Purgatório

Purgatório Christophe Chabouté




Resenhas - Purgatório


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MatthewsVianna 08/06/2023

A história é simples, no entanto me deixou muito envolvido, a atitude dos personagens me despertaram várias emoções no decorrer da narrativa. E isso é um baita feito, levando em conta a limitação de texto e a necessidade de inventividade artística.
Evandro.Junior 11/06/2023minha estante
Vou procurar para ler, achei sua resenha sincera, acho que vai valer a pena.


MatthewsVianna 26/06/2023minha estante
Se tiver interesse em outras narrativas do autor, sugiro também o "Um pedaço de madeira e aço". É interessante observar o desenvolvimento narrativo do autor entre um trabalho e outro.


Evandro.Junior 28/06/2023minha estante
Opa, valeu pela dica mano.


Greyjoy 09/11/2023minha estante
Senti o mesmo, Matthews. Fiquei numa bad vibe após ler o primeiro capítulo. Um misto de revolta, pessimismo e tristeza com a indiferença e com quão erradas as coisas podem dar.

Além de perceber que na história, tal qual na vida real, a corrupção(em vários níveis) é altíssima e vc só tem valor pelo o que possui.




edisik 24/03/2023

Mais uma ótima leitura do mestre Christophe Chabouté lançado pelo Pipoca & Nanquim. Sempre uma ótima mensagem de esperança.
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Guilherme.Oliveira 02/04/2023

Ótima obra, porém, uma história um pouco mais clichê.
Mas, ainda sim, Chabouté foi uma ótima surpresa esse ano.
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Gramatura Alta 09/10/2022

http://gramaturaalta.com.br/2022/10/09/purgatorio-poderia-ser-muito-melhor/
A sorte parecia sorrir para Benjamin Tartouche, até que um incêndio lhe toma a casa e traz consigo uma avalanche de infortúnios. De repente, sua “vida perfeita” desmorona e ele se vê na rua, sem família ou amigos, transformado em mais uma das tantas pessoas invisíveis que existem à margem da sociedade. Mas, como dizem por aí, tudo que é ruim sempre pode piorar, e, para fechar sua maré de azar com “chave de ouro”, o coitado acaba morrendo em um acidente. Mesmo assim, seus problemas ainda estão longe de terminar, pois uma importante missão é passada para sua alma durante a passagem pelo purgatório.

Christophe Chabouté é mestre em construir narrativas sem diálogo. Apenas com imagens, ele consegue contar histórias profundas, deixar mensagens importantes e dar profundidade e sentimentos aos personagens. Um exemplo é o belíssimo SOLITÁRIO, em que um homem, cujo rosto só vemos nas últimas páginas, mescla seu presente e passado ao ambiente isolado de um farol sem qualquer diálogo. E nem sempre esses personagens precisam ser pessoas, como é o caso de UM PEDAÇO DE MADEIRA E AÇO (resenha aqui), onde o foco é o banco de uma praça, por onde várias pessoas passam e o leitor é convidado a deduzir cada uma de suas histórias apenas através das ações, ou falta delas, e das expressões dos rostos.

Os desenhos de todas as obras que já li de Chabouté, são detalhistas, transmitem uma calma e uma serenidade, que faz com que a vida pareça transcorrer em câmera lenta ou em uma velocidade que permite realmente apreciar o que se vê. Os traços são firmes, sem cor, apenas com preto e branco e suas nuances. E essa preferência pode se mostrar acertada, porque a atenção do leitor se foca para o que o desenho quer transmitir, sem desvios provocados por cores. A falta delas não diminui em nada a beleza de muitos quadros.

Das sete HQs de Chabouté lançadas no Brasil, eu li seis. Apenas MOBY DICK me escapou. E dessas que li, as duas que considero bem fracas, são YELLOW CAB (resenha aqui), que é baseada em um livro que não li, e por isso pode ser que o desgosto com a leitura não seja apenas pela forma como Chabouté construiu sua narrativa, ou a falta dela nesse caso específico. E a segunda é exatamente PURGATÓRIO, que aliás, não consegue exibir a muitos dos pontos pelos quais sou fã do autor.

A história de PURGATÓRIO utiliza elementos conhecidos de outras obras sobre o céu e inferno, mas com uma apresentação própria do autor. A HQ é colorida, o que foge do padrão de Chabouté, e penso que é assim para poder demonstrar a sua apresentação para as almas. Quando Benjamin morre e retorna à terra para cumprir sua penitência, o desenho do personagem perde a cor, bem como o desenho de todos os personagens que já morreram e andam pelo mundo dos vivos. É uma escolha óbvia para destacar a morte no meio da vida. O recurso não é original, já foi utilizado em outras HQs, filmes e séries, mas não perde a beleza e a força do destaque que adiciona a cada quadro. Para reforçar ainda mais, Chabouté utiliza cores fortes, carregadas, como se forçasse o lápis até o limite da resistência do papel.

Ou seja, a arte que compõe cada página, cada sequência de quadros, a representação de cada personagem, bem como os ambientes em que as ações se passam, possuem toda a beleza e competência que são características de Chabouté. Na minha percepção, o que leva PURGATÓRIO para um nível bem abaixo do padrão do autor, é o texto e a maneira como ele construiu a narrativa e seu personagem principal, Benjamin, somado a várias incoerências, eventos desconexos e uma boa dose de necessidade de descrença.

Benjamin mora sozinho, em uma mansão herdada, e trabalha remotamente com TI. Seu único amigo está em outro país e só se comunicam através de mensagens. O rapaz é jovem, início de carreira, está animado com o futuro. É precavido, guardou dinheiro para se manter por pelo menos três anos, como afirma em uma conversa com o amigo, e fez um seguro para sua casa e seus computadores. Certa noite, sem aviso, é acordado por bombeiros, que o carregam para fora, para a rua, e Benjamin descobre que sua casa, com tudo o que possui, está pegando fogo. Em poucas horas, ele perde tudo, fica apenas com a roupa do corpo. A partir desse ponto, vários eventos se sucedem e levam o rapaz para a total ruína, sendo o golpe final, literalmente, um atropelamento que lhe tira a vida. No Purgatório, local onde as almas ganham a chance de ir para “baixo” ou para “cima”, Benjamin recebe a missão de retornar ao mundo dos vivos como consciência e ajudar várias pessoas para compensar seus pecados, até conseguir ajudar uma pessoa especialmente destinada a ele e receber a chance de voltar ao Purgatório e “subir”.

A ideia de PURGATÓRIO tinha tudo para ser excelente, mas, como disse acima, existem alguns problemas que me incomodaram. Vou citar alguns para tornar mais compreensível meus motivos. Começar pelo principal deles, Benjamin. Não consegui sentir qualquer empatia ou simpatia pelo personagem. Ele é um rapaz egoísta, que em momentos é mostrado como inteligente e precavido, para em outros, parecer ser totalmente ingênuo e até mesmo desprovido de inteligência e perspicácia. Depende da necessidade do momento. Suas ações variam entre a lógica e a impulsividade, a razão e a emoção, impedindo que seja possível criar algum vínculo, uma vez que suas características são tão vastas, que não se consegue apegar a nenhuma delas.

Quando Benjamin chega ao Purgatório, é confrontado com algumas de suas faltas durante a vida. Machismo, racismo, sexismo são algumas delas, mas colocadas em situações rasas, sem profundidade, de uma maneira apressada, sem chance para análise ou abertura para discussão. E isso se torna um problema, quando antes e depois dessa parte, são gastas páginas e mais páginas mostrando eventos de maneira excessiva. Causa um desequilíbrio e uma estranheza. Por exemplo, são gastas 32 páginas da HQ para demonstrar como Benjamin foi enganado pela companhia de seguros, em quadros e mais quadros de Benjamin indo cobrar seu dinheiro, e o dono da seguradora criando estratagemas para embromá-lo. No início, em poucos quadros, já havia sido estabelecido o teor da artimanha, tudo o que vem a seguir é mais do mesmo, repetidamente. Já no Purgatório, quando o leitor tem a chance de conhecer mais do passado de Benjamin e compreender o motivo dele precisar expurgar seus pecados, são gastas apenas nove páginas, sendo a metade delas, mostrando Benjamin discutindo com seu interlocutor sobre a necessidade desse confronto com o passado. A sensação que fica é a de que o autor quis econominar naquilo que seria mais importante, a construção do caráter e das faltas de Benjamin que direcionaram sua vida até aquele momento.

A mesma situação se repete na terceira parte da história (são três partes, de Benjamin em vida, Benjamin no Purgatório e Benjamin na sua missão de redenção). Ela é metade ocupada por demonstrar como Benjamin é inepto em ajudar qualquer pessoa, mais por seu egoísmo, por sua autopiedade por estar morto, e em demonstrar como um outro personagem é corrupto e insensível, desprovido de empatia e ganancioso a um ponto de não se importar em destruir ou tirar vidas. Obviamente esse é o personagem, a alma, que Benjamin precisa salvar. E após quase dois terços da HQ apresentando as maldades desse personagem, Benjamin o converte em apenas meia dúzia de quadros, em um discurso onde ele se coloca como a principal vítima, ignorando todas as outras pessoas que o personagem prejudicou. Um discurso que reflete o que Benjamin é, um personagem individualista, egoísta, egocêntrico, mas apresentado como a vítima e o herói da história. Infelizmente, para mim, isso é impossível de considerar.

PURGATÓRIO ainda possui alguns outros problemas de roteiro de menor importância, mas que somados, conseguem atrapalhar a leitura. Como o fato do dinheiro de Benjamin, suficiente para três anos, simplesmente acabar em apenas um dia. Ou a explicação para Benjamin não processar a seguradora, ele não teria dinheiro para manter o processo, ignorando as representações populares que o governo concede, em detrimento da necessidade de levar o personagem ao limite da miséria. Além de algumas atitudes de Benjamin, como quando ele retorna ao mundo real como alma e a primeira coisa que faz, é ir espiar a vizinha tomar banho, removendo do personagem qualquer maturidade ou respeito. Bem como algumas incoerências, como quando os pais de Benjamin aparecem do nada, sem qualquer explicação do motivo de ainda estarem em penitência, para direcioná-lo em um caminho mais assertivo, tirando dele o possível mérito de se redimir sozinho. Ou até mesmo o poder de consciência que Benjamin tem sobre as pessoas enquanto alma. Para todas, ele consegue ter alguma influência, menos na pessoa que ele realmente precisa salvar, com exceção nas últimas páginas, quando de um momento para o outro, ele consegue o objetivo por conveniência e necessidade da história terminar.

PURGATÓRIO tinha tudo para ser uma história incrível, mas fica longe de algo que perdure na mémoria por mais do que alguns dias, e deixa uma sensação de decepção. Infelizmente, ficou muito aquém das outras obras de Chabouté. Evidentemente, isso não diminui o brilho do autor, afinal ninguém consegue ser constante no que cria. Mas pelo preço da HQ, aconselho que você espere por uma promoção para comprar e conferir tudo o que escrevi neste texto. Depois passe aqui e deixe seu comentário.

site: http://gramaturaalta.com.br/2022/10/09/purgatorio-poderia-ser-muito-melhor/
joaoggur 09/12/2022minha estante
Rapaz, concordo 100% contigo. A resenha que acabei de fazer é praticamente igual a suaKKKKKKK. Chabouté manda muito, mas essa obra poderia ser melhor.




LaraNunez 27/10/2022

Purgatório, ou Chabouté dá teu nome! ;)
?Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus!?

Esse é o meu segundo contato com o autor Christophe Chabouté e fico feliz em dizer que mesmo começando a leitura de Purgatório com expectativas altíssimas ele consegui supera-las facilmente. Uma das coisas mais fascinantes sobre a obra dele é como ele consegue transformar conceitos simples e já batidos em algo novo e revigorante.
Purgatório é o tipo de HQ que no fim da leitura faz com que a gente queira esquecer tudo, pra poder voltar pra primeira página e se emocionar com a história novamente. Virou uma das minhas favoritas, e com certeza vou voltar as suas páginas para inspiração e conforto de tempos em tempos.
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Henry 30/04/2023

"Só quando perdemos algo é que aprendemos a dar valor"
Tendo sido uma pessoa detestável enquanto vivo, Benjamin acaba morrendo e recebendo um grande desafio pela frente.

Purgatório, a mais nova obra de Chabouté, traz reflexões importantes quanto ao moralismo, juntamente do que pensamos sobre política, poder e religiosidade.

Fazemos o bem porque é correto, ou por medo da danação após a morte?

A melhor HQ que li do francês, até o momento (aguardando ansiosamente pelo lançamento desse ano, pois já li todas).
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Tyler 30/03/2023

O Purgatório, uma reflexão para vida
"O Purgatório" é uma leitura emocionante e tocante, que provoca reflexões sobre as escolhas que fazemos em nossa vida e suas consequências. A história é contada de forma simples, mas com uma profundidade que convida o leitor a se conectar com os personagens e suas histórias. Uma obra recomendada para quem busca uma leitura reflexiva e emocional.
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Danilo 29/11/2023

As artes se salvam
Ilustração muito bem feita e com várias referências, mas o enredo(purgatório) tem uma gama gigante e o autor diminuiu tudo a mero materialismo, dirando tudo que é divino do tema.
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Jean Bernard 10/10/2022

Mestre Chabouté
Não quero falar muito sobre a obra para não estragar a leitura. Sou grande admirador das obras do Chabouté, um mestre do Preto e Branco. Em Purgatório, Chabouté faz uma HQ em cores usando o P&B como artifício narrativo, genial. Aqui temos, além da arte incrível, corrupção, Fake News, hipocrisia, amor, redenção e política. Ótima para os dias atuais.
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Hugo.Diniz 20/10/2022

Simplesmente o cara nunca erra
A maneira que o chaboute te impressiona, com a narrativa até sem os balões é incrível sempre te prendendo do começo ao fim.
jessiviesser 20/10/2022minha estante
Tá na lista!


Hugo.Diniz 20/10/2022minha estante
Pode ir muito bom! ?




Diego Rodrigues 28/10/2022

"Morri... e foi aí que meus problemas começaram"
Um dos mais aclamados artistas europeus contemporâneos, Christophe Chabouté é um quadrinista francês nascido na Alsácia, em 1967. Publicou seu primeiro trabalho em 1993 e já adaptou autores como Jack London e Herman Melville. Também concebeu obras irretocáveis, entre elas: "Solitário" e "Um Pedaço de Madeira e Aço". Mestre do preto e branco, possui um traço muito característico, carregado de sensibilidade, e um talento ímpar na arte de narrar sem recorrer a textos. No Brasil, sua obra vem sendo publicada em luxuosas edições pela editora Pipoca & Nanquim e a charmosa biblioteca Chabouté acaba de ganhar o seu sexto volume: "Purgatório".

Publicada originalmente em três volumes, entre os anos de 2003 e 2005, a graphic novel narra o drama de Benjamin Tartouche. Aos 27 anos, nosso protagonista está tentando tomar as rédeas da própria vida, quando é acometido por uma série de infortúnios. Privado de seus bens materiais e até mesmo sua dignidade, se torna um homem no fundo do poço. Mas nada é tão ruim que não possa piorar! Quando parte dessa para uma melhor... bem, não é exatamente para "uma melhor" que nosso protagonista vai. No purgatório, sua alma recebe uma árdua missão e retorna ao mundo dos vivos, como espectro, para cumpri-la.

Coisa rara, Chabouté usa cores aqui, mas também não abre mão do preto e branco, fazendo dele um criativo recurso narrativo. Com pitadas de humor e melancolia, a obra retrata os sentimentos humanos com a maestria que só ao autor cabe: solidão, medo, ira, amor, redenção e hipocrisia... Tem até um fundo político que aborda temas mais atuais como fake news, por exemplo. Em diversos pontos da narrativa se torna impossível não se colocar no lugar do protagonista, que é acometido pelo sentimento de não ter vivido sua vida como deveria e, agora que está morto, sente uma nostalgia por momentos não vivenciados.

É o melhor Chabouté? Não, pra mim! "Solitário" ainda é, de longe, o meu favorito. Acho que "Moby Dick" e "Um Pedaço de Madeira e Aço" também estão acima. Mas, é uma leitura válida? Muito! Simplesmente por ser uma experiência de leitura única. As soluções narrativas que Chabouté encontra, o jogo de cores com o preto e branco... Difícil colocar em palavras, mas quem ler vai sentir que está diante de uma narrativa diferenciada e vai entender o que digo. E para os fãs de Chabouté, vale conhecer o trabalho mais antigo do autor publicado até agora pelo PN.

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Lulyx 07/05/2023

Impressionante
Primeiro quadrinhos que leio de Chabouté, e tenho que dizer, é impressionante.
Os desenhos são incríveis, e a história é muito boa. Possui uma boa profundidade, fiquei reflexiva em alguns momentos e incomodada em outros.
No fim, vale a pena.
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Juliana (Ju/Jubs) 20/03/2023

Não dá para parar de ler! A história é bem simples, mas o que me encantou foi a técnica (acho que posso chamar assim). A forma de utilizar as cores, ou a falta delas, a sequência dos quadros, a progressão do tempo, a forma como todos os personagens parecem estar em São Paulo no horário de pico...

Só não sei o que achei do final, é interessante, definitivamente não é o que eu esperava, mas não sei se gostei.
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