Luana 21/01/2024
Sentimento de destino traçado na marginalidade
Sinto que madame satã teve seu lado artístico assassinado pelos meio que viveu, é como se a vida desse dois caminhos e ele poderia brilhar e ser muito feliz num mas por um lado a época não permitiu e por outro era alguém com muitas mágoas e traumas (também com tanta injustiça e perseguição) e essa raiva interna só se expandida e explodia pra todo lado.
Fiquei tão triste com a cena em são Paulo, que apesar de o delegado não ter dado voz de prisão, foi quando ele realmente enterrou o coração de artista e não acreditava que merecia viver com honestidade, o sentimento de destino traçado na marginalidade fazendo ele desistir de tudo que sonhava.
Com tantas brigas e lutas ficava sem fôlego e cansada só de ler, por isso estampava tantos jornais precisavam chamar 3 viaturas pra conseguir cansar o homem, diversas vezes as brigas sendo grupos enormes contra ele sozinho.
27 anos no cárcere também da pra ver a transição do sistema prisional que ele vivenciou na própria pele.
Sobre os 7 filhos e filhas ele fala muito pouco, e como falou pouco, somado a quantidade de tempo que ficou preso não entendo quando ele diz que os "criou", sla a conta não fecha, talvez seja audácia minha mas penso que criou como a maioria dos pais, ou seja, a maior parte do tempo ausente, já que ele mesmo não cita os filhos muito. De qualquer forma é o primeiro contato que tenho com a história dele, talvez em algum outro livro/filme fale mais dessa paternidade.
Dito isso, vale a leitura por tantos aspectos e ainda é gostoso de ler uma história autobiografia trás mais intimidade para os leitores.