Nas pegadas da alemoa

Nas pegadas da alemoa Ilko Minev




Resenhas - Nas pegadas da alemoa


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Paula1735 23/04/2024

Não sei se gostei
Achei uma leitura intrigante, que faz pensar sobre diversas pautas sociais e isso é bom, mas não sei exatamente se gostei ou não. Me deixou uma dúvida, pois me despertou o interesse de ler mais obras do autor.
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Suellen.Lopes 22/04/2024

Eu acredito que como Eli o livro: Onde estão as flores, esperava algo diferente.

A construção do outro foi muito interessante, enquanto esse livro foi uma confusão de meras informações de personagens.
E realmente, achei a protagonista muito crua, difícil entender a mensagem do texto.
Provavelmente foi pra exaltar o posto de vista do autor em referência às paisagens da Amazônia.
Sem falar que o livro aborda diversas problematicas de uma forma bem estranha, como a questão indígena, de garimpos e explorações..
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Larissa3225 16/07/2023

Não precisa ser bom para estar entre os mais vendidos
Uma boa forma de explicar esse livro é a seguinte: um grupo de pessoas resolve passear pelas partes mais remotas da Amazônia fazendo o mesmo caminho de uma expedição naz*sta de anos atrás. Por que? Porque sim. Porque eles querem. Porque podem. Porque têm o dinheiro.

É um livro que não tem um plot ou um fio condutor. É só as pessoas passeando e "buscando" possíveis descendentes da tal expedição (que é real). Porém, me parece que a maior intenção do autor era contar, de forma semi-ficcional, algumas de suas aventuras na Amazônia.

Ok. Mas por que então eu não gostei do livro?

Como eu disse, não existe muita estória sendo contada. Logo, grande parte do livro são descrições das paisagens. No começo, estava gostando e achando incrível, porque, de fato, é muito bonito e não é um cenário comuns nas minhas leituras. Contudo, depois de algumas páginas, começa a ficar claro como o livro é um grande "nada acontece, feijoada".

A escrita não empolga em momento nenhum: não existe mistério, nem clímax. Ora ela é absurdamente descritiva, ora é absurdamente rasa, em especial nas partes em que vemos uma tentativa de desenvolvimento de personagem.

E esse é outro problema: os personagens. São superficiais, sem personalidade e a gente não chega a conhecer ninguém de verdade. Suas personalidades se limitam a de quem são parentes, por quem foram criados, se são brancos ou indígenas, judeus ou não. Chegamos mais perto de conhecer a narradora (que eu nem lembro o nome), mas era melhor nem conhecer. É uma típica personagem feminina escrita por um homem: ela precisa de um homem para amá-la, está esperando o homem certo (ela é inexperiente também), se acha exigente demais porque os homens da família são incríveis, tem uma ótima conexão com o tio/primo (mas ressalta a todo momento que não é nada sexual), comemora quando o cara que ela gosta se divorcia... Achei ela sofrível, de verdade.

Outro problema do livro é a quantidade de informações que ele dá e a forma como isso é feito. Existem muitas informações históricas (sobre a imigração judia para a Amazônia, sobre a tal expedição naz*sta) e informações sobre a própria Amazônia (árvores, ecossistema, animais, etc). São assuntos interessantes mas isso é só jogado. Sem contexto, motivo ou explicação. Só está ali porque sim. Sem falar que, em vários momentos, os personagens fazem longos discursos dando essas informações de uma forma bem pouco natural (uma hora, a narradora pede pro tio "falar sobre o dióxido de carbono". Literalmente. E aí ele dá um textão e acaba o capítulo).

Até aqui falei da escrita, personagens, estória, etc. Porém, o que mais me incomodou no livro foram partes que mostram um pouco mais sobre a visão de mundo dos personagens (ou do autor?), posicionamentos políticos etc. Eu queria muito saber a opinião de pessoas que vivem na região, de pessoas indígenas de forma geral e de pessoas que entendem melhor do que eu as questões políticas/econômicas/sociais da região, porque eu sei que a minha visão é de alguém que está muito de fora da situação.

Alguns dos problemas que eu tive: personagens tratados como os brancos salvadores, a representação dos indígenas, um forte discurso contra assistência do governo (é dito que indígenas da Guiana Francesa recebem mesadas em euro da França e por isso não trabalham e são alcoólatras e que o alcoolismo deles é pior que o dos brancos), referências constantes a povos civilizados e não civilizados. Critica garimpeiros ilegais? Critica, mas também fala sobre legalizar a mineração e sobre como a "burocracia e o estado ineficiente" atrapalham quem quer explorar a Amazônia de forma sustentável. E a gota d'água, para mim, foi dizer que uma família de europeus (judeus radicados por conta da segunda guerra) teve que abrir mão de suas terras SECULARES por conta de uma demarcação indígena.

Enfim, decepcionada. O livro não é bom. E os problemas estão para além das questões de viés político.
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ritita 17/04/2023

É história e real, meu paraíso particular. Favoritado com honra.
A obra, apresenta uma narrativa que desvenda a história de descentes búlgaros judeus, radicados há muitas décadas na região Norte do Brasil, que embrenham nas profundezas da Floresta Amazônica, após a descoberta de uma missão nazista em solo tupiniquim, em 1930.
Com intuito de desvendar o caso — que de fato ocorreu —, aprofundar na história, em um passado remoto, surgiu a ideia de uma expedição pelo Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, no Amapá, em que a protogonista, Receba, seus irmãos, Daniel e Sara, e seus primos Oleg e Alice, e os filhos deles, David e Benjamin, percorreriam por duzentos quilômetros de terra batida e piçarra até chegar a sepultura do alemão Joseph Greiner, com um símbolo nazista, a cruz que esculpia informações sobre o pesquisador alemão.
Para quem gosta de história, principalmente do Brasil, uma descoberta sensacional, e uma gama de conhecimento sobre a Amaônia, principalmente a brasileira e a francesa**, suas gentes e as várias demarcações indígenas, como a absurda dificuldade de locomoção entre rios, riachos, cachoeiras e cascatas, onde na maioria das vezes há de se ter que carregar os barcos nos braços para ultrapassá-las. Desta forma, só canos indígenas e barcos motorizados leves e pequenos podem fazer a navegação.
Faz muito, muito tempo assisti o filme Fitzcarraldo que jamais esqueci.
(Para realizar seu sonho de construir uma casa de ópera na selva peruana, Brian "Fitzcarraldo" Fitzgerald arrenda um pedaço de terra de difícil acesso rico em borracha, na esperança de explorá-la. Para chegar ao local, nas profundezas da Amazônia, ele precisa da ajuda dos nativos em um plano arrojado para levar seu barco a vapor de um rio a outro pela região.)
Coloquei aqui uns poucos trechos que achei interessante, mas marquei quase o livro todo.
" Todos os estamos amazônicos são pressionados a manter a floresta intocada. As raras oportunidades para atividades econômicas regionais são descartadas e bloqueadas pelos burocratas disfaçada de cuidado com o meio ambiente. "
"... Eles eram da Raposa Serra do Sol*, uma outra Amazônia, completamente diferente, ondepredominam as estepes do labrado roraimense."
* Raposa Serra do Sol é uma área de terra indígena situada no nordeste do estado brasileiro de Roraima, nos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã, entre os rios Tacutu, Maú, Surumu, Miang e a fronteira com a Venezuela (Fonte: Wikipédia)
**No sul da Guiana francesa, limitada pela divisa com o Amapá, que está o pedaço francês na Amazônia. Na verdade, trata-se da maior área protegida não só da França, mas da União Europeia. Considerando-se toda a área da Amazônia, entretanto, cerca de 1,4% fica na Guiana Francesa, enquanto o Brasil lidera com aproximadamente 58%. (Fonte: "Em torno das origens da Guiana Francesa: dos primórdios ao século XIX", artigo do historiador Iuri Cavlak)
Obs.: a Amazônia é um bioma que está presente em diversos estados brasileiros. O Amazonas é um desses estados que conta com o ecossistema, assim como Roraima, Rondônia, Acre, Pará, entre outros. Amazônia não é a mesma coisa que Amazonas.
LIVRAAAAÇOOOO!
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Georgia 19/12/2022

Sim! Está na lista dos mais vendidos de 2022 ...
É um livro que traz já no seu início um enredo interessante: a protagonista e seu tio se encontram para ler um lívio que o pai dela deixou contando a respeito de uma expedição nazista na Amazônia. No começo fiquei muito empolgada com a leitura. O autor, como búlgaro, apaixonado pela nossa região norte, consegue descrever com domínio lindos cenários que nem nós, brasileiros, somos capazes de reconhecer. E esse foi o único motivo de ter dado 3 estrelas. Os personagens partemem expedição atrás de uma "alemoa" e, daqui em diante, não revelarei o desfecho. Contudo, pareceu-me uma narrativa sem um final condizente com as expectativas crescidas no começo. A saga que nós leitores enfrentamos agora é entender o porque é um dos mais vendidos. Méritos ao autor que escreveu olívio na pandemia? Talvez!
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Marion 18/12/2022

Verdades
Sobre o título do livro não descobre-se quase nada, mas fica evidente que a verdade na Amazônia são os perigosos garimpeiros e os índios que recebem auxílio de todos os lados
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Daniel Moraes (Irmãos Livreiros) 05/04/2022

Nas pegadas da Alemoa, por Ilko Minev
Nas pegadas da Alemoa, publicado pela Buzz Editora — escrito por Ilko Minev, autor búlgaro que vive há mais de 40 anos no Brasil e se considera brasileiro nativo —, conta a história de descentes búlgaros judeus, radicados há muitas décadas nos Norte do Brasil, que resolvem se embrenhar nas profundezas da Floresta Amazônica.

A obra, muito bem escrita apresenta uma narrativa linear, leve e de grande impacto, ao desvendar a história de descentes búlgaros judeus, radicados há muitas décadas na região Norte do Brasil, que embrenham nas profundezas da Floresta Amazônica, após a descoberta de uma missão nazista em solo tupiniquim, em 1930.

Com intuito de desvendar o caso — que de fato ocorreu —, aprofundar na história, em um passado remoto, surgiu a ideia de uma expedição pelo Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque, no Amapá, em que a protogonista, Receba, seus irmãos, Daniel e Sara, e seus primos Oleg e Alice, e os filhos deles, David e Benjamin, percorreriam por duzentos quilômetros de terra batida e piçarra até chegar a sepultura do alemão Joseph Greiner, com um símbolo nazista, a cruz que esculpia informações sobre o pesquisador alemão:

“Joseph Greiner faleceu aqui em 02-01-36, de febre, a serviço da Pesquisa Científica Alemã, Amazonas, Jari, 1935 – 1937.”

Durante a ocupação nazista, que pretendia conquistar a Guiana Francesa e transforma-la em território alemão, os soldados seguidores do Fuller, deixaram vestígios por onde passaram, como uma cruz com a suástica em um pequeno e de difícil acesso cemitério no sul do Amapá.

Como forma de desvendar essa participação nazista, supostamente esquecida pelos alemães, Rebeca, filha de Licco, búlgaro, nascido na cidade de Sofia, encontra um livro alemão que fora de seu pai e, quando perguntado para seu tio Oleg, este apenas diz ser obra de Licco, seu pai e não ninguém naquelas bandas sabia ler em alemão.

“Tivemos a confirmação de que em 1935, ainda antes da Segunda Guerra Mundial, realmente houve uma bem organizada e bastante sofisticada expedição alemã, munida de hidroavião e de outros recursos avançados para a época, que, com a ajuda do governo Vargas, passou um ano e sete meses conhecendo e mapeando aquela remota e completamente desconhecida região na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.”

Aventuras, perigos e paixões recheiam a obra e transporta o leitor para uma região pouco conhecida, explorada e comentada, o Amapá. Além, claro, de viajar na história e desvendar mistérios jamais relatados nos livros escolares.

Nas pegadas da Alemoa, é um livro que explora o que o Brasil guarda em suas regiões mais inóspitas e somente através da escrita de Ilko Minev, pode-se conhecer segredos nazistas enterrados em nosso país.

O livro é surpreendente e prende a atenção do leitor do início ao desfecho. Uma obra emocionante que amarra com a narrativa de seu outro livro, “Onde estão as Flores”, também publicado pela Buzz Editora.

Altamente recomendado!


Confira a resenha completa no blog Irmãos Livreiros:

site: bit.ly/iLPostfev22
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