No verão, ele e a mãe vão para uma cidadezinha da França e começam a lidar com suas questões. Vamos acompanhando a mudança no relacionamento de mãe e filho, arrependimentos, amor, ódio, perdão. Tudo muito bonito e bem escrito, recomendo a leitura.

"Para sentir que tinha nascido, mamãe preparou naquele dia um bolo com creme de leite e comprou dez garrafas de cerveja. Comuniquei-lhe, não desprovido de um certo prazer, que não tinha nenhum presente para ela. Não faz mal, respondeu. Invejava sua capacidade de ignorar as coisas mais evidentes. Eu a odiava, papai a odiava, sua única amiga vendedora a odiava. Mika estava morta. Apesar de tudo, eis que havia feito um bolo e comprado cerveja. Se ao menos vovó estivesse em casa, mas não, o que significava que ninguém, absolutamente ninguém no universo inteiro, ligava para ela, para o dia do seu aniversário ou para a sua vida, no fim das contas." Pág. 19
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Inspirações Literárias 01/09/2023

Clube Amora acertou no alvo nessa curadoria!
Leitura do Clube Amora!

Nos pega de chofre.

Narrativa profunda sobre as relações de parentalidade.

Amor e Ódio.
Ausência e Presença.

Contradições e Ambiguidades.

Somos conduzidos a pensar e sentir de maneira arrebatadora a relação de uma mãe e seu filho em que a loucura e o adoecimento pelo câncer permitiu o ressignificar da relação de afeto, cuidado e renúncia do ser filho e estar mãe.
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Renata.Mieko 11/08/2023

Mais um livro arrebatador da curadoria da Amora.
Que história!!! Tanto ódio, tanto amor.
Como as relações familiares são complexas
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Nana 04/05/2023

Livro nr 03 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "Moldávia"
Esse livro foi uma ótima surpresa!

No início fiquei um tanto chocada com a agressividade do Aleksy e aquela relação assustadora entre mãe e filho, pois nas primeiras páginas ainda não fomos apresentados aos problemas em questão e por pouco não abandonei a leitura.
Que bom que não fiz isso, porque aos poucos fui entendendo os sentimentos e sofrimentos que aquela família passava e então não tem como não se envolver emocionalmente.

É uma história forte, dura, com uma narração muito original e que me prendeu totalmente.

Recomendo para quem gosta de enredos diferentes e que abordem relacionamentos disfuncionais. Vai entrar para meus favoritos pelo critério de personagens marcantes!
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@gejah_ 15/02/2023

A relação mãe e filho é tratada de um jeito que nunca li antes, é bonito, mas sofrido, tem amor e ódio, cuidado e rancor. o livro é narrado pelo filho, e traz sua relação com sua mamãe e o que pode ser o melhor verão
da vida deles.
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Joyce.Gabrielle 09/02/2023

Doloroso, cruel etc e etc
"Se acaso eu tivesse sabido antes que a doença faz isso com as pessoas, teria pedido câncer para mamãe de presente de Natal [...]"

O Aleksy é dolorosamente sincero e isso me causou um certo espanto no começo, mas que bom que continuei a leitura.

Enfim, eu tenho muitos pensamentos sobre esse livro.
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Jéssika 17/12/2022

Resenha
O livro conta a história de um filho e sua mãe, que partem em férias para a França. No começo, temos uma das descrições mais cruéis que um filho pode fazer a respeito da mãe, o que nos faz sentir raiva de Aleksy. Porém, ao longo do livro a perversidade é amenizada, devido a alguns acontecimentos.
Vemos que a mãe de Aleksy realmente o traumatizou e só conseguiu ter uma boa convivência com aquele adolescente em um ?eterno verão?.
Aleksy sofre com alguma condição ? aparentemente psicológica ? da qual só se sabe que possui dezesseis letras (cabe lembrar que o livro é originalmente escrito em romeno) e é essa condição que faz com que ele esteja na escola dita especial desde a infância. O homem, agora adulto, o narrador do livro, diz sempre ter almejado receber afeto e um olhar amoroso por parte de sua mãe. E toda a narrativa terá a imagem do olho e deste campo semântico como fio condutor da história. Também desconhecemos o nome dessa mãe, pois ela é tratada o tempo inteiro como mamãe.
No decorrer da leitura vamos entendendo os motivos ensejadores desse ?ódio? e as razões do afastamento e da tentativa de reaproximação entre mãe e filho.
Em nosso debate no clube, foi levantada a questão da migração presente no livro e aqui cabe levar em consideração que a escritora vem de um país que é considerado o mais pobre da Europa, um país de expressão romena.
Outro ponto forte do livro é a relação que surge entre Aleksy e a casa onde ele e a mãe passam aquele inesquecível verão, pois vemos o quanto a falta de um verdadeiro ?lar? fez mal a vida daquele menino, a ponto dele reconhecer essa casa de veraneio como seu verdadeiro Porto Seguro, seu ninho, o seu ?lar?.
O livro é bastante metafórico e dá para sublinhar muitos quotes, verdadeiros trechos poéticos.
Um romance de uma mãe que tenta mostrar ao filho que o amou como pôde e do amadurecimento deste filho que em um verão passou a ver sua mãe de outra forma, com ?olhos verdes?.
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