SuAlen.Pawelkiewic 17/07/2023
A humanidade está pronta para abrir mão dos privilégios?
A proposta do livro em si, é de extrema importância, trazendo reflexões sobre nossa ancestralidade, questões sociais, ações e consequências.
Sidarta aborda diversos temas, como o Covid-19, as sequelas da desigualdade social, povos originários, religião, meio ambiente, comportamentos sexuais, entre outros.
Tendo como contexto base a arte de sonhar, a idealização de um futuro mais promissor, socialmente e psicologicamente.
Apesar de ser um livro de linguagem acessível, não é um texto propriamente harmônico. Um discurso voltado para uma minoria, aquela minoria que de antemão já concorda com esses pensamentos, pessoas na qual Sidarta não precisa convencer.
Pessoas que precisam abrir mão de privilégios, da arrogância, dos preconceitos e perversidade, provavelmente nunca chegarão a ler esse livro ou acharão tudo uma bobagem, uma repetitiva fórmula do sucesso com ideias soltas na qual não se conectam.
Entendo que a proposta do autor é trazer uma luz de esperança no meio do caos, todavia vejo muita enrolação no decorrer da sua teoria, sem trazer realmente uma solução em si.
Tudo que foi abordado sobre a humanidade não é uma novidade, o domínio de certas classes sempre existiu e pelo rumo da atualidade está longe de acabar.
Numa sociedade extremamente preconceituosa, trazer a relação de pajés, xamãs, mestres da sabedoria popular, por mais interessantes e úteis não são bem vistas por essa grande parcela da população, justamente aquela parcela que precisa mudar pensamentos e principalmente ações.
Sonho Manifesto é recheado de ancestralidade e conhecimento, mas me pergunto: A humanidade está pronta para abrir mão de seus privilégios, se conectar com a natureza e ouvir os conselhos dos mestres da sabedoria?
@suhh_entre_livrosefelinos ??