gabriel1994 17/01/2023
Triste, belo e honesto.
“É difícil ter paciência com pessoas que dizem: ‘A morte não existe’ ou : ‘A morte não importa’. A morte existe. E tudo que existe importa”
(pág. 42)
C.S. Lewis é um gênio escrevendo qualquer coisa.
Mas aqui, ele não só tem a genialidade de um escritor único, mas também a coragem de publicar e mostrar ao público um relato tão difícil.
Publicado em 1961, A anatomia de um luto é o relato de Lewis após a trágica morte de sua esposa, Joy. Ao longo de quatro capítulos vamos acompanhar as fases do luto de um forma tão sincera, tão linda e, claro, muito triste. A edição da Thomas Nelson traz dois textos sobre o livro que são interessantíssimos, um deles escrito pelo filho de Joy, que conta como os dois (Lewis e Joy) se conheceram. Esse segundo texto carrega uma carga emocional tremenda.
A escrita de Lewis carrega tudo o que ele sente, os “e se”, as dúvidas da fé, a tristeza, a incerteza. Mas ao mesmo tempo traz uma reflexão arrebatadora não só sobre a morte, mas também sobre a fé e principalmente sobre a vida.