Rayssa Bonissatto @livrosdarayssa 22/05/2024
Um livro para ficar com o coração aquecido
Quando nasce a mãe? O que resta dela quando os filhos seguem suas vidas?
Esse é o mote de As Pequenas Alegrias. Duas mulheres: Lili, recém parida, com uma bebê prematura internada na neonatalogia do hospital, e Élise, perto de completar seus 50 anos, a filha mais velha mora em Londres e o caçula acaba de se mudar para Paris.
Enquanto Lili vive a angústia e todos os medos que envolvem a sobrevivência da filha e se aprenderá a viver a maternidade, Élise enfrenta o ninho vazio após décadas se dedicando aos filhos, precisa aprender a conviver com a solidão e ressignificar sua vida não vivendo em função dos filhos.
São duas versões do maternar: uma aprendendo a ser mãe, a outra reaprendendo a ser mulher.
Pessoal daqui que me conhece sabe que adoro um livro com sofrimento, mas esse não é assim. Aliás, essa autora não é assim.
É uma escrita linda, sensível e delicada sobre as emoções de diferentes situações em que podemos vivenciar. Ela escreve sobre o cotidiano de uma forma incrivelmente tocante.
Esse livro me fez rir, me emocionou, me deixou reflexiva, mas, principalmente, deixou meu coração quentinho e preenchido.
E para completar: tem um final lindo e surpreendente!
Virginie Grimaldi, sem dúvidas, entrou para meu rol de escritoras favoritas. Além deste, é autora de O Que Resta de Nós, simplesmente um dos meus livros favoritos da vida. Bom, esse virou favorito também! Recomendo!