Gustavo.Martins 05/01/2024
Mundo acadêmico
O livro faz uma análise crítica da constituição do sujeito na sociedade, como ele se assujeita e expressa seu sofrimento, com que gramática, com que léxico, exprime-os. Heribaldo compara como historicamente a sociedade disciplinar rígida do capitalismo industrial foi se alterando para a nossa sociedade do desempenho, "livre", neoliberal. Essa mudança teve como base não só o novo modo de produção capitalista (toyotismo), mas principalmente na mudança cultural produzida pelo neoliberalismo (um gerenciamento de todas as instâncias da vida como um modelo empresarial de cumprimento de metas, resultados, etc.). O sujeito passa a ser "empresário de si mesmo" e passa a se cobrar sempre e cada vez mais, individualmente, por suas conquistas (e fracassos). Essa mudança na forma de reconhecimento gera, de forma ampla na sociedade e em particular nas universidades públicas federais, sujeitos em calado sofrimento, depressivos, fracassados, e carentes. Publique, trabalhe, produza, não pare, sofra, pereça.