Resenhas - A psicografia ante os tribunais

Lutty1 03/04/2024

A obra gira em torno do processo judicial da família de Humberto de Campos contra a FEB - Federação Espírita Brasileira e também contra o médium Francisco Cândido Xavier, sobre os direitos autorais do escritor após sua morte no corpo físico. Muito técnico, mas também poético.  Para mim leiga, seria juridiquês demais. Bastante descritivo e traz relatos de doutores e especialistas tanto na Doutrina Espírita quanto nas leis de direitos autorais. Vale a pena pelos trechos maravilhosos da escrita requintada de Humberto de Campos e outros autores espíritas. Algumas transcrições são versadas em tão alto nível que nos perdemos em meio a tanto primor. Outras são tão hilárias que nos levam a refletir sobre a mesquinhez do que foi pleiteado. Não é uma leitura para iniciantes da doutrina, mas vale pelo conhecimento dos fatos que causaram tanto ?ofuror? à época.


?Que o Espírito de Humberto de Campos diga, também por si mesmo, o que pensa e o que julga do mérito desta causa e como encara a questão do nome.? p67

?Não quero discutir a questão,  mas no meu pobre entender, o Tribunal terá dois caminhos a seguir: ou declarar que Humberto de Campos é autor de tais obras, mandando o editor entrar com os direitos para os herdeiros, ou negar a autoria do nosso grande escritor. Nesse último caso terá de pedir à Academia Brasileira de Letras uma poltrona para o rapazinho que principiou por onde nem todos acabam, isto é, escrevendo páginas que puderam ser atribuídas a quem tão formosamente escreveu?? Magnífica e judiciosa crônica publicada por O Estado de S. Paulo, edição de 10 de junho de 1944. p92

?De mim para mim, entendo que esse pleito começará no terreno puramente jurídico para findar em terreno metafísico. No fim das contas, o que se discutirá não é se as obras atribuídas a Humberto de Campos devem ser vendidas ou retiradas do mercado, mas se o Espiritismo existe ou não existe.? p104

Nayara Moraes 29/04/2022

Seu Chico foi um santo...
Uma recomendação que eu recebi do meu professor de processo penal e foi uma leitura extremamente interessante! Foi uma ação intentada extremamente sem propósito algum, ao meu ver, foi uma atitude de má-fé que foi lindamente contestada pelo incrível dr. Miguel, pois nem a FEB, nem o seu Francisco mereciam parar por essa situação.
É uma leitura excelente para quem é do ramo ou para quem é espírita, vale demais a leitura, principalmente pelo desfecho que tem (se eu amei aquela sentença? Sim, eu amei).

Arcoverde 18/08/2012

É sempre bom ver as teses de defesa.